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15 de Março - Mês Dedicado a São José - O Milagre

A Escada de São José

 

Dois mistérios cercam a escada em espiral na Capela Loretto:

A Identidade de Seu Construtor

A Física de Sua Construção

Na cidade de Santa Fé, capital do estado norte-americano do Novo México, encontramos na Capela Loretto uma prova da existência de São José e de seus milagres na vida cotidiana. Trata-se da Escada Milagrosa, atribuída a São José Carpinteiro:

Na segunda metade do século XIX, foi construída uma capela em estilo gótico para servir às irmãs de Loretto, na cidade de Santa Fé. Em 1878, ano de sua conclusão, constatou-se que não havia nenhum acesso ao piso superior, onde deveria ficar localizado o coro da Igreja. Vários engenheiros, arquitetos e carpinteiros foram chamados para dar uma solução ao problema. Todos eram unânimes em afirmar que a única solução implicaria na mudança da estrutura interna da Capela, que seria difícil construir uma escada sem afetar o seu espaço que já era pequeno.

No entanto as irmãs não desistiram e resolveram fazer uma novena para São José – o santo padroeiro dos carpinteiros. No último dia da novena, apareceu um homem procurando por emprego com um burro e uma caixa de ferramentas. Ele aceitou a tarefa de fazer a escada, porém deveria ser as portas fechadas. Meses depois, a escada estava construída conforme desejo das Irmãs da Capela Loretto e o carpinteiro havia desaparecido sem receber seu pagamento, nem tampouco agradecimentos pela bela obra deixada, o homem desapareceu sem deixar vestígios.

Após procurarem o carpinteiro por toda a região até mesmo com anúncios no jornal local, não se encontrou quaisquer notícias ou informação sobre ele, muitos concluíram que se tratava de um milagre e as Irmãs então perceberam que o homem poderia ser São José, ou seja, a escada havia sido construída pelo próprio São José.
Ainda hoje, quem visita esta bela cidade histórica de Santa Fé, colonizada inicialmente pelos espanhóis, fica encantado com a Escada Milagrosa. Milhares de turistas e peregrinos acorrem à Capela Loretto, que hoje funciona como um museu aberto à visitação pública. A Capela também é usada para a realização de casamentos e solenidades especiais.

Este mistério de mais de 100 anos ainda intriga os turistas, a história de fato é incrível...

 

Outros pontos também reforçam o caráter misterioso da construção:

*A madeira utilizada na escada não é da região,mas vem da Judéia, e ninguém sabe como foram parar lá.

*Não foi utilizado prego na escada, apenas pinos de madeira.

*A escada tipo caracol não tem um apoio central (o que é impossível arquitetonicamente falando), na verdade ela não tem qualquer apoio! O que vem a ser um mistério até hoje como ela se mantém em pé. Engenheiros e arquitetos não conseguiram desvendar a física por trás desta obra. O design da escada é muito avançado e inovador para a época da construção.

*A escada tem 33 degraus(a idade de Cristo), o que reforça ainda mais o mistério da escada de São José.

A Capela recebe em média 200 casamentos por ano e centenas de turistas visitam a Capela para ver esta obra Milagrosa.

A Capela
 

Entrada
Altar

































O MILAGRE
Segundo São Tomás de Aquino

Milagre equivale a cheio de admiração, quer dizer, aquilo que tem uma causa oculta em absoluto e para todos. Esta causa é Deus.

“Portanto, chamam-se milagres aquelas coisas feitas por Deus fora da ordem de causas conhecidas por nós. (...) O milagre é uma obra difícil porque excede a natureza. Pela mesma razão se diz que é insólito porque acontece fora da ordem costumeira.” (Suma Teológica, I, q. 107, art 7).

São Tomás divide os milagres em três categorias:

  • A primeira, e a mais impressionante, é a dos fenômenos que contradizem as regras da natureza. Por exemplo, se o sol voltar atrás ou parar. Estes são os milagres maiores.


  • A segunda categoria é a dos fatos admiráveis produzidos por alguém ou algo que não tem capacidade para realizá-los. Por exemplo, um santo ressuscitar um morto ou fazer andar um paralítico.

O santo, por exemplo, é um ser humano e não pode fazer isso, logo se conclui que interveio a propósito dele uma força superior capaz de fazer o prodígio. E esta força só pode ser sobrenatural, Angélica ou Divina. São os milagres de segunda grandeza.

  • Por fim, a terceira categoria, é a dos fatos que excedem a natureza pelo modo e pela ordem que são produzidos. Por exemplo, um encadeamento de fenômenos que é inexplicável para os homens. Em si cada elo da corrente é explicável, mas a sucessão é tão rara que na prática nunca acontece.


Enche de maravilha por tanto que aconteça, e tem propósito falar de milagre, pois interveio uma causa sobrenatural que fez funcionar a natureza com um modo e com uma ordem que maravilha aos homens. É a categoria ínfima dos milagres.

 

14 de Março - Mês Dedicado a São José

Os Sete Domingos em Honra de São José

FONTE

Esta eficaz devoção, manifestada pelo mesmo São José a dois religiosos franciscanos, foi confirmada e indulgenciada pelos Sumos Pontífices, principalmente por Pio IX.

Os Sete Domingos são indicados, principalmente, como preparação para as festas de 19 de março e 1º de maio e em circunstâncias difíceis ou importantes da vida como: escolha da vocação, cura de doenças, conversão de um pecador, paz na família, bom êxito em algum negócio, conseguir emprego, que digam respeito à glória de Deus e ao bem da alma. É bom praticar esta eficaz devoção em qualquer época do ano.


Oração Inicial para todos os Sete Domingos em Honra de São José

Glorioso Patriarca São José, pai nutrício de Jesus e esposo da Santíssima Virgem Maria; vosso poder no céu é sem limites e grande sobremaneira é vossa compaixão por nossas necessidades e misérias; pela ternura e bondade de vosso Coração, peço-vos humildemente que tenhais compaixão deste vosso devoto e que lhe assistais em todas as suas necessidades e misérias, alcançando-lhe de Deus a graça especial que deseja conseguir nestes sete domingos. Vossa vida, meu pai protetor, foi um tecido de alegrias e tristezas, que Nosso Senhor permitiu para que soubéssemos por própria experiência o que nós sofremos e mais prontamente e com maior eficácia acudísseis às nossas súplicas.
Vinde, meu pai protetor, em meu auxílio na presente necessidade, confirmai, mais uma vez, o que dizem todos de vós, que ninguém se retira de vossa presença sem ter recebido vossos favores.
Este favor de que necessito, está em vossas mãos. Olhai-me com compaixão, e Jesus fará a vossa vontade. Em vós confio, não serei jamais confundido. Amém.

Para ler em cada um dos Sete Domingos

 1º Domingo – José na Encarnação do Filho de Deus

Estando Maria, sua Mãe, desposada com José, achou-se ter concebido (por obra) do Espírito Santo, antes de coabitarem (Mat. 1, 18).
José, seu esposo, sendo justo, não a querendo difamar, resolveu deixá-la ocultamente.
Ora, andando ele com isto no pensamento, eis que apareceu-lhe o Anjo do Senhor, em sonhos, e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria como tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo (Mat. 1, 19-20).

2º Domingo – Nascimento de Jesus

E Maria deu à luz a seu Filho primogênito e O envolveu com faixas e reclinou-O numa manjedoura, porque não havia um lugar para eles na estalagem (Luc. 2,7).
Ele estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O conheceram (Jo. 1,10-11).

3º Domingo – Circuncisão de Jesus

Quando se completaram os oito dias para ser circuncidado o Menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o Anjo, antes que fosse concebido (Luc. 2, 21).

4º Domingo – A profecia de Simeão

Quando se completaram os dias para a purificação de Maria, segundo a Lei de Moisés, levaram-No a Jerusalém a fim de O apresentarem ao Senhor (Luc. 2,22).
Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, que era justo e temente a Deus, e esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. E tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não veria a morte sem ver primeiro o Cristo (o Ungido) do Senhor. E, levando os pais o Menino Jesus, para com ele procederem segundo o costume da lei, ele então o tomou em seus braços, e louvou a Deus (Luc. 2,25-28).
E Simeão os abençoou e disse à Maria, sua Mãe: Eis que este (Menino) está posto para queda e para reerguimento de muitos em Israel, como sinal de contradição. E uma espada transpassará a tua alma! (Luc. 2,34-35).

5º Domingo – A fuga para o Egito

O Anjo do Senhor apareceu, em sonhos a José e lhe disse: levanta-se, toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egito e fica lá até que eu te avise porque Herodes vai procurar o Menino para O matar (Mat. 2,13).
E ele, levantou-se, tomou o Menino e Sua Mãe, pela noite, e foi para o Egito (Mat. 2,14).

6º Domingo – A volta do Egito

Tendo morrido Herodes, eis que o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José no Egito, dizendo: Levanta-te, toma o Menino e Sua Mãe e volta à terra de Israel, porque os que procuravam tirar a vida do Menino já morreram (Mat. 2,19).
E ouvindo que Arquelau reinava na Judéia em vez de Herodes, temeu ir para lá; e, avisado em sonhos, retirou-se para a Galiléia, indo habitar em Nazaré (Mat. 2,22).

7º Domingo – O Menino Jesus perdido e achado no Templo

Terminados os dias (de festa) eles voltaram, mas o Menino Jesus ficou em Jerusalém sem que seus pais o notassem (Luc. 2,43).
Três dias depois, eles O encontraram no Templo sentado em meio aos doutores, ouvindo-os e interrogando-os; e todos os que O ouviam ficavam maravilhados com a Sua sabedoria e as suas respostas. Ao vê-lo, ficaram surpresos e a Mãe lhe disse: Filho, por que agiste assim conosco? Eis que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos (Luc. 2,46-48).

Oração final para todos os Sete Domingos em Honra de São José

Oração das Sete Dores e dos Sete Gozos de São José

1. Ó esposo puríssimo de Maria Santíssima, glorioso São José, assim como foi grande a amargura do vosso Coração na perplexidade de abandonardes vossa castíssima esposa, assim foi inexplicável a vossa alegria, quando pelo Anjo vos foi revelado o soberano mistério da Encarnação.
Por esta vossa dor e por este vosso gozo, vos pedimos a graça de consolardes, agora e nas extremas dores, a nossa alma com a alegria de uma boa morte, semelhante à vossa, entre Jesus e Maria. Amém.
Pai-Nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai...

2. Ó felicíssimo Patriarca, glorioso São José, que fostes escolhido para o cargo de pai adotivo do Verbo humanado, a dor que sentistes ao ver nascer em tanta pobreza o Deus Menino, se vos transformou em júbilo celeste ao escutardes a angélica melodia e ao verdes a glória daquela brilhantíssima noite.
Por esta vossa dor, e por este vosso gozo, suplicamos a graça de nos alcançardes, que depois da jornada desta vida, possamos ouvir os angélicos louvores e gozar os resplendores da glória celeste. Amém.
Pai-Nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai...

3. Ó obedientíssimo executor das divinas leis, glorioso São José, o sangue preciosíssimo, que na circuncisão o Redentor Menino derramou, vos transpassou o coração, mas o nome de Jesus vo-lo reanimou, enchendo-o de contentamento.
Por esta vossa dor, e por este vosso gozo, alcançai-nos que, arrancados de nós os vícios, nesta vida, com o nome de Jesus no coração e na boca, expiremos cheios de júbilo. Amém.
Pai-Nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai...

4. Ó fidelíssimo Santo, que também tivestes parte nos mistérios de nossa redenção, glorioso São José, se a profecia de Simeão, a respeito do que Jesus e Maria tinham de sofrer, vos causou mortal angústia, também vos encheu de um sumo gozo pela salvação e gloriosa ressurreição, que igualmente predisse teria de resultar para inúmeras almas.
Por esta vossa dor e por este vosso gozo, obtende-nos que sejamos daqueles que, pelos méritos de Jesus e pela intercessão da Virgem sua Mãe, hão de ressuscitar gloriosamente. Amém.
Pai-Nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai...

5. Ó vigilantíssimo guardião, íntimo familiar do Filho de Deus Encarnado, glorioso São José, quanto penastes para alimentar e servir o Filho do Altíssimo, particularmente na fuga, que com Ele fizestes para o Egito! Mas, qual não foi também o vosso gozo por terdes sempre convosco o mesmo Deus e por verdes cair por terra os ídolos do Egito.
Por esta vossa dor e por este vosso gozo, alcançai-nos que, seja expelido de nós o infernal pecado, especialmente com a fuga das ocasiões perigosas, sejam derrubados de nosso coração todos os ídolos de afetos terrenos, e que inteiramente empregados no serviço de Jesus e de Maria, para eles somente vivamos e felizes morramos. Amém.
Pai-Nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai...

6. Ó Anjo da terra, glorioso São José, que cheio de admiração vistes o Rei do céu submisso às vossas ordens; se a vossa consolação, ao reconduzi-lo do Egito, foi turbada pelo temor de Arquelau, contudo, sossegado pelo Anjo, permanecestes alegre em Nazaré com Jesus e Maria.
Por esta vossa dor e por este vosso gozo, alcançai-nos que, desocupado o nosso coração de vãos temores, gozemos paz de consciência, vivamos seguros com Jesus e Maria e entre eles morramos. Amém.
Pai-Nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai...

7. Ó exemplar de toda a santidade, glorioso São José, que perdestes o Menino Jesus, sem culpa vossa, e com aflição O procurastes por três dias, até que com sumo júbilo gozastes de quem era vossa vida, achando-O no Templo de Jerusalém, entre os doutores.
Por esta vossa dor e por este vosso gozo, vos suplicamos, com o coração nos lábios, que interponhais o vosso valimento para que nunca nos suceda perdermos a Jesus por culpa grave, mas, se por desgraça O perdermos, com tão contínua dor O procuremos, que O achemos favorável, especialmente em nossa morte, para pássaros a gozá-lo no Céu e lá cantarmos convosco eternamente suas divinas misericórdias. Amém.
Pai-Nosso... Ave-Maria... Glória ao Pai...

Ato de Consagração ao Glorioso Patriarca São José
(Para o Último dos Sete Domingos)

Prostrados aos vossos pés, eis-nos aqui, gloriosíssimo José. Injustiça seria não reconhecer os benefícios sem número que de vós havemos recebido. É ingratidão deixar de manifestar-vos o nosso reconhecimento. E que faremos nós, e que vos daremos, pobres e sem mérito como somos?
Pois isso é o que vemos oferecer-vos. Nada valemos, nada podemos, mas o que temos, nossa vida, nossas forças, nossa atividade e, pelo menos, nosso bom desejo, isso vos oferecemos; de agora em diante nos propomos consagrar-nos inteiramente a vosso serviço, e não somente nós, pois trabalharemos quanto estiver em nossas forças para que sejais de todos conhecido e amado, para que se propague vossa devoção, para que seja, cada dia, mais os que vos honrem e participem de vossas graças. Somos fracos e inconstantes, bem o sabemos.
Choramos nossos pecados e por isso mesmo vimos a vós para que intercedais por nós e nos alcanceis de Deus bênçãos e graças perenes.
Lembrai-vos que ninguém que, até agora, recorreu a vós fosse rejeitado; acolhei-nos, aceitai-nos por vossos amorosos servos agora e por vossos companheiros e amigos no Céu. Amém.

São José Protetor da Santa Igreja
Editora da Divina Misericórdia

Mês de Março e as Quartas-Feiras são dedicados a São José

O Mês de Março e as Quartas-Feiras
são dedicados a São José

 

    Quase todos católicos sabem que o mês de maio é dedicado a Nossa Senhora, assim como o mês de junho ao Sagrado Coração de Jesus, mas são poucos os que sabem que o mês de março é dedicado a São José, assim como também todas as quartas-feiras da semana. A origem da devoção no mês de março ao santo Patriarca é devida a pequenos impulsos provenientes de alguns livros que incentivaram a referida devoção e que encontraram ressonância nos fieis devotos. De fato, em 1802, foi impresso para uso da Confraria de uma paróquia de Modena-Itália, um opúsculo “O mês do Lírio, ou seja, o mês de junho consagrado a São José”. Um título estranho, assim como estranho foi o mês escolhido, mas foi o começo de uma prática devocional ao nosso Santo que perdurou mais de 200 anos.

     Contudo, o mês de março se impôs com a publicação em 1810, em Roma, do livro de Marconi intitulado “ O mês de março consagrado ao glorioso Patriarca São José, esposo da Virgem Maria para obter o seu patrocínio na vida e na morte”. São Gaspar Bertoni ficou entusiasmado com esse livro e procurou ler suas meditações durante toda a sua vida passando a recomendar e a celebrar os exercícios de piedade contidos nele, e, por fim, se preocupou com a edição deste em 1844.

     Em seguida, a prática do mês de São José foi aprovada e indulgenciada; primeiro com uma explícita referência de Pio IX, no dia 12 de junho de 1855; “sobre as virtudes do santo patriarca José ao dedicar-lhe o mês de março”, depois, no dia 27 de abril de 1865, com as palavras: ” para que aumente sempre mais a devoção para com o grande patrono celeste e para que este método de oração se propague mais facilmente e amplamente”; e com isso o papa concedeu indulgências a todos que praticassem o exercício de oração e virtudes em relação a São José durante todo o mês de março. O mesmo papa, no dia 4 de fevereiro de 1877, deu permissão para iniciar o mês de São José no dia 16 ou 17 de fevereiro e para terminá-lo no dia 19 de março, dia em que se celebra em toda a Igreja a festa do glorioso Patriarca.

     O papa Leão XIII, na encíclica “Quamquam pluries “ de 15 de agosto de 1889, lembra o salutar costume de dedicar o mês de março a São José com exercícios de piedade e o recomenda a todos os cristãos pedindo que se pratique ao menos um tríduo de oração por ocasião de sua festa.
     Por ocasião do cinquentenário da proclamação de São José como Patrono da Igreja, no dia 25 de julho de 1920, o papa Bento XV em seu Motu próprio Bonum sane pedia a todos os bispos para implorarem a ajuda de São José lembrando-lhes as várias maneiras de devoção dedicadas a ele, especialmente todas as quartas-feiras e o mês de março.

     Da mesma maneira o papa João XXIII, no dia 28 de fevereiro de 1962, lembrava que estava na vigília do mês de março e que este mês era dedicado de maneira particular a São José, guarda puríssimo de Maria e pai putativo do Redentor. Exortava, aos fieis a aproveitarem desta ocasião propícia para seguirem com assiduidade e devoção a pia prática do mês de março em honra a São José.

    O papa João Paulo II em sua exortação apostólica “Redemptoris custos” ensinou que São José é muito mais que uma “piedosa presença” no âmbito das devoções populares, pois ele teve a missão de servir diretamente a pessoa e a missão de Jesus mediante o exercício de sua paternidade, cooperando com o mistério da salvação da humanidade.

    Diante de lúcido pensamento, o mês de março se apresenta como uma oportuna ocasião para conhecer o guarda do Redentor e a ele tributar nossos louvores de devotos josefinos.

     Ainda no que diz respeito a prática da devoção a São José, é preciso dizer que os cristãos desde o século II celebravam os domingos referência a Páscoa e as quartas e sextas-feiras em referência ao dia a prisão e da morte de Cristo; inclusive estes dois dias da semana eram considerados dias de jejum. Mais tarde, a partir do monge Alcuíno, morto em 804, os dias da semana foram coligados com um mistério da salvação em referência a uma virtude ou a um santo e então a quarta-feira passou a ser ligada, dentre outras coisas, à virtude da humildade.

     O nome de São José era celebrado no dia 19 de março, segundo o Missal romano de Pio V, editado no ano de 1570, mas seu nome não era ligado às quartas-feiras. Foi com o jesuíta Paul Barry, que em 1939 publicou um livro sobre a devoção a São José que se consolidou o costume de dedicar um dia da semana a São José, mas este não foi a quarta-feira, mas o sábado. Para justificar essa prática o autor dizia de ”Destinar um dia da semana para honrar de maneira particularíssima São José, e o sábado parece o mais indicado de todos para que ele seja honrado conjuntamente com sua esposa no mesmo dia”. Esta ideia se difundiu, mas é preciso notar que em vários países havia uma corrente de pensamento que propunha a quarta-feira para honrar São José, e esta se tornou mais forte depois do ano de 1650, sem, contudo desaparecer a ideia da prática devocional nos sábados, sobretudo pela razão alegada de “não separar nas orações os esposos de Nazaré”.

     A confirmação da prática da devoção a São José nas quartas-feiras se consolidou, sobretudo pelos incentivos dos papas, como por exemplo, do papa Inocêncio XII que em 1695 concedia indulgências aos membros da Confraria de São José que visitassem na quarta-feira a igreja dos carmelitanos descalços em Bruxelas. Já o papa Bento XIV concedia aos carmelitas descalços da Catalunha em 1745, a permissão de celebrar uma missa solene de São José toda quarta-feira do ano. Da mesma maneira o papa Clemente XIV autorizava aos mesmos religiosos celebrar uma segunda missa solene aos fieis no mesmo dia. O papa Pio VII, em 1819, concedia indulgência para todas as quartas-feiras do ano a quem rezasse nestes dias as Dores e Alegrias de São José. No dia 5 de julho de 1883, o papa Leão XIII confirmava a quarta-feira como dia de São José em toda a Igreja com missa votiva correspondente. O papa Bento XV por ocasião do cinqüentenário da proclamação de São José como Patrono da Igreja Universal enfatizava a importância da consagração de todas as quartas-feiras e dos dias do mês de março consagrados a São José.

     Juntamente com as quartas-feiras dedicadas a São José não faltou também, a partir de 1645, com o carmelitano Antonie de La Mère de Dieu, da região de Avinhão – França, a prática devocional “das quinze quartas-feiras” com meditações sobre os mistérios dolorosos e gozosos de São José. Em 1676 o carmelitano belga Ignace de Saint-François propôs a devoção “das sete quartas-feiras” em honra dos sete privilégios de São José. Esta prática foi incentivada e seguida por várias congregações religiosas. Por fim, Madre Marie-Marguerite de Valbelle no início de 1700, colocava para sua comunidade a prática da “primeira quarta-feira” do mês com o objetivo de obter do santo Patriarca a graça de uma santa morte. Esta prática foi acolhida por Bento XV com indulgência plena para todos fieis que cumprissem esse exercício de piedade josefina.

Pe. José Antonio Bertolin, OSJ

12 de Março - Oração a São José Composta por São Pio X

Indulgência de 300 dias se recitada uma vez ao dia


Glorioso São José, modelo de todos aqueles que são votados ao trabalho, obtende-me a graça de trabalhar com espírito de penitência para expiação de meus numerosos pecados; trabalhar com consciência, pondo o culto do dever acima de minhas inclinações; trabalhar com recolhimento e alegria, olhando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus; trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades; trabalhar, sobretudo com pureza de intenção e com desapego de mim mesmo, tendo sempre diante dos olhos a morte e a conta que deverei dar do tempo perdido, dos talentos desperdiçados, do bem omitido e da vã complacência nos sucessos, tão funesta à obra de Deus, tudo por Jesus, tudo por Maria, tudo à vossa imitação, Ó! Patriarca São José! Tal será a minha divisa na vida e na morte!
 Amém.


SERMÃO DO TERCEIRO DOMINGO DA QUARESMA


Fontes Franciscanas
III
SANTO ANTÔNIO DE LISBOA
Volume I
Biografia e Sermões
Livro de 1998
Tradução: Frei Henrique Pinto Rema, OFM


Sermão do Terceiro Domingo da Quaresma

Em louvor da Santíssima Virgem Maria.

1. Naquele tempo, levantando a voz uma mulher do meio da multidão, disse-lhe: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos a que foste amamentado etc1.
 O esposo fala à esposa nos Cânticos2: Ressoe a tua voz aos meus ouvidos, porque a tua voz é doce. A voz doce é o louvor que se tributa à gloriosa Virgem, que nos soa dulcíssima aos ouvidos do Esposo, isto é, de Jesus Cristo, Filho da mesma Virgem. Levantemos, portanto, todos e cada um a voz em louvor da Santíssima Virgem e digamos ao seu Filho: Bem-aventurado o centre que te trouxe e os peitos a que foste amamentado.
 2. Bem-aventurado quer dizer bem aumentado3. Bem-aventurado é aquele que possui tudo o que quer e não quer nada de mal4 Bem-aventurado é aquele a quem sucede tudo segundo os seus desejos5. Bem-aventurado, portanto, o ventre da gloriosa Virgem, que mereceu trazer por nove meses todo o bem, o sumo bem6, a felicidade dos anjos, a reconciliação dos pecadores. Por isso, diz S. Agostinho7: Fomos reconciliados só pelo Filho segundo a carne, mas não fomos reconciliados só com o Filho, enquanto Deus. De fato, a Trindade reconciliou-nos consigo enquanto a mesma Trindade provocou a Encarnação só do Verbo. Bem-aventurado, portanto, o ventre da gloriosa Virgem, da qual escreve S. Agostinho no livro De Natura et Gratia8: Quando se trata de pecados, excetuo a Santíssima Virgem, da qual, por honra do Senhor, não quero absolutamente se faça questão alguma. De fato, sabemos que lhe foi conferida mais graça para vencer o pecado, em todos os aspectos, de maneira que merecei conceber e dar à luz aquele que seguramente não teve pecado algum. Excetuada, portanto, esta Virgem, se todos os santos e santas pudessem reunir-se e lhes fosse perguntado se tinham pecado, que responderiam senão o que diz São João9: Se dissermos que não temos pecado, a nós mesmos nos enganamos, e não está em nós a verdade? – Porém, aquela Virgem gloriosa foi prevenida e cheia de graça singular, para que tivesse como fruto do seu ventre aquele mesmo que de início o universo teve como Senhor10.
3. Bem-aventurado, portanto, o ventre. Dele, em louvor de sua Mãe, diz o Filho nos Cânticos11: O teu ventre é como um monte de trigo, cercado de lírios. O ventre da Virgem gloriosa foi como um monte de trigo: monte, porque nele foram reunidas todas as prerrogativas dos méritos e prêmios; de trigo, porque nele, como em celeiro, por diligência do verdadeiro José, foi posto trigo, para não perecer de fome todo o Egito12. O trigo, assim chamado por se enceleirar quando está puríssimo, ou porque se mói e esmaga o seu grão13, que é alvo no interior e avermelhado no exterior, significa Jesus Cristo14, escondido, durante nove meses, no celeiro do santíssimo ventre da Virgem gloriosa, na mó da cruz esmagado po nossa causa, cândido pela inocência da vida, avermelhado pelo derramamento de sangue. Este bem-aventurado ventre foi cercado de lírios. Lírio, vocábulo parecido ao de leite15, simboliza, por causa do seu candor, a Virgindade da Santíssima Virgem. O seu útero foi cercado de lírios, isto é, cingido pelo vale da humildade16. Estes lírios são a dupla virgindade, interior e exterior. Donde o dizer de S. Agostinho17: O Deus unigênito, ao ser concebido, recebeu verdadeira carne da Virgem, e, ao nascer, guardou na Mãe a integridade da virgindade. Bem-aventurado, portanto, o ventre que te trouxe.

É na verdade bem-aventurado quem te trouxe a ti, Deus e Filho de Deus, Senhor dos anjos, criador do céu e da terra, redentor do mundo. A Filha trouxe o Pai, a Virgem pobrezinha trouxe o Filho. Ó Querubins, ó Serafins, ó Anjos e Arcanjos, adorai reverentemente de rosto baixo e cabeça inclinada o templo do Filho de Deus, o sacrário do Espírito Santo, o bem-aventurado ventre cercado de lírios, dizendo: Bem-aventurado o ventre que te trouxe. Ó terrenais filhos de Adão, a quem esta graça, esta especial prerrogativa foi concedida, compenetrados da fé, compungidos no espírito, prostrados em terra, adorai o trono ebúrneo do verdadeiro Salomão, excelso e elevado18, o trono do nosso Isaías19, dizendo: Bem-aventurado o ventre que te trouxe.
 4. Segue: E os seios a que foste amamentado. Deles escreve Salomão nas Parábolas20: Seja para ti como uma corça caríssima e como um veado cheio de graça: os seus seios te inebriem em todo o tempo; no seu amor busca sempre as tuas delícias. Nota que a corça, como se diz em ciências naturais21, dá à luz em caminho trilhado, sabendo que o lobo evita o caminho trilhado por causa dos homens. a corça caríssima é Maria Santíssima, que em caminho trilhado, isto é, numa estalagem, deu à luz um veado cheio de graça, porque nos deu gratuitamente e em tempo agradável um filhinho. Por isso, lemos em S. Lucas22: Deu à luz o seu filho e envolveu-o em panos, para que recebêssemos a estola da imortalidade23, e reclinou-o num presépio, porque não havia lugar pra ele na estalagem. Comentário da Glossa24: Não encontra lugar na estalagem, para que tenhamos várias mansões no céu. Os seis desta corça, caríssima ao mundo inteiro, hão-de inebriar-te, ó cristão, em todo o tempo, a fim de que, esquecido de tudo o que é temporal, como inebriado, te lances para o que antes de ti existiu25. Mas é muito de admirar que tivesse dito: inebriar-te-ão, quando nos seios não há vinho que inebrie, mas leite agradabilíssimo. Ouve o porquê: O Esposo seu Filho, louvando-a nos Cânticos26, diz: Quão formosa e encantadora és, ó caríssima, entre as delícias! A tua estatura é semelhante a uma palmeira e os teus seios a dois cachos de uvas. Quão formosa és de entendimento, quão encantadora és de corpo, minha mãe, esposa minha, corça caríssima, entre delícias, isto é, entre os prêmios da vida eterna.
5. A tua estatura é semelhante a uma palmeira. Nota que a palmeira em baixo é áspera por causa de sua casca, na parte superior é bela à vista e pelo fruto27, e, como diz Isidoro28, dá fruto quando centenária. Assim a Virgem Maria neste mundo foi áspera na casca da pobreza, mas no céu é bela e gloriosa, porque rainha dos anjos. E mereceu alcançar o fruto centésimo, que se dá às virgens, ela a Virgem das virgens, acima de todas as virgens. Com razão se diz portanto: A tua estatura é semelhante a uma palmeira e os teus seis a dois cachos de uvas.
 O conjunto de frutos reunidos fazem o cacho, por exemplo, de uvas, que nasce, na videira. Desta, na história de José, no Gênesis29, diz o copeiro do rei: Eu via diante de mim uma cepa, na qual havia três varas a crescerem pouco a pouco em gomos e, depois das flores, as uvas amadurecem. Nesta sentença, há sete coisas: a cepa, três varas, gomos, flores e uvas. Vejamos de que modo estas sete coisas convêm egregiamente a Maria Nossa Senhora. A cepa, assim chamada por ter força de ganhar raízes mais depressa, ou por se entrelaçar30, é Maria Santíssima, que, entre os outros, ganhou raízes mais depressa e subiu mais alto no amor de Deus, e de modo inseparável se entrelaçou à verdadeira cepa, ao seu Filho, que disse: Eu sou a verdadeira cepa31. De si mesma disse no Eclesiástico32: Como a cepa, lancei flores de agradável cheiro. O parto da Santíssima Virgem não tem exemplo no sexo das mulheres, mas tem semelhança na natureza das coisas. Perguntas como a Virgem gerou o Salvador. Encontrarás incorrupta a flor da cepa depois de fornecer o cheiro; também crê inviolado o pudor da Virgem por ter dado à luz o Salvador. Que é a flor da virgindade senão a suavidade do cheiro33?

As três varas desta cepa foram a saudação angélica, a vinda do Espírito Santo e a concepção inenarrável do Filho de Deus34. Destas três varas propaga-se, isto é, multiplica-se, pela fé, todos os dias, em todo o mundo, prole sempre renovada de fiéis. Os gomos na cepa são a humildade e a virgindade de Maria Santíssima. As flores são a fecundidade sem corrupção, o parto sem dor. Os três cachos de uvas na cepa são a pobreza, a paciência e a abstinência na Virgem Santíssima; estas são as uvas maduras de que provém o vinho maduro e odorífero, que inebria e, inebriando, torna sóbrios os corações dos fiéis. Com razão se diz, portanto: Os seus seios te inebriem em todo o tempo; e no seu amor busca sempre as tuas delícias, a fim de com o seu amor consigas desprezar o falso deleite do mundo e conculcar a concupiscência da carne.
 6. Refugia-te nela, ó pecador, porque ela é cidade de refúgio. Com efeito, assim como outrora, o Senhor, como se diz no livro dos Números35, separou cidades de refúgio, para nelas se refugiar quem tivesse perpetrado o homicídio involuntário, também agora a misericórdia ao nome de Maria até para os homicídios voluntários. Torre fortíssima é o nome da Senhora. Refugie-se nela o pecador e salvar-se-á. Nome doce, nome que conforta o pecador, nome de bem-aventurada esperança36. Senhora, o teu nome está no desejo da minha alma. E o nome da Virgem, diz S. Lucas37, era Maria. O teu nome é óleo derramado38. o nome de Maria é júbilo no coração, mel na boca, melodia no ouvido39. Egregiamente, portanto, em louvor da mesma Virgem, se diz: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos a que foste amamentado.
 Nota que mamar, em latim, sugere, vem de sumendo agere, porque, enquanto Cristo tomava leite, trabalhava na nossa salvação. A nossa salvação foi o seu sofrimento: susteve o sofrimento corporal, por ter sido alimentado com leite duma Virgem. Por isso, ele mesmo diz nos Cânticos40: Bebi o meu vinho com o meu leite. Por que razão não disseste, Senhor Jesus: Bebi vinagre com o meu leite? Foste aleitado em seios virginais e deram-te a beber fel e vinagre. A doçura do leite transformou-se em amargor de fel, a fim de que o seu amargor nos proporcionasse eterna doçura. Mamou nos seios quem no monte Calvário quis ser lanceado no seio, para que seus filhos pequeninos mamassem sangue em vez de leite. Destes escreve Job41: Os filhinhos da águia chupam sangue.
7. Segue: Mas ele disse: Antes42 etc. Comentário da Glossa: Maria não só deve ser louvada por ter trazido no ventre o Verbo de Deus, mas também é bem-aventurada porque realmente guardou os preceitos de Deus43.
 Rogamos-te, portanto, Senhora nossa, esperança nossa, que Tu, Estrela do mar, irradies luz para nós, feridos pela tempestade deste mar, nos encaminhes para o porto, protejas a nossa morte com a tutela da tua presença, a fim de merecermos sair seguros do cárcere e alegres cheguemos ao gozo infindo. Ajude-nos aquele que trouxeste no teu bem-aventurado ventre, aleitaste nos teus seios sacratíssimos. A ele é devida honra e glória pelos séculos eternos44. Assim seja.
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1.Lc 11, 27.
2.Cant 2, 14.
3.ISID., Etym. XX, 22, PL 82, 370.
4.P. LOMB., Sent. IV, dist. 49, 1, p. 1029.
5.Cf. INOC., sermo 10, PL 217. 356 e Sermo 31, PL 217, 595.
6.Haverá aqui mais reminiscência dos escritos de SÃO FRANCISCO, nos Louvores de Deus Altíssimo, onde se lê: “Tu es bonum, omne bonum, summum bonum”. Cf. 3º Domingo da Quaresma, p. 193.
7.P. LOMB., Sent. III, dist. 1, 3, p. 553, colhido de SÃO FULGÊNCIO DE RUSPAS, De fide ad Petrum, 2, 23, PL 40, 760, que não de St. Agostinho, como se lê em St. Antônio.
8.Cf. AGOST., De natura et gratia, 36, 42, PL 44, 267; P. LOMB., Sent. III, dist. 3, 2, p. 559.
9.1Jo 1, 8 (Vg. muda).
10.O último período é do discípulo de St. Agostinho, SÃO FULGÊNCIO DE RUSPAS, De fide ad Petrum, 2, 17, PL 40, 758, utilizado pelo Mestre das Sentenças P. LOMB., no lugar citado. Este sermão e esta passagem têm sido muito explorados pelos investigadores antonianistas e mariólogos, na tentativa de encontrarem aqui a gênese da doutrina da Imaculada Conceição de Maroa. Entre outros, escreveram especialmente sobre o assunto PINTO REMA, St. Antônio e a Imaculada Conceição, em Boletim Mensal, Braga, Dezembro 1954; LORENZO DI FONZO, La Mariologia di s. Antonio, em S. Antonio Dottore della Chiesa, Vaticano 1947, PP. 103 s; C. BALIC, S. Antonio “Dottore Evangelico” e gli altri dottori della Scolastica Francescana, em S Antº Dottore della Chiesa, pp. 26 s; BENIAMINO COSTA, La Mariologia di s. Antonio di Padova, Padova 1950, PP. 97-123; BALDUINO DE AMASTERDÃO, “Libro IV Sententiarm” Petro Lombardi in “Sermonibus” S. Antonii, in Collectanea Franciscana, 26 (1956) 113-150. No Congresso de Pádua de Outubro de 1981, o grande mariólogo RENÉ LAURANTIN disse: “Quase metade das monografias sobre Maria em St. Antônio de Pádua respeita ao problema da Imaculada Conceição. Ora, não se encontra nele, nem esta expressão, nem o ponto chave do dogma: que Maria foi preservada de todo o pecado, desde o primeiro instante da sua existência”. “St. Antônio não ignorava o problema, posto pela festa da Conceição. Não o resolveu, pode-se afirmar com DI FONZO. Não inovou nesta matéria inextrincável. Como homem tradicional e prudente, debate-se em posição aberta. Se a inclinação do coração vai em direção do futuro, enganar-nos-íamos eliminando a sua ambigüidade. Cf. La Vierge Marie chez St. Antoine,in Actas 1981, PP. 493 e 494.
11.Cant 7, 2.
12.Cf. Glo. Ord., Gen 41, 56.
13.ISID., Etym. XVII, 3, 4, PL 82, 399.
14.Cf. AMB., De institutione virginis, c. 14-15, n. 91-94, PL 16, 341-342.
15.Cf.Cf. ISID., Etym. XVII, 9, 18, PL 82-626.
16.St. Antônio traz “valle humilitatis” em vez de “valla humilitatis”, a recordar Lc 3, 5: Omnis valis implebitur. Cf. GREG., in Evang. hom. 20, 3, PL 76, 1161.
17.A sentença não é de St. Agostinho, sim de seu discípulo SÃO FULGÊNCIO DE RUSPAS, o. c., 2, 17, PL 40, 758. St. Antônio também aqui continua a ter nas mãos P. LOMB., Sent. III, dist. 5, 1, p. 567.
18.Cf. 3Reis 10, 18-20; Cant 3, 9-10.
19.Cf. Is 6, 1.
20.Prov 5, 19 (Vg. muda, omite).
21.Cf. ARIST., De hist. an., IX, 5, 611ª-15-17.
22.Lc 2, 7 (Vg... non erat eis...).
23.Glo. Ord., ibidem.
24.Glo. Int., ibidem
25.Cf. Fil 3, 13.
26.Cant 7, 6-7 (Vg. ajunta).
27.GREG., Moralium XIX, 27, 49, PL 76, 129. RICARDO DE SÃO VÍTOR (Explicatio in Cantica, 37, PL 196, 509) traz duas linhas, aliás já encontradas em São Gregório Magno, como verificou JEAN CHÂTILLON, St. Antoine et lês Victorins, in Actas 1981, p. 191, n. 71. Cf. ainda a Glo. Ord., Cant 7, 7.
28.ISID., Etym. VII, PL 82. 609, fala da palmeira, sem referir o seu fruto centenário. Deste, sim, fala A. NECKAM, poeta e naturalista, De laudibus divinae sapientiae, dist. VIII, 37-38. p. 482. Cf. PLÍNIO, Nat. hist., XIII, 8.
29.40, 9-10.
30.ISID., Etym. XVII, 5, 2, PL 82, 602.
31.Jo 15, 1.
32.Ecli 24, 23.
33.Abade GUERRICO, In Nativitate beatae Mariae, sermo 1, 3, PL 185, 201.
34.Cf. BERN., Sermo in Domenica infra octavam Assumptionis B. V. Mariae, 7, PL 183, 533.
35.Cf. Num 35, 11-14.
36.Cf. Is 26, 8.
37.Lc 1, 27.
38.Cant 1, 2.
39.Cf. BERN., In Cantica sermo 15, 6, PL 183, 847. O que St. Antônio escreve aqui acerca do nome de Maria, São Bernardo afirma o mesmo acerca do nome de Jesus.
40.Cant 5, 1.
41.Job 39, 30 (Vg. Pulli eius lambent...).
42.Lc 11, 28.
43.Glo. Ord., ibidem.
44.As orações, mesmo as marianas, como esta, desembocam sempre em Cristo. “Isto manifesta o cristocentrismo de Antônio e o laço que estabelece entre Cristo e Maria”. A expressão “presença de Maria” já se encontra em SÃO GERMANO DE CONSTANTINOPLA: Ser. 1, In Dormit. 3, PG 98, 344 D, 345A e C; SÃO JOÃO DAMASCENO: Sermo 3 in Dormitione, 19, PG 97, 752 BC; SÃO PEDRO DAMIÃO (duvidoso): Liber salutatoriur, ed. J. Leclercq, em Ephemerides Litirgicae 72 (1958) 303. Cf. R. LAURENTIN, Couri trate sur La Vierge Marie, p. 153, n. 7, e La Vierge Marie chez st. Antoine de Padoue, em Actas 1981, pp. 514-515.