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26o. Dia - Mês do Sagrado Coração de Jesus

VIGÉSIMO SEXTO DIA
Oremos por aqueles a quem Deus confiou o cuidado da nossa alma. 
Pai Nosso ...
Ave Maria ... 
Glória ...
Jaculatória“Coração de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais”.

Entre os consoladores do Coração de Jesus acham-se primeiramente os zelosos Ministros de Deus e os santos Religiosos e Religiosas
É o exército visível de Jesus, são os seus Anjos sobre a terra.
O fim deles é a glória de Deus — a honra e glória de Maria, — a salvação das almas, — o triunfo da Igreja, — numa pa­lavra, todos os interesses de Jesus Cristo. — Cada manhã, recebem as ordens do seu Deus e Senhor; cada noite dão conta do seu dia… Oh! Pedi a Jesus que este exército se aumente cada vez mais; oferecei-vos, al­gumas vezes, para que, também vós, sejais alistados no serviço de tão bom Senhor. — Oh! Se soubésseis como ali se está bem! Como se vive feliz! Como se morre cheio de confiança!
“Ora hoje pelos Padres Religiosos; e lê alguma cousa sobre a vocação”.
EXEMPLO
No ano de 1884, um seminarista de uma diocese da Áustria dirigia-se ao órgão da Liga do Apostolado, para fazer pública a sua ação de graças por três mercês alcançadas do Sagrado Coração:
1ª — No meio de seus estudos teológicos foi atin­gido pela lei militar e logo considerado válido para o serviço ativo. Com essa perspectiva de três anos de vida de quartel, recorre ao Coração de Jesus, e confia-lhe sua pessoa e sua vocação. Alguns meses mais tarde, realiza-se a segunda inspeção, cuja sentença é definiti­va. Qual não foi então a sua alegria, ao ouvir essa decisão: Inapto para o serviço militar!
2ª — Uma demasiada aplicação aos estudos lhe aba­lou a saúde, ao ponto de que o médico lhe mandou interrompê-los, durante alguns anos talvez. Cheio de confiança na promessa do Divino Mestre, invocou o seu Coração compassivo e, contra as previsões huma­nas, recobra em pouco tempo todas as suas forças.
3ª — Uma terceira provação lhe sobrevém: sua fa­mília empobrece e não pode mais pagar a sua pensão; ele pede aos superiores um abatimento, ou, ao menos uma espera, que a princípio não lhe é concedida. Não desanima, e redobra de orações, invocando o Sagrado Coração com inteiro abandono à sua providência paternal. Sua confiança perseverante não é frustrada: al­gum tempo depois, sem nova diligência de sua parte, lhe anunciam que terá de pagar só uma pequena parte da pensão.
Não sabendo exprimir quanto se sente agradecido, o jovem espera o momento em que, revestido do sacer­dócio, o possa mostrar, dedicando-se a servir e glorificar o Santíssimo Coração de Jesus.
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Excertos do livro: Mês do Sagrado Coração de Jesus - Padre José Basílio Pereira - 2a. edição, 1913.

25o. Dia - Mês do Sagrado Coração de Jesus

VIGÉSIMO QUINTO DIA
Oremos para que o Coração de Jesus nos inspire gosto pela Comunhão frequente. 
Pai Nosso ...
Ave Maria ... 
Glória ...
Jaculatória“Coração de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais”.


6º espinho do Coração de Jesus são as almas que se afastam voluntariamente da Sagrada Comunhão
Afastar-se voluntariamente da Sagrada Comunhão, quando ela nos é permitida, é dizer a Jesus Cristo: “Não quero estar convosco”. Não se pôr em estado de comungar frequentemente, ao menos todos os oito dias, é dizer a Jesus Cristo: “Não me quero inco­modar”. É, com efeito, para não se incomo­darem que estas pessoas não comungam to­dos os oito dias. Certamente não vos per­tence regular as vossas Comunhões, mas per­tence-vos o preparar-vos para elas; cortai pelos sentimentos de vaidade, pelas amizades excessivas, pelas maledicências, pelas perdas de tempo… vereis como se vos despertará o gosto pela Sagrada Comunhão e como vo­luntariamente o vosso confessor vo-la per­mitirá.
“Vou, desde já, preparar-me para co­mungar no próximo domingo”.
EXEMPLO
Uma zeladora do Apostolado comunicou ao “Mensa­geiro do Coração de Jesus” o seguinte, ocorrido em 1883:
“Uma de minhas antigas discípulas adoeceu gravemente e, a despeito das reiteradas preces e promessas piorava e chegou a perigo extremo. Ao visitá-la nestas circunstâncias me disse: “A Santíssima Virgem não me quer curar”. — Não desanimeis, respondi, ela quer por­ventura que invoqueis o seu Divino Filho; recorri ao Sagrado Coração, prometendo-lhe três coisas : —1º consagrar-lhe-eis toda a vossa casa; — 2º colocareis sua imagem ali em lugar de honra; — 3º quando estiverdes curada, fareis nove Comunhões sucessivas de 1ª sexta-feira do mês. Desde hoje começaremos uma novena ao Sagrado Coração; uni vossas orações às nossas, e do fundo d’alma dizei a Jesus: “Jesus, outrora Vós curáveis na Judeia todos os enfermos que a Vós recorriam; curai-me para glória do Vosso Divino Coração”. Ela prometeu tudo. Pela minha parte, eu comecei a orar com fervor, e fiz a oferenda de um sacrifício pessoal. A noite foi medonha para a pobre enferma: crises repe­tidas e delíquios assustadores. Todavia, na manhã seguinte pôde comungar; mas o dia foi todo de extremas dores. Eu a animei a confiar, mesmo quando se sentisse agonizante; e redobrei de instâncias e de súplicas ao Coração de Jesus. Qual não foi a minha alegria, quando, no dia seguinte, 16 de agosto, li este bilhete: “A moribunda renasce; a noite foi muito calma; seu estômago, que se recusava absolutamente a qualquer bebida, suporta-a sem fadiga. A enferma sente-se vol­tar à vida”. Em menos de oito dias, e antes do fim da novena, achava-se ela já em plena convalescença, e antes mesmo de haver decorrido um mês tornava de novo às ocupações de antes e se dispunha a cumprir suas promessas. Dois magníficos quadros ornam hoje o salão de sua morada: um representa o Divino Coração de Jesus, e outro, o Imaculado Coração de Maria, e todos os meses ela renova a esses Corações a consa­gração de sua pessoa e da família inteira. Quanto à novena de Comunhões mensais de 1ª sexta-feira, ela começou-a, mas um dia viu-se forçada a interrompê-la. — “Que fareis?” lhe perguntei eu. Respondeu-me : “Vou recomeçar e, se ainda for obrigada a interrompê-la recomeçarei sempre até cumprir a promessa. Os negócios de minha casa de comércio me embaraçam muito nesse dia, mas, custe o que custar, cumprirei o que prometi. Nisso tenho até muito prazer; não compreendo mais, presentemente, como podia passar meses sem me aproximar da Santa Mesa. A Comunhão mensal é uma necessidade para a minha alma”.
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Excertos do livro: Mês do Sagrado Coração de Jesus - Padre José Basílio Pereira - 2a. edição, 1913.

24o. Dia - Mês do Sagrado Coração de Jesus

VIGÉSIMO QUARTO DIA
Oremos por todos os nossos parentes e amigos para que Deus lhes recompense a sua dedicação para nós. 
Pai Nosso ...
Ave Maria ... 
Glória ...
Jaculatória“Coração de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais”.


O 5º espinho do Coração de Jesus são os que corrompem a infância
Eis uma outra espécie de sacrilégio não menos doloroso ao Coração de Jesus, talvez ainda mais doloroso que a profanação do seu corpo… Queridas almas das criancinhas que tanto ama Jesus, almas inocentes e pu­ras, será possível que haja seres tão per­versos que vos ensinem o mal e vos levem a praticá-lo? Ah! que tesouro de cólera se amontoa contra eles lá no céu! Todo o pe­cado pode, sem dúvida, obter o seu perdão, mas para obter o perdão de haver ensinado o mal a uma alma inocente, sobretudo se esta pobre criança morreu com esse pecado, que penitências, que expiações, que tormentos não serão necessários!…
“Hoje hei de orar muito pelas almas inocentes”.
EXEMPLO
Em Homs, na Síria, durante as chuvas do inverno que em 1890 causaram muitos desmoronamentos, um menino de uma família cismática havia colocado “uma imagem do Sagrado Coração no compartimento da casa em que, segundo o costume geral, a família dormia. Uma noite, o pai vendo que o madeirame aí, pela sua vetustez, ameaçava desabar sob a violência da chuva, disse à família: “Devemos passar para o cômodo vi­zinho, porque pode acontecer alguma desgraça esta noite; o teto aqui ameaça ruína e o de lá está mais sólido”. Concordaram todos, à exceção do me­nino, que exclamou: “Que temeis então? Não temos nós aqui a imagem do Sagrado Coração, que nos protege? Por mim não tenho medo; eu fico”. A fa­mília toda, impressionada com as palavras do meni­no, resolveu não sair ainda essa noite do seu pouso, entregando-se à guarda do Sagrado Coração; e em boa hora o fez. Antes de amanhecer, uma parte da casa abateu; mas foi aquela que parecia mais sólida e em que tinham pensado abrigar-se. O aposento em que estava a imagem do Sagrado Coração, nada so­freu.
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Excertos do livro: Mês do Sagrado Coração de Jesus - Padre José Basílio Pereira - 2a. edição, 1913.

23o. Dia - Mês do Sagrado Coração de Jesus

VIGÉSIMO TERCEIRO DIA
Oremos para que se propague a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. 
Pai Nosso ...
Ave Maria ... 
Glória ...
Jaculatória“Coração de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais”.

4º espinho do Coração de Jesus são as almas que profanam os sacramentos
Estas almas chamam-se “sacrílegas”; ora, sabeis o que fazem os sacrílegos? Unem-se ao demônio para o auxiliar no mais horrível crime: a profanação do Corpo e Sangue de Jesus Cristo.
Convertem a alma numa sentina re­pleta de vergonhosos vícios e, depois, conhe­cendo bem o que fazem, lançam aí o Corpo de Jesus Cristo e esperam pelo agradeci­mento do demônio ufano deste crime que ele por si não podia cometer. Meu Deus! Meu Deus! Deixai que eu vos peça perdão por todos estes cruéis pecadores.
“Hoje farei um ato de reparação ao Sagrado Coração de Jesus”.
EXEMPLO
Chamado a missionar numa aldeia de Pondichery, escreve o Pe. Fourcade, eu comecei por consagrar aque­las regiões ao Coração de Jesus e em sua honra disse uma novena de Missas. Tínhamos ali só uma Capelinha e 8 a 9 famílias cristãs. Precisávamos de um terreno e, perto da capela, havia um, em que estava o pagode chinês, e que pertencia a Balekichnen, chefe da aldeia. Convindo-nos possuí-lo para nos livrarmos da má vizi­nhança, e precisando o proprietário vendê-lo para pagar dívidas, contratamos a compra, sob a condição de ser demolido antes o templo chinês. Os pagãos se enfurece­ram com a notícia e procuraram por todas as formas tolher-nos a aquisição. O proprietário, porém, atormentado pelo credor, vinha a miúdo, pedir o dinheiro, respon­dendo-lhe nós, invariavelmente: “Derrubai o pagode, e o tereis”. Conservando-se as coisas neste pé, longo tempo, recorri ao Sagrado Coração, a quem consagrara a aldeia, e prometi erigir-lhe um templo no próprio local do pagode, se a resistência cessasse. Poucos dias depois, Balekichnen veio comunicar-nos que estava a demolir o pagode, e por nossos próprios olhos o veri­ficamos, rendendo graças ao céu. Dentro de poucos anos, tinha eu batizado ali cerca de sete mil pagãos.
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Excertos do livro: Mês do Sagrado Coração de Jesus - Padre José Basílio Pereira - 2a. edição, 1913.

22o. Dia - Mês do Sagrado Coração de Jesus

antes desta meditação


VIGÉSIMO SEGUNDO DIA
Entre os nossos parentes, oremos por aqueles que não cumprem seus deveres religiosos. 
Pai Nosso ...
Ave Maria ... 
Glória ...
Jaculatória“Coração de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais”.


O 3º espinho do Coração de Jesus são as almas frouxas e tíbias
Estas almas não são indiferentes, mas o quereriam ser talvez… O amor de Jesus Cristo lhes é molesto e pesado, e, to­davia, já sentiram toda a doçura deste amor. Ó vós, que por influência duma paixão oculta, dum amor próprio e de um orvalho sem medida, vos afastais de Jesus, ouvi esta queixa: “Se fosse um inimigo que me tra­tasse assim, eu suportaria; mas uma alma que amo, que admiti à minha mesa!…” Vin­de de novo lançar-vos aos pés de Jesus… Talvez que amanhã já seja tarde… Se ele já vos não pudesse receber!…
“Rezarei o terço para pedir a Maria Santíssima me alcance o fervor primitivo”.
EXEMPLO
Do relatório anual das obras do Apostolado da Oração, publicado em novembro de 1884, consta a seguinte narração, feita pela professora da escola pri­mária de uma aldeia da França: No ano passado, ao partir eu para o novo posto que me fora designado, informavam-me que me teria de haver com meninos indóceis e sem nenhuma piedade, filhos de gente descuidada de seus deveres religiosos e pouco zelosa dos bons costumes. Parti um tanto impressionada, porém cheia de confiança em Deus; e, logo ao chegar, pus mãos à obra. Comecei por uma fervorosa novena ao Coração de Jesus; manifestei-lhe meus receios e mi­nhas esperanças, e procurei depois ganhar, pouco a pouco, o coração dos meus novos discípulos. Alistei-os no Apostolado da Oração, instando a recitarem todos os dias, ao despertar, a pequena fórmula: “Divino Coração de Jesus, eu vos ofereço o meu dia, pelo Coração Ima­culado de Maria, em todas as vossas intenções”. No começo da aula, recitávamos em comum a dezena do Terço. Até aí tudo ia bem e os meninos se mostravam muito dóceis. Por fim, um dia lhes disse: “Meus amiguinhos, não é bastante o recitar todas as manhãs a vossa curta oração e a dezena da Terço; é preciso co­mungar todas as primeiras sextas-feiras do mês em honra ao Sagrado Coração. Assim é que estareis com­pletamente no Apostolado da Oração”. A tal proposta, houve espanto e desassossego entre os pequenos; não tinham o costume de comungar tantas vezes: desde a Páscoa (sete meses passados), não se tinham confessa­do! Todavia, passada a surpresa, consentiram e, em dezembro, inaugurávamos as nossas “Comunhões men­sais”. Entre os alunos, um, de 10 a 11 anos, resistia a princípio, e dizia: “Eu não quero me confessar hoje, eu não tenho pecados”. “Pois bem, lhe respondia eu, rindo; confessarás as tuas virtudes, vem sempre co­nosco à Igreja”. Na volta, ele dizia aos companheiros: “Era o demônio que me fazia gritar que não tinha pe­cados; estou bem contente de minha confissão”. A dificuldade estava assim vencida, e no mês seguinte os alunos, por si próprios, apresentavam-se para a Comunhão. Em fevereiro caíra a neve e fazia muito frio; quis dispensá-los, porque a igreja ficava a 5 quilômetros, mas acudiam todos: “Não cai mais neve, e a gente que tem passado já abriu o caminho; nós queremos comungar hoje em honra do Sagrado Coração”. Um deles percorreu a pé, em jejum, 10 quilômetros, e, de volta a casa, ainda não quis comer imediatamente, dizendo: “Eu quero ter ainda por algum tempo só a Jesus em meu coração”. Outro que teve de deixar a escola e de empregar-se para ganhar, não podendo fazer a Comunhão na 1ª sexta-feira, veio muito pesaroso dizer-mo, e, propondo-lhe eu que a fizesse, ele só, no 1º do­mingo do mês, aceitou-o com alegria, e tem perseverado. Com isto, os meninos, que à minha chegada eram revessos e turbulentos, se tornaram, pouco a pouco, obedientes e piedosos; e os pais experimentaram tam­bém a boa influência da mudança, melhorando os costumes em toda a aldeia, sobretudo no tocante à re­ligião. Enfim, eu mesma que viera cheia de apreensões, hoje estou contente, e rendo graças ao Sacratíssimo Coração de Jesus.
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Excertos do livro: Mês do Sagrado Coração de Jesus - Padre José Basílio Pereira - 2a. edição, 1913.