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Capítulo XXVII - Os bons dias a Jesus

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Pensamentos e afetos devotos
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JESUS SACRAMENTADO


XXVII
Os bons dias a Jesus
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EIS a alba dum novo dia, ó Jesus? Mas, de que te será ele portador? Será este um dia de novas culpas ou de amores mais veementes? Quantos sacrilégios, quantas blasfêmias, quantas abominações não virão dilacerar-te o coração? E quantas orações, quantos heroísmos de virtude não to virão consolar? Eu não o sei, e certamente não é a força mesquinha do meu braço que poderá impedir a obra dos crucifixores e fazer cair-lhes das mãos o martelo e os cravos. Mas tu podes receber o meu melhor augúrio e transformá-lo em mil chamas de amor, que do coração de tantos adoradores sobem a confortar o teu.

Capítulo XXVI - A palavra mais difícil

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XXVI
A palavra mais difícil
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FALEI já tantas e tantas vezes a Jesus, falo-lhe todos os dias, digo-lhe um mundo de coisas, as mais belas e as mais suaves que o coração me pode sugerir; mas há uma palavra mais bela que qualquer outra, uma palavra aprendida desde criança, repetida cada dia e quase a cada hora, uma palavra sem a qual toda a oração perde a beleza e o valor, e que eu lhe não digo jamais... Ela aflora-me espontânea aos lábios nos momentos de angústia, mas eu não a ouso pronunciar, porque o coração recusa-se a acompanhá-la... E porque havia de dizer uma palavra que será uma ficção? Jesus disse-a no Getsêmani, ordenou a todos que a repetissem, porque é a mais bela que podem pronunciar os lábios cristãos: fiat voluntas Tua — faça-se a Tua vontade.

Capítulo XXV - Morrer bem

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XXV
Morrer bem
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É um dos sonhos mais belos da minha alma; é um sonho que se torna cada vez mais vivo, à medida que os anos passam e as forças me vão faltando. Principalmente quando me encontro com Jesus sorri-me a idéia de uma santa morte. Figuro-me, então, estar estendida sobre o leito da agonia, a poucos minutos de distância da eternidade, com todos os adeuses já feitos aos meus parentes, com o coração desapegado já das coisas mundanas, com o Paraíso aberto aos meus olhos, e os anjos que me sorriem do alto, e Maria que me convida, e Jesus que me estende a mão para tomar-me e conduzir-me lá cima... Pensando em tudo isto eu choro um pouco, mas o meu pranto deixa-me a alma contente.

Capítulo XXIV - A hora bela

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XXIV
A hora bela
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JESUS no Tabernáculo, e uma alma trasbordante de culpas genuflexa diante do altar... Que contraste! Quem não conhece a Jesus, ao vê-lo defronte de uma alma pecadora, desejaria pôr-se no meio deles e separá-los para sempre... Ah! Como Jesus é mal compreendido! E pensar que as horas mais belas são aquelas que Jesus passa a trabalhar com a graça sobre as almas extraviadas!

Capítulo XXIII - Esperando a graça

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XXIII
Esperando a graça
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DERRAMEI todo o meu coração perante ti, ó Jesus! Chorei a minha dor, cantei as minhas esperanças, desafoguei todo o meu amor; pedi-te, exorei-te... Agora sinto-me extenuada... Mas, não saio daqui, sem me fazeres a graça implorada.
Orei com toda a confiança nos méritos da tua Paixão e Morte; apresentei à tua misericórdia as tuas próprias dores; recordei-te o teu batei, procurai, pedi... Mas até agora não obtive coisa alguma... Contudo, não me quero ir embora, e fico aqui esperando a graça.