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Continuação do Capítulo XXXIX - Fragmentos - Final

CENTELHAS EUCARÍSTICAS
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Pensamentos e afetos devotos
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JESUS SACRAMENTADO


Continuação do  Capítulo

XXXIX
A minha cruz
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Fragmentos

Como se ora bem em certas igrejas solitárias e desertas! Nelas fala-se a Jesus com maior confiança do que em outras, porque Jesus parece estar ali só para nós e em ato de conceder a um só os sorrisos e as graças que, em outras circunstâncias, teria de dividir por milhares de adoradores.

Capítulo XXXIX - A minha cruz

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XXXIX
A minha cruz
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TAMBÉM a mim Jesus quis dar uma cruz. E que melhor coisa Ele podia dar-me, depois de si mesmo, do que o Trono onde reinou na hora da sua máxima vitória, quando subjugou o inferno? Se Ele há de aparecer no último dia flanqueado pela cruz, não é justo e belo que eu me encaminhe para a eternidade levando-a sobre os ombros?

Capítulo XXXVIII - Demasiado tarde?

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XXXVIII
Demasiado tarde?
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AQUI, diante do Tabernáculo, quero meditar o valor deste grito que me saiu do coração num momento de desconforto. Demasiado tarde!... A minha voz não teve força para dizer mais... E chorei!
É demasiado tarde. E por quê? Porque os meus anos atingem já a medida marcada por Deus: a morte não vem longe; as forças do corpo vão alquebrando-se, enquanto que, por um contraste fatal, outras energias se vão revigorando mais e mais.

Capítulo XXXVII - Pensamento que desconforta

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XXXVII
Pensamento que desconforta
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TEM acontecido mais de uma vez que tenha perdido a fé em Jesus Sacramentado quem foi educado e passou os anos mais belos da sua vida à sombra do Tabernáculo. O escândalo contristou as almas piedosas e boas, que acorreram, numerosas e plangentes, aos pés de Jesus, para compensá-lo com o próprio amor da ofensa sofrida, e constrangê-lo a ter piedade do renegado.

Capítulo XXXVI - As impressões

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XXXVI
As impressões
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GRANDE consolação sentiria estando com Jesus a meditá-lo, a orar-lhe, a amá-lo! Mas, uma vez que me ponho em sua presença para tratar com Ele, mil divagações me assaltam e me arrastam para longe...

Capítulo XXXV - Um empenho de amor

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XXXV
Um empenho de amor
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PORQUE amo tão pouco o meu Jesus? Porque é que eu procedo dum modo que ocasiona um verdadeiro dano à minha alma e é um agudo espinho que fere o coração do meu Jesus? Para dizer tudo, porque deixo eu às vezes de fazer a Comunhão? Não é por falta de tempo, porque, indo à Missa todas as manhãs, poderia perfeitamente abeirar-me da Mesa Eucarística; e mesmo que dispusesse de pouco tempo, antes que abandoná-la, poderia contentar-me com uma preparação e ação de graças muito breves, reservando-me os momentos vagos durante todo o dia para me entreter com Jesus. Também não é por causa das minhas quotidianas venialidades, sabendo eu perfeitamente que os pecados veniais não impedem a Comunhão, mas devem, ao contrário, ser um incentivo para fazê-la, desde que se peça a Jesus o seu perdão. Portanto, porque não faço eu todos os dias a Comunhão, quando com um pouco de boa vontade poderia sempre fazê-la?

Capítulo XXXIV - Reservas culpáveis - É Jesus que fala

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XXXIV
Reservas culpáveis
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É Jesus que fala

CHAMAS-ME, e eu venho sempre. Dizes que me amas, e eu creio no que dizes. Ofereces-te toda a mim; mas, apenas desço ao teu coração, encontro-o ocupado em parte pelos outros, de modo que, muitas vezes, só me resta um lugarzinho bem limitado, e nem sempre o mais belo.

Capítulo XXXIII - Coroinha da Confiança

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XXXIII
Coroinha da Confiança
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Deus in adjutorium meum intende.
Domine ad adjuvandum me festina.
Gloria Patri, etc.

I

Ó meu dulcíssimo Jesus, eu venho refugiar-me no teu Coração. Estou aflita com o pensamento de não estar perdoada dos meus pecados, se bem que os tenha confessado e deles esteja arrependida. Oh! Quanto me entristece este pensamento! Quando rezo, quando te adoro, quando te recebo parece-me que ouço de ti exprobrações e ameaças. Será, pois, verdade que eu tenha de refazer todas as minhas confissões?

Capítulo XXXII - Depois da morte

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XXXII
Depois da morte
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AMAR o mundo é realmente uma loucura. Se o mundo se recordasse de mim depois da minha morte, se mostrasse algum pesar de me haver perdido, seria caso para eu sentir alguma pena ao ter de abandoná-lo. Mas, como me tratará o mundo, quando eu deixar de existir?

Capítulo XXXI - A Santidade (Assunto de Adoração)

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XXXI
A Santidade
(Assunto de Adoração)
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ADORAÇÃO. Encontro-me neste momento em presença do Senhor e Deus dos santos, da própria santidade. Que honra para o meu nada!... Jesus a santidade... Eu a miséria e a culpa!... Contudo, não me fulmina com o seu rigor; antes, tolera-me com a sua misericórdia, chama-me com o seu amor, para que me resolva finalmente a adorar o que até agora desprezei.

Capítulo XXX - Os outros

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XXX
Os outros
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SERIA necessário que eu nunca os tivesse visto na igreja. Mostram um tal respeito, oram com tal recolhimento, que eu fico humilhada, e requer-se um grande esforço de boa-vontade para eu não deixar ali as minhas devoções e ir-me embora. Vede com que fervor aquela alma boa se põe a orar! Está toda fixa na Hóstia... Quase que nem move as pálpebras, nem parece respirar... Toda a sua vida parece concentrada sobre os lábios... Estes só têm um ligeiro movimento... Todo o resto da pessoa se imobiliza. Parece a estátua da oração.

Capítulo XXIX - Pelos outros

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XXIX
Pelos outros
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NÃO se poderia, ó Jesus, fazer um pouco de bem a tantas almas que andam no caminho da perdição? Algumas há, que me estão mesmo a caráter de salvá-las; mas é preciso que elas o não saibam; desejaria ao menos melhorá-las, mas sem lhes dizer sequer uma palavra, mesmo porque seria inútil. Será isto possível?

Capítulo XXVIII - À boa noite a Jesus

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XXVIII
À boa noite a Jesus
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QUANTO sinto dever deixar-te, ó Jesus! Ah! Se não fosse a necessidade que me obriga ao repouso, ficaria aqui contigo até amanhã, sempre a falar-te, sempre a olhar-te, sempre a amar-te; parece-me que te diria coisas novas... Parece-me que o meu coração se inflamaria de novas chamas... Que mais depressa me tornaria santa... Mas vejo-me constrangida a ir-me embora, a deixar-te, a condensar todas as efusões do meu coração nesta mesquinha saudação — boa noite!

Capítulo XXVII - Os bons dias a Jesus

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XXVII
Os bons dias a Jesus
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EIS a alba dum novo dia, ó Jesus? Mas, de que te será ele portador? Será este um dia de novas culpas ou de amores mais veementes? Quantos sacrilégios, quantas blasfêmias, quantas abominações não virão dilacerar-te o coração? E quantas orações, quantos heroísmos de virtude não to virão consolar? Eu não o sei, e certamente não é a força mesquinha do meu braço que poderá impedir a obra dos crucifixores e fazer cair-lhes das mãos o martelo e os cravos. Mas tu podes receber o meu melhor augúrio e transformá-lo em mil chamas de amor, que do coração de tantos adoradores sobem a confortar o teu.

Capítulo XXVI - A palavra mais difícil

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XXVI
A palavra mais difícil
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FALEI já tantas e tantas vezes a Jesus, falo-lhe todos os dias, digo-lhe um mundo de coisas, as mais belas e as mais suaves que o coração me pode sugerir; mas há uma palavra mais bela que qualquer outra, uma palavra aprendida desde criança, repetida cada dia e quase a cada hora, uma palavra sem a qual toda a oração perde a beleza e o valor, e que eu lhe não digo jamais... Ela aflora-me espontânea aos lábios nos momentos de angústia, mas eu não a ouso pronunciar, porque o coração recusa-se a acompanhá-la... E porque havia de dizer uma palavra que será uma ficção? Jesus disse-a no Getsêmani, ordenou a todos que a repetissem, porque é a mais bela que podem pronunciar os lábios cristãos: fiat voluntas Tua — faça-se a Tua vontade.

Capítulo XXV - Morrer bem

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XXV
Morrer bem
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É um dos sonhos mais belos da minha alma; é um sonho que se torna cada vez mais vivo, à medida que os anos passam e as forças me vão faltando. Principalmente quando me encontro com Jesus sorri-me a idéia de uma santa morte. Figuro-me, então, estar estendida sobre o leito da agonia, a poucos minutos de distância da eternidade, com todos os adeuses já feitos aos meus parentes, com o coração desapegado já das coisas mundanas, com o Paraíso aberto aos meus olhos, e os anjos que me sorriem do alto, e Maria que me convida, e Jesus que me estende a mão para tomar-me e conduzir-me lá cima... Pensando em tudo isto eu choro um pouco, mas o meu pranto deixa-me a alma contente.

Capítulo XXIV - A hora bela

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XXIV
A hora bela
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JESUS no Tabernáculo, e uma alma trasbordante de culpas genuflexa diante do altar... Que contraste! Quem não conhece a Jesus, ao vê-lo defronte de uma alma pecadora, desejaria pôr-se no meio deles e separá-los para sempre... Ah! Como Jesus é mal compreendido! E pensar que as horas mais belas são aquelas que Jesus passa a trabalhar com a graça sobre as almas extraviadas!

Capítulo XXIII - Esperando a graça

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XXIII
Esperando a graça
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DERRAMEI todo o meu coração perante ti, ó Jesus! Chorei a minha dor, cantei as minhas esperanças, desafoguei todo o meu amor; pedi-te, exorei-te... Agora sinto-me extenuada... Mas, não saio daqui, sem me fazeres a graça implorada.
Orei com toda a confiança nos méritos da tua Paixão e Morte; apresentei à tua misericórdia as tuas próprias dores; recordei-te o teu batei, procurai, pedi... Mas até agora não obtive coisa alguma... Contudo, não me quero ir embora, e fico aqui esperando a graça.

Capítulo XXII - Jesus!... Jesus!...

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XXII
Jesus!... Jesus!... 
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EIS a oração que eu te farei tantas e tantas vezes, ó meu amável Jesus. O teu nome adorável será a súmula de todas as minhas aspirações, será o grito angustioso do meu coração dilacerado, e te recordará todas as minhas dores e todas as minhas esperanças. Na hora do pranto tu me verás genuflexa diante do altar com o olhar fixo na Hóstia, com os lábios incapazes de pronunciar outra palavra, fora do teu nome — Jesus!... 

Capítulo XXI - Fogos de palha

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XXI
Fogos de palha
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 SE dissesse que tenho sempre tratado bem a Jesus, com delicadeza, com verdadeiro amor filial, diria uma mentira. Tenho começado muitas vezes, mas não tenho prosseguido, e o edifício da minha piedade cristã está agora como estava há muitos anos!
Recordo-me de que, quando menina, sentia uma grande vontade de dar-me toda a Jesus, mas senti-me também dominada por uma grande vaidade e inconstância; e assim me tenho arrastado até hoje, alternando práticas de devoção com atos de preguiça e langor espiritual.