DÉCIMO DIA
Oremos pelas pessoas
que gostam de ser vistas e de se mostrar ao mundo.
São
José levava uma vida oculta
Todos
os Santos mais ou menos têm amado a obscuridade. Que importavam a São José as
honras públicas? O sorriso de aprovação de Jesus o contentava. Que lhe
importavam as vistas e as conversações dos estranhos? A dulcíssima palavra de
Jesus lhe bastava. Para que procuraria eu ser aplaudido em tudo o que faço?
Porque me inquietar de não receber um louvor, que julgo merecido? Ó Jesus,
concedei-me a graça de procurar agradar no pequeno trabalho que me é traçado, e
de só aspirar à aprovação de minha consciência!
EXEMPLO
Soror
Maria de São José chamava-se a religiosa carmelita que acompanhou Santa Teresa
em quase todas as suas viagens. Dedicada a São José como todas as religiosas de
sua Ordem, ela o tomou por seu Santo Padroeiro no dia em que professou, e a
Providência quis que residisse habitualmente no primeiro mosteiro fundado em
Ávila sob o nome de São José.
A
piedosa carmelita procurava em tudo imitar as virtudes do Santo Patriarca, e
Deus a submeteu a dolorosas provações, semelhantes às que sofreu na terra o
benditíssimo Pai adotivo de Jesus. Os seus últimos quatro dias de sua vida
passaram-se numa terrível agonia, sem o uso dos sentidos, e portanto sem a
consolação exterior dos socorros espirituais; porém Soror Maria de São José,
tolhida de dar qualquer sinal sensível, fazia, como o seu santo Padroeiro, atos
internos de abandono à vontade divina, e expirou ditosamente num desses atos.
Sejamos devotos e
zelosos e constantes na terra e partilharemos da glória de São José lá no céu.
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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira