DIA 19 DE JUNHO

MEDITAÇÃO

Amor que S. José teve a Jesus
Ponto 1. — Outra das causas da felicidade de São José em sua morte foi seu amor a Jesus. Aos que amam a Deus tudo, até a mesma morte, se lhes converte em bem: a mesma morte, que é o maior de todos os males naturais. Por isso foi preciosa a morte de São José.
Ponto 2. — São José amou a Jesus como a seu Deus e como a seu filho: como a Deus amava-O como santo, como o maior de todos os santos; como a filho amava-O como pai e como o pai mais amoroso: Jesus por tanto como Deus e como filho, assistiu na morte de São José.

Ponto 3. — São José amou a Jesus com todo seu entendimento, porque O via e conhecia perfeitamente: e com todo o seu coração, porque era o objeto único de suas aspirações, e a única afeição de sua alma: era todo de Deus e na morte foi Deus todo de São José.
Amas assim a Deus?...

Fruto. — Recorda com frequência que o primeiro e principal mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas.

ORAÇÃO EFICACÍSSIMA PARA SE OBTER A PUREZA
Glorioso S. José, pai e protetor das virgens, guarda fiel a quem Deus confiou Jesus, a mesma inocência, e Maria, a Virgem das virgens, eu vos peço e conjuro por Jesus e por Maria, este duplo depósito a Vós tão caro, com vosso eficaz auxílio dai-me conservar meu corpo isento de toda mancha, e que puro e casto, sirva perpetuamente a Jesus e a Maria em perfeita castidade. Assim seja.




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Do livro: Devoto Josephino - edição de 1935

31/05 - Consideração para a véspera do Mês do Sagrado Coração

Por um decreto de 3 de Maio de 1873, o Papa Pio IX de santa memória concedeu a todos os que fizerem o mês do Sagrado Coração, sete anos de indulgência* em cada dia do mês de Junho, e indulgência plenária em um dia do mesmo mês à vontade do fiel, observadas as condições ordinários.

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Consideração para a véspera do mês
A oração tem sido sempre as delicias das almas fervorosas. Estas delicias, querido leitor, o Sarado Coração vos convida  hoje a saborear. Mais aparentes do que reais são as dificuldades deste santo exercício. «Fazer oração mental ou meditação, diz Monsenhor Dechamps, é pensar nas verdades da fé, para se excitar no amor divino e na prática das virtudes, cuja graça será obtida pela oração. A meditação chama-se  oração mental, pois a oração ou suplica é a parte principal da meditação. Assim, fazer oração mental é pensar nas verdades da fé, por exemplo, na morte, no juízo, no céu, no inferno, na  eternidade, em Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho único de Deus, que desceu do céu, fez-se Homem por nosso amor no seio da bem-aventurada Virgem Maria, padeceu e morreu na cruz para nos alcançar o perdão de nossos pecados. Quando o cristão pensa numa das grandes verdades que a santa fé ensina, e pensa para se excitar a evitar o pecado, imitar a Jesus Cristo e  empregar para isto os meios que ele nos deixou, principalmente a oração e os sacramentos, que são os canais da graça, então faz a meditação ou oração mental.
Bem vedes que muitos cristãos que nunca ouviram talvez  pronunciar estas palavras, fazem contudo a oração, visto como pensam algumas vezes nas verdades da salvação, por exemplo, quando depois de ouvirem o sermão do domingo, pedem a Deus perdão dos pecados, tomam a resolução de confessar-se e lhe rogam a graça de vida melhor. Faz também oração mental aquele que se prepara para uma boa confissão, porque então, depois de ter orado e reconhecido suas faltas, excita-se à contrição pensando no inferno que mereceu, no céu e na graça de Deus que perdeu, em Jesus Cristo a quem nossos pecados fizeram chorar, padecer e morrer. Ainda faz oração mental, quem, depois de ter lido n’algum bom livro, para um pouco considerando um ponto que lhe diz respeito e mais o comove, o depois ora a Deus, a Jesus, a Maria, aos santos anjos, ou aos santos padroeiros, a fim de conseguir uma graça que deseja, ou cumprir uma coisa  que Deus exige dele. Em viagem e até no trabalho pode uma  pessoa fazer oração mental, pois ainda então pode pensar nas verdades da salvação, e dirigir-se a Deus em súplicas. Não se creia, pois, que este exercício, por difícil, seja raro. Não,quando se toma a peito o negócio da salvação eterna, nele se pensa todos os dias com tão boa vontade como os negociantes no seu comércio; e tão impossível é que nos saiamos bem no negócio de nossa salvação, sem nele pensarmos e nos resolvermos a empregar os meios necessários, como o é ao negociante prosperar, sem pensar nos meios de adquirir  fortuna. O mundo está cheio de pecados e o inferno de réprobos, afirma Santo Afonso, por que não se medita nas verdades eternas.
Por tanto, alma cristã, nada mais fácil que fazer oração mental. Santo Afonso torna sua prática extremamente simples, clara, fácil e não menos frutuosa; graças ao método que ele
ensina, este exercício indispensável a quem quer santificar-se, é posto com toda verdade ao alcance de todos: também seu desejo é que todos aprendam a meditar. Eis aqui o método de fazer a oração mental segundo o santo doutor: «A oração mental contem três partes: a preparação, a meditação e a conclusão.
I. Na Preparação fazem-se três atos:
1. Ato de Fé na presença de Deus.
Meu Deus, eu creio que estais aqui presente e vos adoro.
2. Ato de humildade.
Eu deveria estar a esta hora no inferno; Senhor, eu me arrependo de vos ter ofendido.
3. Ato de petição de luzes.
Eterno Pai, por amor de Jesus e Maria, esclarecei-me nesta meditação, para que tire proveito dela.
Uma Ave Maria à Mãe de Deus, e um Gloria Patri a S. José, ao anjo custódio e ao nosso santo protetor. Estes atos devem ser feitos com atenção, mas brevemente; depois faz-se a meditação.
II. Para a Meditação sirvamo-nos sempre de um livro, ao menos no começo, parando nas passagens que mais impressão nos fazem. S. Francisco de Sales diz que devemos imitar as abelhas, que se demoram numa flor enquanto acham mel, e voam depois para outra.
Cumpre, além disto, saber que os frutos da meditação são três: afetos, súplicas e resoluções; nisto é que consiste o proveito da oração mental. Assim, depois de haverdes meditado uma verdade eterna, e ter Deus falado a vosso  coração, é mister que faleis a Deus:
1o. Pelos afetos, isto é, pelos atos de fé, agradecimento, humildade, esperança; mas repeti de preferência os atos de amor e contrição. Conforme Santo Tomás, todo ato de amor nos merece a graça de Deus e o paraíso. O mesmo se deve dizer do ato de contrição. Eis aqui exemplos de atos de amor:
Meu Deus, eu vos amo sobre todas as coisas. — Eu vos amo de todo o meu coração. — Quero fazer em tudo vossa vontade. — Muito me regozijo por serdes infinitamente feliz.
Para o ato de contrição basta dizer:
Bondade infinita, pesa-me de vos ter ofendido.
2o. É necessário também falar a Deus pelas súplicas,  pedindo-lhe as luzes que havemos mister, a humildade ou outra virtude, uma boa morte, a salvação eterna, mas principalmente seu amor e a santa perseverança. E si nossa alma está em grande aridez, basta repetirmos:
Meu Deus, socorrei-me. — Senhor, tende compaixão de mim. — Meu Jesus, misericórdia! — Ainda que nada mais fizéssemos, a oração seria excelente.
3o. E mister enfim falar a Deus pelas resoluções: antes de terminar-se a oração, cumpre tomar alguma resolução particular, por exemplo, fugir de tal ocasião, sofrer o que parece nos molestar em tal pessoa, corrigir-se de tal defeito, etc.
III. Enfim a Conclusão compõe-se de três atos:
1o. Meu Deus, eu vos agradeço as luzes que me destes.
2o. Proponho observar as resoluções que tomei.
3o. Peço-vos, por amor de Jesus e Maria, a graça de pô-las em prática.
Termina-se a oração por um Padre Nosso e uma Ave Maria, para recomendar a Deus as almas do purgatório, os prelados da  Igreja, os pecadores, parentes e amigos.
S. Francisco de Sales aconselha notar algum pensamento que mais impressão nos faz na oração, para o recordarmos de tempos a tempos durante o dia. Útil é referir aqui o que Santo Afonso escreveu a seus religiosos numa circular em data de 26 de Fevereiro 1771. «Recomendo-vos de preferência para meditação os meus livros: A Preparação para a morte, as Meditações sobre a Paixão, as Setas de fogo e as Meditações do Advento até a Oitava da Epifania. Digo isto, não para exaltar meus pobres escritos, mas, porque estas meditações estão entremeadas de pios afetos, e cheias, o que mais importa, de santas  súplicas, o que quase não se acha noutros livros. Recomendo,
pois, que se leia sempre, na meditação, a segunda parte que consiste nos afetos e súplicas
«Além da oração, diz Santo Afonso, é utilíssimo fazer também, cada dia, uma Leitura Espiritual por espaço de meia hora, ou ao menos de um quarto de hora, em algum livro que trate da vida dos santos, ou das virtudes cristãs.
Quantos há que foram convertidos e se tornaram grandes santos, por terem lido um livro de piedade! Aí estão S. João Colombini, Santo Inácio de Loyola, e muitos outros.»
[...]


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* indulgência parcial

Trecho do livro: O Sagrado Coração de Jesus segundo Santo Afonso de Ligório ou Meditações para o Mês do Sagrado Coração, A Hora Santa e a Primeira Sexta-Feira do Mês coligidas das Obras do Santo Doutor pelo Pe. Saint-Omer, Redentorista

DIA 19 DE MAIO


MEDITAÇÃO


Serviços prestados a Jesus
Ponto 1. — São José teve uma morte feliz, porque sempre viveu em amizade com Jesus, serviu-lhe sempre, fez sempre a vontade de Deus. Queres morte de São
José? procura agora a amizade de Deus.
Ponto 2. — São José foi constante até a morte nos serviços prestados a Jesus. Para servir a Jesus trabalhou, suou, fugiu, exilou-se... mas apesar das dificuldades, perseverou no serviço de Jesus, e morreu santíssima e felicíssimamente.
Ponto 3. — A morte de São José foi felicíssima, porque Jesus lhe serviu e assistiu nos últimos instantes. Que morte feliz! Jesus está perto de José moribundo, assistindo-lhe e servindo-lhe... Guarda a lei de Deus, teme a Deus e, em tua morte, Deus fará tua vontade.
Fruto. — Meditar com atenção aquelas palavras de Cristo: Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos.
ORAÇAO DE SÃO BERNARDINO
Lembrai-vos de nós, ó bem-aventurado S. José, e ajudai-nos com vossas orações e intercessão junto daquele que quis ser chamado vosso filho. Tornai-nos também propicia a bem-aventurada Virgem vossa esposa, Mãe do Redentor, que vive e reina com o Padre e o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Assim seja.


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Do livro: Devoto Josephino - edição de 1935

DIA 19 DE ABRIL


MEDITAÇÃO


Presença de Jesus

Ponto 1. — São José teve uma morte muito feliz, porque serviu a Jesus. Serviu-lhe sempre sem arredar-se por dificuldades, serviu-lhe nas provas, nas tribulações. Serve a Jesus em vida, si desejas uma boa e santa morte.

Ponto 2. — A morte de São José foi feliz, porque viveu em amizade íntima com Jesus, serviu-lhe sempre, fez sempre a vontade de Deus. Queres a morte feliz de S. José? Procura agora a amizade com Deus e serás perfeito.

Ponto 3. — A morte de São José foi felicíssima, porque nunca se apartou de Jesus por culpa própria. Quando Jesus para prová-lo apartou-se dele, procurou-o nosso Santo com diligência e amor. Não percas a Jesus em vida, e ele estará contigo na morte.

Fruto. — Fazer cada hora um ato da presença de Deus.

ORAÇÃO

Ó amantíssimo Jesus, que com vossas inefáveis virtudes e com os exemplos de vossa vida oculta, consagrastes a família que escolhestes para vossa! Lançai um olhar de clemência sobre os moradores desta casa, que prostrados a vossos pés, vos pedem que lhes sejais propício. Lembrai-vos que sois o dono desta casa, porque a Vós está exclusivamente entregue e consagrada. Guardai-a com benignidade, apartai dela os perigos, socorrei-a nas necessidades, plantai nela as virtudes que floresceram na vossa casa de Nazareth, para que dedicada com fidelidade a vosso serviço e amor na vida, possa cantar no céu eternamente vossos louvores.
Ó Maria, Mãe dulcíssima, recorremos confiados a vosso socorro, na certeza de que vosso Unigênito acolherá nossas suplicas.
E Vós, gloriosíssimo S. José, socorrei-nos com vosso poderoso patrocínio, e depositai nossas orações em mãos de Maria, para que as apresente a Jesus Cristo.
(Trezentos dias de indulgência para os que se consagram à Sagrada Família).

Jesus, Maria e José, iluminai-nos, socorrei-nos. salvai-nos. (200 dias de indulgência diariamente).



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Do livro: Devoto Josephino - edição de 1935

DIA 19 DE MARÇO


Porque foi tão feliz a morte de S. José

Ponto 1 — A morte de São José foi felicíssima, porque foi a morte do justo... Ao justo mandou Deus dizer que se alegrasse porque lhe iria bem na morte, e que nesse momento ha de receber o premio e fruto do que sofreu e praticou em vida. Como foi até agora a tua vida?

Ponto 2 — a morte de São José foi a morte do servo fiel, a quem Nosso Senhor constituiu sobre sua família... Cumpriu ele fielmente seu ministério, foi guarda diligente de Jesus, esposo fidelíssilmo de Maria. Que felicidade escutar na morte aquelas palavras: alegra-te servo fiel, entra no gozo do teu
Senhor. Como serves tu a Deus?...

Ponto 3 — Foi São José administrador da herdade e riqueza que Deus tinha na terra; mas que conta tão boa soube ele dar!... Guardou e defendeu a Jesus, alimentou a Deus! conservou a vida de Deus!... Foi custódio da Virgem Imaculada. Maria... Na hora da morte era justo que Deus lhe pagasse, que lhe pagasse Nossa Senhora... Agora é feliz para sempre! ...
Fruto. — Pergunta-te a miúde: como quereria ter servido a Deus na hora de minha morte?

ORAÇÃO
RESPONSÓRIO DE SÃO JOSÉ

Quem dá saúde e ventura
E feliz morte deseja.
Recorra a José piedoso,
Seu devoto sempre seja.

De Jesus pai adotivo,
Esposo da Virgem bela,
Casto, fiel, justo, santo,
Tudo alcança Dele e Dela.

Quem dá saúde, etc.

De Belém no pobre albergue
Adora o infante divino.
Desterrado o guarda e ampara.
Perdido acha o Menino.


Quem dá saúde, etc.

Com teu trabalho alimenta
Do universo o grande autor:
O Filho do Eterno Padre
Lhe obedece com amor.

Quem dá saúde, etc.

Assistindo-lhe na morte.
Vê Jesus e vê Maria,
Que em brando sono lhe tornam
Mortal extrema agonia.

Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Quem dá saúde, etc.

Antiph. — Eis aqui o servo fiel e prudente, a quem o Senhor deu o governo da família.
V. Rogai por nós, bem-aventurado São José.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

OREMUS


Ó Deus, que por uma inefável providencia vos dignastes escolher o bem-aventurado José para esposo de vossa Mãe Santíssima; concedei-nos, que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor. mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. — Amen.
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Do livro: Devoto Josephino - edição de 1935