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XIII. ALMA DE BONDADE
Era de rochedo, a
Alma gloriosa de Maria. Mas como aquele maravilhoso rochedo do deserto que, ao
contato da vara de Moisés, jorrou água em abundância, para desalterar a
multidão que morria de sede e de cansaço. Do rochedo da alma de Maria, percutido
pela graça, não tem cessado de brotar a água límpida da verdadeira caridade, o
mel da bondade (Ps 80, 17). É esta a única força capaz de fender este rochedo:
a força do amor. E é o seu amor para com os homens que faz promanar da pedra —
como dizia Job — rios de azeite. Foi o Verbo Humanado que tocou neste rochedo
prodigioso, pois — como escreve Cornélio a Lápide — habitando Ele no seio de
Maria, encheu de tal modo a Divina Mãe de bondade, que ela valesse sempre a
todos os que precisassem de seu auxilio. Por isso, ela, que tanto amava a solidão
de sua morada, corre apressada à casa de Isabel e lá fica três meses,
derramando o óleo de sua bondade, nutrindo com o mel de sua doçura.