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Março - Mês de São José - Dia 21



VIGÉSIMO PRIMEIRO DIA

Oremos em união com o nosso anjo da guarda incumbido por Deus de proteger-nos.
São José teve sempre confiança em Deus
Dificilmente faremos uma ideia de diversas crises pelas quais as providências fez passar São José... Repelido em Belém e não encontrando um abrigo para a Virgem Maria, que via fatigada; perseguido por Herodes e vendo, a cada instante, os soldados prestes a imolarem o Menino Jesus, abandonado por todos no exílio, trabalhando para ganhar o pão do dia e sem saber se poderia oferecer à sua família o pão do dia seguinte... Quando se consideram estas situações, vê-se, ao mesmo tempo, o santo varão conservar sempre um sorriso, oh! é impossível deixar de admirá-lo... É que ele contava sempre convosco, ó meu Deus!
Ó São José, ensinai-me a dizer o que repetidamente dizeis àqueles que se admiraram talvez, de vossa tranquilidade: "Faço o que posso, Deus proverá a tudo!"

EXEMPLO

Achava-se, em 1862, no hospital de Croix- Rouge em Lião, um militar reformado, que não só se afastara de toda a prática religiosa, mas era até um ímpio. Nascido na pior época da história da França, não fora educado em bons princípios; e tendo feito, sob o primeiro imperador, a guerra da Espanha, tomara para com seus camaradas nos últimos sacrilégios de que fora teatro esse desditoso país. O infeliz não queria ouvir falar de padres, e tinha horror aos religiosos.
Entretanto, Deus, em sua misericórdia, lhe dera uma filha muito piedosa que se afligia profundamente de ver o pobre pai em tão deploráveis disposições. Todos os dias pedia a Deus a conversão dessa alma que cada vez mais dele se afastava. Não confiando na eficácia de suas orações, conjurava todas as pessoas piedosas do seu conhecimento a se unirem com ela para conseguir este milagre de conversão. Um dia uma fiel serva de São José, a quem ela comunicara a sua mágoa, teve a feliz inspiração de mandar a todas as irmãs que serviam no hospital em que se achava o pobre pecador, um exemplar da devoção aos sete domingos "consagrados a honrar as dores e as alegrias de São José," pedindo-lhes que fizesse este santo exercício na intenção do velho militar. Durante esse tempo, a filha redobrou de fervor junto a Jesus, Maria, José. O pecador obstinado rendeu-se à divina graça: depois de ter vivido quase meio século afastado dos sacramentos, confessou-se com vivos sinais de contrição, e sua filha, coroada em seus mais ardentes desejos teve a dita de acompanhá-lo à santa Mesa na festa das Dores da Santíssima Virgem. Desde essa hora feliz, o velho transformou- se completamente; sua conduta não é mais a mesma, e a boa filha não cessa de bendizer por isso e agradecera São José.
Não cessemos de recomendar à intercessão de São José a conversão dos pecadores e a perseverança dos fiéis.


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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira

Março - Mês de São José - Dia 20


VIGÉSIMO DIA
Oremos por todas as pessoas que nos têm hostilizado e a quem não amamos.
São José sofreu muitas vezes contrariedades e perseguições.
Os homens são sempre os mesmos: em todo o tempo, censuram tudo o que não é o que eles praticam. José, modesto em seu porte, reservado no falar, cheio de ordem em sua vida privada, ouvia, por certo, muitas palavras zombeteiras, acres e más: ele oferecia esses dissabores a Deus e continuava em sua vida regular e pobre. No exílio, tratado como estrangeiro, invejado, talvez, por sua aplicação ao trabalho e pela prosperidade com que Deus o abençoava, teve de experimentar tudo o que a injustiça tem de pungente para um coração reto: pedia a Deus por seus inimigos e prosseguia sua vida laboriosa e exemplar.
Tereis as vossas honras de perseguição; talvez tenhais já sentido quanto é desagradável não ser querido por todos... Meus filhos, como São José, orai, suportai, e que nada vos afaste de vosso dever!

EXEMPLO
Duas senhoras, católicas mãe e filha residentes em Londres, rezavam frequentemente juntas o Rosário com o fim de obterem a conversão do chefe da família, homem ilustrado e honesto, porém indiferente à religião e contrário aos católicos, de quem combatia as crenças, e aos quais chamava idolatras pelo culto que rendiam à SS. Virgem e aos Santos. Em Março de 1862, as enfermidades desse cavalheiro, já octogenário, agravaram-se consideravelmente, fazendo recear morte próxima, sem a mínima esperança de conversão. Os zelosos missionários a serviço da capela católica de bairro não ousavam mais falar-lhe de seu estado, e até diminuíram as visitas, para não o irritarem, porém, aconselharam a sua piedosa filha que recorresse a São José. Imagine-se que geral surpresa, quando pouco depois da meia-noite, ele se pôs a recitar em voz alta a "Ave Maria", tão corretamente como um católico e com uma unção que não se podia esperar de quem estava sofrendo tanto. Repetiu muitas vezes essa oração até cerca de cinco horas da manhã, pediu então com instância um padre católico, e este apressou-se a vir completar o que a Santa Virgem e São José haviam com tanta misericórdia começado. O enfermo fez com a maior calma sua confissão, e às cinco horas da tarde abjurou os seus erros, tudo no próprio dia do Patrocínio de São José.
Roguemos ao Padroeiro da Santa Igreja, por todas as vítimas dos erros e das dúvidas contra a fé.

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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira


Coroinha de São José


Em honra das Sete Dores e dos Sete Gozos de São José.
 
I. Ó Esposo puríssimo de Maria Santíssima, glorioso São José, assim como foi grande a amargura e angústia do vosso coração na perplexidade de abandonardes vossa castíssima Esposa, assim foi inexplicável a vossa alegria, quando pelo Anjo vos foi revelado o soberano mistério da Encarnação.
Por esta vossa dor, e por este vosso gozo, vos rogamos a graça de consolardes, agora e nas extremas dores, a nossa alma com alegria de uma morte, semelhante à vossa, entre Jesus e Maria.
Padre Nosso, Ave Maria, Glória ao Padre.

II. Ó felicíssimo Patriarca, glorioso São José, que fostes escolhido para o cargo de Pai adotivo do Verbo humanado, a dor que sentistes ao ver nascer em tanta pobreza o Deus Menino se vos trocou em celestial júbilo ao escutardes a angélica harmonia e ao verdes a glória daquela brilhantíssima noite.
Por esta vossa dor, e por este vosso gozo, vos suplicamos a graça de nos alcançardes que, depois da jornada desta vida, passemos a ouvir os angélicos louvores e a gozar os resplendores da celeste glória.
Padre Nosso, Ave Maria, Glória ao Padre

III. Ó obedientíssimo executor das divinas leis, glorioso São José, o sangue preciosíssimo, que na circuncisão derramou o Redentor Menino, vos traspassou o coração, mas o nome de Jesus vo-lo reanimou, enchendo-o de contentamento.
Por esta vossa dor, e por este vosso gozo, alcançai-nos que, sendo arrancados de nós todos os vícios nesta vida, com o nome de Jesus no coração e na boca, expiremos cheios de júbilo.
Padre Nosso, Ave Maria, Glória ao Padre

IV. Ó fidelíssimo Santo, que também tivestes parte nos mistérios da nossa Redenção glorioso São José, se a profecia de Simeão, a respeito do que Jesus e Maria tinham de padecer vos causou mortal angústia, também vos encheu de soberano gozo pela salvação e gloriosa ressurreição que igualmente predisse, teria de resultar para inumeráveis almas.
Por esta vossa dor e, por este vosso gozo, obtendo-nos que sejamos do número daqueles que pelos méritos de Jesus e pela intercessão da Virgem sua Mãe têm de ressuscitar gloriosamente.
Padre Nosso, Ave Maria, Glória ao Padre.

 V. Ó vigilantíssimo Guarda, íntimo familiar do Filho de Deus Encarnado, glorioso São José, quanto penastes para alimentar e servir o Filho do Altíssimo, particularmente na fugida que com ele houvestes de fazer para o Egito; mas qual foi também o vosso gozo por terdes sempre convosco o mesmo Deus, e por vedes cair por terra os ídolos egípcios! Por esta vossa dor, e por este vosso gozo, alcançai-nos que, expelindo para longe de nós o infernal tirano, especialmente com a fugida das ocasiões perigosas, sejam derribados do nosso coração todos os ídolos de afetos terrenos, e, inteiramente empregados no serviço de Jesus e de Maria, para eles somente vivamos e felizmente morramos.
Padre Nosso, Ave Maria, Glória ao Padre.

VI. Ó Anjo da terra, glorioso São José, que cheio de pasmo, vistes o Rei do Céu submisso a vossos mandados, se a vossa consolação ao reconduzi-lo do Egito, foi turbada pelo temor de Arquelau, contudo sossegado pelo Anjo, conservastes-vos alegre em Nazaré, com Jesus e Maria.
Por esta vossa dor, e por este vosso gozo, alcançai-nos que, desocupado o nosso coração de viciosos temores, gozemos paz de consciência vivamos seguros com Jesus e Maria e também entre Eles morramos.
Padre Nosso, Ave Maria, Glória ao Padre.

VII. Ó Exemplar de toda a santidade, glorioso são José, perdestes vós, sem culpa vossa, o Menino Jesus, e para maior angústia houvestes de buscá-lo por três dias, até que com sumo júbilo gozastes do que era vossa vida, achando-o no templo entre os doutores.
Por esta vossa dor, e por este vosso gozo, vos suplicamos, com coração nos lábios, que interponhais o vosso valimento, para que nunca nos suceda perdermos a Jesus por culpa grave; mas se por desgraça o perdermos, com tão contínua dor o procuremos, que o achamos favorável, especialmente em nossa morte, para passarmos a gozá-lo no céu, e lá cantarmos convosco, eternamente, suas divinas misericórdias.
Padre Nosso, Ave Maria, Glória ao Padre.

Antífona. O mesmo Jesus tendo quase trinta anos era reputado por Filho de José.
V. Rogai por nós bem aventurado São José.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

ORAÇÃO
Deus, que por vossa inefável Providência vos dignastes eleger o bem aventurado São José para Esposo de vossa Mãe Santíssima concedei-nos, nós vos pedimos, que mereçamos ter como intercessor no céu aquele a quem veneramos na terra como nosso Protetor. Vós que viveis e reinais com Deus Padre na unidade do Espírito Santo.
Amém.

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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira


Março - Mês de São José - Dia 19



DÉCIMO NONO DIA

Oremos em união com Jesus, Maria, José orando em Nazaré.
São José foi sempre inocente.
Foi purificado antes do seu nascimento*, e Deus, que o destinara para companheiro da Virgem Maria, inspirou-Lhe o mais escrupuloso cuidado da pureza de sua alma. Ele amou o retiro e a oração: passou uma vida laboriosa e assaltada de apreensões: submeteu-se inteiramente à vontade de outros, e quase nunca separou-se de Jesus e de Maria.
Estes meios estão ao meu alcance... Eu vos confio minha inocência, ó São José! rodeia-a do retiro, da oração, do trabalho, da obediência; e neste pequeno santuário que lhe tiverdes construído, onde não penetrarão as alegrias nem os prazeres do mundo, fazei uma habitação para Jesus e para Maria. Eu vo-lo peço por vossa festa, em recompensa da minha comunhão e meu favor de hoje. Recitarei devotamente uma oração a São José.

EXEMPLO

 Um missionário marista deu à publicidade, nas colunas do "Propagador da devoção de São José", a seguinte narrativa que lhe foi feita pela superiora das irmãzinhas dos Pobres: "O estabelecimento fundado por essa congregação em Roanne devia dois mil francos de reparos indispensáveis feitos na casa e na capela. Aproximava-se a época do pagamento, e a Irmã ecônoma não tinha nada em caixa; vivia-se, como de costume, possuindo cada manhã só o preciso para aquele dia, e confiando sempre na Providência que abre a cada instante as mãos benfazejas para acudir às criaturas. Fazia pouco tempo que se havia recorrido aos da Obra dos Velhos. Para onde recorrer agora? Não é muito difícil encontrar todos os dias algumas migalhas para dar de comer aos pobres; porém outra coisa é, em tempos tão críticos, obter por esmola dois mil francos.
"Só São José nos livrará do embaraço", dizem entre si as Irmãs, "vamos imediatamente fazer-lhe uma novena para implorar o seu socorro ". E depõem uma petição aos pés da veneranda imagem do Chefe da Sagrada Família. Não era ainda terminada a novena, quando veio alguém dizer à Irmã Superiora que uma senhora que estava de passagem em Roanne, e que caíra enferma no hotel, lhe desejava falar. A irmã não se demora em acudir e encontra uma senhora presa ao leito por moléstia." Minha Irmã," lhe disse ela, " mandei pedir-lhe que viesse cá, para lhe perguntar se recebeis qualquer esmola que vos deem?" -" Como não receber, e até com reconhecimento? Esse é o nosso único recurso! Então a senhora tirou de sob o travesseiro uma bolsa e entregou à Irmã, recomendando-se muito a suas orações. A superiora aceitou com reconhecimento a oferta, e foi grande sua comoção, quando, chegando à casa, ao contar o dinheiro que a Providência lhe enviara, achou exatamente os dois mil francos de que precisaria no dia seguinte.
Nas maiores dificuldades da vida, coragem e recurso ao valimento do glorioso São José!
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* Não é isto uma doutrina da Igreja, mas apenas crença pia, aceita e propugnada por S. Crisóstomo, Teófilo, Gérson, P. Câncio e outros teólogos que o Dr. Pedro Morais cita em seu comentário sobre o primeiro capítulo do Evangelho de S. Mateus, 1º. tomo, pags. 214 a 219. Nota do Tradutor.

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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira


Março - Mês de São José - Dia 18




DÉCIMO OITAVO DIA

Oremos pelas pessoas que são muito susceptíveis
São José era paciente
Paciente em sua pobreza habitual que lhe havia de ser penosa, porque o impedia de prestar a Jesus o conforto que seu coração desejava proporcionar-lhe... Não se lastimava disso. Paciente em seu trabalho de todos os dias que para ele, como para todos, devia ter suas horas de monotonia, de fadiga e de fastídio: nunca o deixava.
Duas lições importantes: contra os acidentes ou males de nossa condição, sejamos pacientes para minorá-los; contra o tédio de nosso trabalho, revistamo-nos de mais firmeza, de mais constância: Deus contará os nossos esforços... Farei hoje um ato de abandono à Providência.

EXEMPLO

Um padre da Companhia de Jesus, em Outubro de 1867, publicou o seguinte: "Estando iminente a invasão dos garibaldinos, seis dos nossos religiosos conduziram os colegiais de Tívoli para Roma, e onze ficaram em Tívoli onde se acharam durante oito dias com os garibaldinos. Fizeram o voto de celebrar o Tríduo solene em honra de São José, se nada sofressem. O inimigo ocupou todas as casas religiosas, menos a nossa. Os garibaldinos dormiam então em cima de palha, acontecendo que as nossas "classes" estavam cheia de bons leitos dos zuavos pontifícios que tínhamos alojado um pouco antes. Não nos impuseram contribuição, fizeram-nos uma só visita, e até um deles, entrando em nossa igreja, ofereceu ao Padre Reitor um livro apanhado na biblioteca do Seminário. Só na manhã última é que nos fizeram uma requisição de quatro barris de vinho, que foram postos à sua disposição mas, à notícia de primeira derrota de Mentona, se retiraram, deixando os barris ainda intactos. O Padre veio com uma deputação de três alunos juntar-se a nós para o encerramento do tríduo solene celebrado em honra de São José. A notícia de nossa preservação causou admiração geral em Roma, e o Santo Padre se dignou conceder, por um breve em pergaminho, uma indulgência plenária para o nosso Tríduo "ad perpetuam rei memoriam."
Seja o Santo Patriarca o defensor de nossas pessoas e de nossos bens contra todas as conspirações e ataques dos injustos e dos maus.


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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira

Março - Mês de São José - Dia 17




DÉCIMO SÉTIMO DIA


 Oremos por todas as pessoas que se ocupam da salvação das almas.
São José era cheio de zelo pela glória de Deus
Não conhecemos pormenores sobre o apostolado de São José, mas pode-se afirmar que não deixava passar ocasião de falar de Jesus. Há quem se esqueça um instante daqueles a quem ama? "Sua estada no Egito", diz um autor, "foi ocasião de numerosas conversões." "o verdadeiro Deus não é conhecido!" dizia a Virgem Maria, e ei-los um e outro, primeiro a orarem com fervor depois, atraindo todos a si com delicadeza e afabilidade, e logo explicando os mistérios da fé, indiferentes às repulsas e aos desprezos que algumas vezes sofriam!
Exemplo para nós! Custa pouco dizer uma boa palavra, um conceito piedoso... Talvez que a alma, sobre 9 qual cairá essa palavra só esperasse este impulso para se render a Deus. Oh! digamos todos os dias alguma coisa do nosso bom Deus.

EXEMPLO

Durante o verão do ano de 1862, uma enfermidade epidêmica assolou a cidade de Chambery, fazendo inúmeras vítimas. Temeroso do flagelo que ameaçava-lhes as ovelhas, o zeloso pastor da paróquia de São Pedro convoca os fiéis à Igreja e exorta-os vivamente a se colocarem, naquelas graves circunstâncias, debaixo da proteção da Virgem Maria e de São José. Em sete domingos consecutivos fizeram-se piedosos exercícios em honra da Mãe de Deus e de seu puríssimo Esposo, acudindo a multidão compacta: e o Senhor atendeu visivelmente àquela poderosa meditação. Durou o flagelo cerca de três meses, mas, (coisa inaudita!) nessa freguesia, cuja, população era já superior a três mil almas, não houve nesse período "uma só morte" ao passo que os sinos das outras igrejas dobravam frequentemente a finados, os de São Pedro só tiveram ocasião de se fazer ouvir em sons festivos anunciando os ofícios religiosos ou os casamentos e batizados. Com isso ainda mais se propagou entre esse bom povo a devoção a São José e, em quaisquer perigos, todos o procuraram com ilimitada confiança.
Nos dias das calamidades públicas, invoquemos, de modo particular, o patrocínio de São José.

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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira

Março - Mês de São José - Dia 16





DÉCIMO SEXTO DIA
 Oremos na intenção de reprimir todos os sinais de mau humor que nos escapam.
São José tinha habitualmente o sorriso nos lábios. Só a perda de Jesus podia afligi-lo porque a presença do Filho de Deus era para ele um manancial inexaurível de felicidade. Representai José voltando à tarde de um trabalho realizado longe da família. O sorriso não o deixou: leva consigo a imagem de Jesus; mas ao regresso que delícia! Maria esperava-o com essa ansiedade serena e jubilosa de um coração que ama sempre com um amor novo, Jesus o esperava e corre-lhe ao encontro, estende-lhe os bracinhos, o seu Pai suspende-o com ternura, beija-o com respeito e chora de alegria. Eram, cada dia, novos e inefáveis gozos. José experimentou-os todos os dias de sua vida: as angústias do Calvário foram reservadas à Virgem Maria.
Ó Jesus, também eu devo estar sempre contente porque posso, como São José, possuir- vos pela comunhão todos os dias da vida.

EXEMPLO
No ano de 1657, na cidade de Anvers, uma religiosa agostiniana, de nome Isabel, afetada da cruel enfermidade da pedra, padecia dores atrozes que chegavam a fazê-las perder os sentidos. Tanto se lhe agravou o estado, que os médicos perderam a esperança de curá-la. Desenganada dos socorros humanos, a boa religiosa, a exemplo de Santa
Teresa, recorreu a São José e, fazendo benzer um cordão em honra desse Santo, o pôs sobre os rins, atando-o à cintura. Não foi vã a sua confiança: o mal desapareceu para sempre. Os Bolandistas em sua obra monumental sobre os "Fatos dos Santos" consignam este milagre e o dão como autêntico. A notícia do prodigioso fato propagou-se em muitos países, e a feliz inspiração de Anvers foi seguida com êxito igual por muitos devotos. Essa é a origem do cíngulo de São José, distribuído pelas mais antigas confrarias do Santo Patriarca, e enriquecido pela Igreja muitas indulgências.


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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira

Março - Mês de São José - Dia 15


DÉCIMO QUINTO DIA

Oremos para que o bom Deus nos proporcione hoje a ocasião de dedicarmo-nos por alguém.
São José era dedicado
A dedicação é o dom de si mesmo. Desde o momento em que se uniu a Maria, José não se pertenceu mais. É todo de Jesus, todo de Maria! Se é preciso acompanhar Maria à casa de Isabel, se é preciso conduzi-La a Belém, José está pronto. Ordenam-lhe a fuga para o Egito: não hesita um instante. Há de modificar todos os seus planos de conduta, voltar para Nazaré, quando sua intenção era continuar em Jerusalém; sempre a mesma dedicação:
Sede o meu modelo, ó São José! Que eu seja tudo, primeiro, de nosso bom Deus e, depois, do meu dever, da abstinência e da caridade. Que eu nunca me faça rogar para prestar um serviço.

EXEMPLO

Um dos mais hábeis pintores da escola francesa estava em Roma, e havia sido encarregado de fazer um grande quadro representando a proclamação do dogma da Imaculada Conceição. Traçado que foi o esboço do importante quadro, dirigiu-se ao Vaticano a ouvir a opinião de Pio IX. Com todo o talento e boa vontade, o notável artista procurara agrupar em redor do trono do Eterno as Miríades de Anjos e Santos que compõem a Corte Celeste: esmerara-se em sua obra, mas, ainda assim, receoso, apresentou o desenho ao Papa. Este logo ao primeiro exame, lhe diz: - "E São José, onde está Ele? ... O artista, mostrando um grupo meio sumido nas nuvens da glória responde: - "Colocá-lo-ei ali!" "Não", volvei-lhe Pio IX e apontando um lugar ao lado de Jesus Cristo, diz: "É aí e só aí que haveis de colocar No céu não é outro o seu lugar, é esse". Por este simples fato avalia-se a viva devoção de Pontífice ao Patriarca e o fervor e confiança com que, a 8 de dezembro de 1870, o proclamou Padroeiro da Igreja universal.
Seguindo a pia indicação do imortal Pio IX, honremos e procuremos São José como o Santo mais vizinho do Filho de Deus na glória celeste.


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Março - Mês de São José - Dia 14



DÉCIMO QUARTO DIA
Oremos pelas pessoas demasiado delicadas que nada querem suportar.
São José foi provado pelos sofrimentos Jesus não poupou as dores à sua divina Mãe; não devia poupá-las àquele que chamava seu pai neste mundo... A dor purifica os culpados e santifica os justos. Meditemos sobre a mais cruciante de todas: a perda de Jesus ... Perder Jesus, com este pensamento: Estará, talvez, a esta hora entre as mãos dos que lhe vão dar a morte! e não o verei mais...E com estrouto ainda mais terrível! Eu o perdi, talvez por minha culpa! Oh! quem dirá o que tais pensamentos despertem de angústias num coração terno, amante e dedicado!... Juntai à dor pessoal de José a impressão que lhe causam os terrores, as lágrimas, as apreensões de Maria angustiada. Pobre Pai! chora também ele e dizia a Deus: "Meu Deus! restituí a Maria o seu Jesus, e tomai a minha vida!" Contai com o sofrimento... Mas pedi a São José a graça de não ter que sofrer a perda de Jesus.

EXEMPLO

Ana Maria Bufet, a piedosa fundadora da peregrinação de São José da Boa Esperança, vivia numa gruta do rochedo d'Espaly, ocupando-se na instrução religiosa das crianças e na assistência aos enfermos, às horas que lhe ficavam da oração. Esclarecida por uma fé viva, aquilatava o poder e os privilégios de São José e pressentia o que a devoção viria a ser numa época de tantos perigos para a família e para a sociedade. O fervor com que se rezava naquele santuário improvisado, alcançou da Providência Divina tantas graças extraordinárias que para ali se estabeleceu uma corrente constante de peregrinações. Ana Maria teve ainda outras recompensas: viu juntar-se ao altar do rochedo d'Espaly um belo templo ereto a São José e a peregrinação à gruta foi enriquecida por Leão XIII com insignes favores, entre os quais uma indulgência plenária em todas as festas do Santo Patriarca. Radiante de contentamento, a santa velhinha dizia repetidas vezes depois disso: "Não tardo muito a ir ver São José." E depois de alguns meses de sofrimentos suportados com uma resignação exemplar, os 82 anos de idade, morreu no ósculo do Senhor, invocando com alegria o nome do Santo de sua particular devoção.
Imploremos a bênção e a proteção de São José em favor de todas as devoções e obras pias, por mais humildes que lhes seja a origem.



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Março - Mês de São José - Dia 13


DÉCIMO TERCEIRO DIA

Oremos para que o nosso bom Deus nos inspire desejo de propagar cada vez mais a devoção a Santíssima Virgem. São José tinha uma afeição terna por Maria
Amava-a por suas virtudes. "Maria", diz um autor pio, "até nas mínimas coisas desvelava-se com São José: informava-se de seus gostos, de suas necessidades, de seu trabalho; velava em que nada lhe faltasse, estava sempre disposta a lhe fazer a vontade". O coração de São José compreendia estas delicadezas e procurava provar-lhe o reconhecimento. Ele amava a Maria, principalmente porque era Mãe de Jesus! Não tenho também eu as mesmas razões, para amara Virgem Mãe...? Ah! se eu procurasse examinar o que Maria faz por mim, não a encontraria sempre solicita comigo e a me dispensar cuidados. Não é Ela quem me dá Jesus? Eu também vos amo, ó Maria, sim, eu Vos amo!

EXEMPLO

O Padre Huguet, religioso marista, foi na segunda metade do século passado o mais ardente pregador da devoção a São José. Não há muitas pessoas piedosas que desconhecem as inúmeras publicações que fez sobre o culto ao Santo Patriarca. O Padre Ramiére, fundador do "Apostolado da Oração", escreveu-lhe um dia o seguinte: Se a imprensa é um campo de batalha, se cada bom livro que encontra aceitação é uma vitória ganha para causa de Deus, se cada exemplar espalhado na sociedade é um soldado que continua durante anos a combater o erro e o vício: eu não sei se haverá na França um Marechal que comande um exército tão numeroso quanto o vosso, e que em sua fé de ofício conte tantas campanhas felizes. " Os dois ilustres religiosos morreram quase ao mesmo tempo em 1884 e um dos companheiros do Padre Huguet, relatando ao "Mensageiro do Coração de Jesus" a morte do santo sacerdote, o fez assim: "Como o intrépido apóstolo do Sagrado Coração, o zeloso propagador do culto de São José, morreu com as armas na mão! Desde certo tempo o Revmo. Padre Huguet falava muitas vezes da morte, mas exteriormente nada fazia prever um fim tão próximo. A 19 de fevereiro caiu de cama e, a 21, às 7 horas da manhã, depois de curta e suave agonia, entregou a alma a Deus. Na véspera, tinha recebido o Santo Viático e a Extrema-Unção com sentimentos de resignação e piedade que edificaram todos os assistentes. Depois chamou-me para junto de si e ditou-me estas palavras: " Tendo tido hoje a felicidade de receber todos os sacramentos, pedi a Deus pela Sagrada Família a graça de acabar bem a minha vida conforme sua divina vontade. Ah! como nestes momentos solenes se aprecia o favor de ser religioso... filho de Maria... devoto de São José!...
Invoquemos particularmente a São José em favor de todos os pregadores do seu culto.

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Março - Mês de São José - Dia 12


DUODÉCIMO DIA
Oremos para que as pessoas que temos distinguido com a nossa amizade sejam ou se tornem bem piedosas. São José tinha uma ternura toda particular por Jesus.
É que conhecia quem era esse Menino muito amado Jesus parecia pequeno, fraco e ocultava, sob tais aparências, sua força, seu poder, sua majestade! Quanto mais José o contemplava e estudava, mais sentia-se transportado de admiração diante de tanta bondade para com os homens. Havia horas em que o santo Patriarca se teria prostrado aos pés da celeste criança chamando-a seu Deus! outras em que ficava como aniquilado, sem poder proferir uma palavra; era quando Jesus dizia: Meu Pai!
Modelo de minhas comunhões, ó São José, comunicai-me Vosso respeito, Vosso amor, tão terno e tão ardente por Jesus. . . Eu tenho o mesmo Deus que vós!

EXEMPLO

A Sra. de La Peltrie, cujo nome figura brilhantemente nos fatos da caridade católica, tendo lido a relação de uma importante missão que os Padres Jesuítas haviam dado entre os selvagens do Canadá, sentiu vivos desejos de concorrer também para a salvação daqueles pobres infiéis. Quando pensava nos meios de realizar sua intenção, foi atacada de uma grave moléstia, que os médicos não conheceram e da qual a desenganaram. Nesse perigo, recorreu a São José e fez voto de, se recobrasse a saúde, fundar e dotar, à sua custa, uma casa de educação cristã para as meninas daquela região em que principiava a ser pregado o Evangelho. Quase instantaneamente o mal desapareceu, pelo que, perguntando o médico surpreendido o que é que acontecera, a piedosa senhora respondeu-lhe espirituosamente: "Doutor, as minhas dores partiram para o Canadá." Fiel a seu voto, acompanhando as ursulinas que em 1639 embarcaram para Quebec, mandou ali edificar um mosteiro em que se recebessem as jovens canadenses, e veio a ser sua primeira superiora. Teve depois uma visão em que lhe foi anunciado que São José seria o protetor especial da Nova-França, o que mais tarde se realizou por aclamação pública, verificando-se ainda hoje que não há nenhum país católico em que se celebre com maior solenidade que ali a festa do Santo Patriarca.
Roguemos a São José pela prosperidade e santificação dos povos, entre os quais está mais propagado o seu culto. 


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Março - Mês de São José - Dia 11



UNDÉCIMO DIA

Oremos a fim de que o bom Deus nos perdoe todo o mal que havemos causado com as nossas murmurações.
São José era todo caridade em suas palavras
Ainda nisto, que cenas edificantes em cada uma das conversações que, nas horas de repouso, entretinha a Sagrada Família! Falava-se a respeito do próximo sim, porém, com que bondade José sabia de um fato doloroso, talvez humilhante. Como se escusava o culpado, como se reduzia sua falta a um momento de fraqueza, como se buscavam todos os meios de fazê-la esquecer, como sempre se orava pelo pobre transviado! Alguns doutores atribuem a São José o pio costume de coligir a notícia de todas as ações dignas de louvor e de procurar, relatando-as, estender o bom conceito dos que as praticavam.
Não posso eu fazer o mesmo todos os dias? Ó São José, ajudai-me a curar meu espírito de sua tendência para criticar, para suspeitar, para pensar mal. Ajudai-me a encontrar sempre razões para desculpar, e a ter satisfação em relatar o bem que fazem aqueles que me cercam.

EXEMPLO

 O Padre Luiz Lallemand, que foi considerado, na Companhia de Jesus, como a cópia fiel do espírito de Santo Inácio, escolheu a São José para seu guia, e honrava-o diariamente com quatro exercícios devotos, dois durante a manhã e dois à tarde. O primeiro deles era uma elevação mental ao coração de São José, para meditar na fidelidade com que ele correspondeu à graça; ato acompanhado do exame da própria consciência, e ver se fora fiel a Deus. No segundo, considerava como São José conciliava a prática do recolhimento e da vida interior com suas ocupações exteriores; e entrava em si a examinar em que, por esse lado, se afastara de tão Santo modelo. À tarde, contemplava primeiro São José como Esposo da Santíssima Virgem, e excitava-se a amá-lo por amor de sua Esposa Imaculada; e, por último, ponderava as adorações e preitos de amor e de reconhecimento que São José rendia ao Menino Jesus, e pedia a graça de imitá-Lo. Nutrindo assim a sua fervorosa devoção, o Padre Lallemand chegou a adquirir e inspirar aos outros uma confiança ilimitada em São José.
Peçamos a São José a graça de praticar a sua devoção com pia confiança de ser sempre atendidos.

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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira

Março - Mês de São José - Dia 10



DÉCIMO DIA
Oremos pelas pessoas que gostam de ser vistas e de se mostrar ao mundo.
São José levava uma vida oculta
Todos os Santos mais ou menos têm amado a obscuridade. Que importavam a São José as honras públicas? O sorriso de aprovação de Jesus o contentava. Que lhe importavam as vistas e as conversações dos estranhos? A dulcíssima palavra de Jesus lhe bastava. Para que procuraria eu ser aplaudido em tudo o que faço? Porque me inquietar de não receber um louvor, que julgo merecido? Ó Jesus, concedei-me a graça de procurar agradar no pequeno trabalho que me é traçado, e de só aspirar à aprovação de minha consciência!

EXEMPLO

Soror Maria de São José chamava-se a religiosa carmelita que acompanhou Santa Teresa em quase todas as suas viagens. Dedicada a São José como todas as religiosas de sua Ordem, ela o tomou por seu Santo Padroeiro no dia em que professou, e a Providência quis que residisse habitualmente no primeiro mosteiro fundado em Ávila sob o nome de São José.
A piedosa carmelita procurava em tudo imitar as virtudes do Santo Patriarca, e Deus a submeteu a dolorosas provações, semelhantes às que sofreu na terra o benditíssimo Pai adotivo de Jesus. Os seus últimos quatro dias de sua vida passaram-se numa terrível agonia, sem o uso dos sentidos, e portanto sem a consolação exterior dos socorros espirituais; porém Soror Maria de São José, tolhida de dar qualquer sinal sensível, fazia, como o seu santo Padroeiro, atos internos de abandono à vontade divina, e expirou ditosamente num desses atos.
Sejamos devotos e zelosos e constantes na terra e partilharemos da glória de São José lá no céu.



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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira