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Capítulo XVIII - Recordações

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XVIII
Recordações
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SE não tivesse mil razões para fazer companhia a Jesus, bastar-me-ia só esta — a das recordações que me desperta o lugar em que Ele está.

Capítulo XVII - Tenho medo

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XVII
Tenho medo
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TENHO visto mais de um a morrer... Às vezes encontram-se motivos de consolação; mas quantas vezes o nosso espírito fica aterrado! Ao ver a resignação, que em muitos acompanha os espasmos da agonia, o coração enternece-se e sente-se inveja daqueles moribundos; ao assistir aos últimos arrancos da morte, sente-se o peito oprimido de terror. Como suportar sem um lamento e uma impaciência os tormentos da última hora?

Capítulo XVI - O Coração de Jesus

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XVI
O Coração de Jesus
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TODAS as almas cristãs o conhecem... Ao menos de nome; mas quantas o conhecem como ele é em si mesmo? Se fosse bem conhecido, seria mais vivo e potente, e desapareceriam de vez certos receios que, de cristãos, só têm uma leve aparência.
Jesus, ao apresentá-lo à Beata Margarida, disse estas palavras: — «eis o Coração que tanto amou os homens.» — Palavras que deviam ser recordadas por todos, quando se lê o Evangelho, quando se meditam os novíssimos, quando se teme a justiça divina, sempre e em toda a parte.

Capítulo XV - Alma distraída

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XV
Alma distraída
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QUANDO oro, desejaria estar toda recolhida em Jesus, como que encarcerada no Tabernáculo e encadeada à píxide... Mas, ao contrário, sou flagelada pelas distrações contínuas, e não consigo estar atenta um minuto sequer.
Como seria belo ter a mente toda ocupada em Jesus, a imaginação toda impregnada de Jesus, o coração todo palpitante por Jesus, a alma toda absorvida em Jesus! Seria belo, mas essa beleza não é para mim.

Capítulo XIV - Fala, ó Jesus

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XIV
Fala, ó Jesus

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tanto tempo que não me dizes nada! Na comunhão emudeces, calas-te na visita, e o mesmo fazes durante a Missa... Porque me tratas assim? Bem sei que eu só mereço castigos, por ser muito má; mas afinal, uma pequena palavra jamais a negaste, mesmo aos teus inimigos; falaste até aos endemoninhados... E a mim porque não me dizes nada?

Capítulo XIII - A hora avizinha-se

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XIII
A hora avizinha-se 
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O tempo que passo vizinho a Jesus voa rápido como qualquer outro; à medida que eu oro, avanço para a morte. A morte! Quem sabe quando soará a hora tremenda! Sabe-o Jesus, mas não mo diz. Tantas outras coisas me revela claramente ao coração, mas esta não... Devo, portanto, caminhar às cegas, sempre preparada para baixar à sepultura. Paciência! Também eu irei para debaixo da terra; mas, antes disso, quero pensar um pouco, prever o meu caso.

Capítulo XII - O meu posto

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XII
O meu posto
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SOU peregrina do Céu. Sobre a terra estou só de passagem... Mas o meu posto, o lugar onde estou melhor e onde estou certa de não errar o caminho, é nas vizinhanças do Tabernáculo.
Com Jesus vizinho, a via do exílio já não é tão longa, a do Céu é mais segura, e a do inferno desaparece... Ah! Como se está bem aqui! Afinal Jesus está na Hóstia para mim, eu fui criada para Ele... Portanto, é natural que vivamos sempre perto um do outro.

Capítulo XI - Não ouso

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XI
Não ouso
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QUISERA dizer tantas coisas a Jesus: sobretudo quisera dizer-lhe que o amo... Mas não ouso. Parece-me que, se lho dissesse, sairia do Tabernáculo uma voz indignada a dizer-me que minto. E, contudo, sinto que, com Jesus, não sei usar de ficções.
Esforço-me por dizer-lhe que o amo, mas penso logo que, aquela migalha de amor, que sinto no coração, poderei oferecê-la às criaturas, às quais se contentam com pouco; dá-la, porém, a Jesus... Parece-me que é fazer-lhe um ultraje.

Capítulo X - Semelhanças

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X
Semelhanças 
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EM certas horas encontro-me tão triste, que até a própria vida me pesa. Mas, refletindo um pouco, vejo que é tudo questão do amor próprio ofendido, ou d'alguma paixão contrariada.
Disseram-me alguma palavra humilhante, mimosearam-me com exprobrações injustas ou palavras injuriosas, fui malsinada por aqueles mesmos cuja estima me é tão cara e preciosa... E por tudo isto me deixo dominar da melancolia? Que cabeça pequenina não é a minha! Não foi Jesus tratado pior do que eu? Não lhe chegaram a dizer que era dado ao vinho, que era um furibundo, um possesso do demônio? Portanto, porque hei de entristecer-me? Reparando bem, toda esta aparente desonra que me aflige, não representa senão um traço de semelhança entre mim e Jesus... E será isto um mal?

Capítulo IX - Aquele dia

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IX
Aquele dia
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RECORDÁ-lo-ei sempre: enquanto sobre a terra houver um Tabernáculo, hei de levar-lhe sempre a homenagem da minha gratidão para com Jesus.
Que alvor de graça não foi aquele! Jesus olhava-me enquanto eu dirigia os meus passos não sei para onde... Invocava o lume do Céu, e o Céu estava escuro como uma noite de tempestade; volvia-me para a terra, e a terra estava envolta em trevas densas, impenetráveis... Devia decidir-me... Resolver sobre o meu futuro... E estava só... Desamparada...

Capítulo VIII - Que mal há nisso?

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VIII
Que mal há nisso?
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SE uma alma prova alguma ternura na oração, se chora de suavidade diante do Santíssimo Sacramento, se experimenta doçuras sensíveis em muitos atos de piedade, e se até deseja estas coisas... que mal há nisso?

Capítulo VII - Como chamar-Lhe?

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VII
Como chamar-Lhe?
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NÃO sei, realmente, que nome deva dar às minhas comunhões, principalmente em certas manhãs.
Chamo-lhe comunhão, só para dar-lhe um nome menos impróprio: mas a minha comunhão não é certamente aquela que fazia dizer a São Paulo: Vivo eu, já não eu, mas vive Cristo em mim. Ah! Como eu estou longe das comunhões do grande Apóstolo!

Capítulo VI - Adeus, Jesus

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VI
Adeus, Jesus
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CAIU a noite sobre a terra e vai também caindo sobre a minha alma. Em breve ficarei sepultada num sono profundo... Não pensarei em ninguém e ninguém pensará em mim... Ninguém? Mas que fará Jesus no Tabernáculo? Para quem estará Ele ali? Ele que nunca dorme, que sempre ama, não pensará em mim?

Capítulo V - O Crucifixo

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V
O Crucifixo
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PONHO nele muitas vezes os meus olhos; beijo-o, de manhã, apenas desperto; beijo-o à noite antes de adormecer, e durante o dia... quantas vezes... mas Jesus não está todo aqui. Aqui está a figura, um pouco mais longe a realidade; aqui Jesus sem palavra, além com as suas palavras de vida eterna; aqui vejo-O morto, acolá encontro-O vivo; aqui o Calvário, além o Cenáculo.

Capítulo IV - Contradições

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IV
Contradições
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 DIGO muitas vezes que quero amar a Jesus, e realmente quero amá-lo; sei que o amor conduz necessariamente à imitação, e que não pode amar-se a Jesus sem imitá-lo; mas, se se trata de eu sofrer um pouco por seu amor tornando-me deste modo semelhante a Ele, logo a coragem me falta e o desânimo se apodera de mim.

Capítulo III - Ao Anoitecer

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III
Ao anoitecer
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MUITAS vezes eu procuro alguma coisa que possa oferecer a Jesus e lhe dê consolação, mas apesar da minha boa vontade quase nada encontro; é por isso que, chegando à noitinha, me dirijo a Ele para obsequiá-lo com algum presentinho, mas vejo-me com as mãos cheias de... Pobreza.

Capítulo II - O Dileto

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II
O Dileto
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QUEM O chamou assim não foi um simples mortal, mas o próprio eterno Deus, quando Jesus se humilhava sobre as margens do Jordão e se transfigurava nos cimos do Tabor. E eu ouço ainda agora essa voz divina, que me diz: Este é o meu Filho dileto em quem pus todas as minhas complacências. Como, pois, deve ser belo Jesus! Que beleza na sua inteligência! Que beleza na sua vontade! Que beleza mesmo no seu corpo!... E eu vou procurando belezas terrenas... E deixo-me distrair e enganar... Mas se tenho aqui no Tabernáculo Aquele que eu procuro, Aquele que pode saciar a minha fome de beleza, Aquele que me pode contentar... Porque ando divagando pelas criaturas? Às vezes julgo ser ainda alguma coisa sobre a terra, mas agora vejo realmente que sou uma louca.

Capítulo I - Horas Lânguidas

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Tradução do italiano
pelo
Rev. Dr. Antônio José Gomes
Missionário da diocese de Macau na China

Com aprovação e recomendação de Suas Ex.as Rev.mas os Senhores Arcebispo Primás, Bispo do Porto, Bispo de Macau e Vigário Apostólico de Hong-Kong
__________

 5.a SÉRIE
__________
 BRAGA
Livraria Cruz — Editora
Rua Nova de Sousa

1924

~ * ~

PREFÁCIO
da 2.ª edição italiana

O livro "A Alma Gloriosa de Maria" para Download

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XXXI. ALMA BEM AVENTURADA! ALMA GLORIOSA
Ao terminar, enlevados, as páginas deste livrinho singelo, mas que tanta coisa nos diz da alma de nossa Senhora e Mãe, uma exclamação, espontaneamente, brota de nossos lábios comovidos: Oh! A alma de Maria! Que alma feliz! Que alma Bem Aventurada!...  E caindo em meditação e recordando, mais uma vez, o que lemos... repetimos, cônscios da verdade que dizemos: Oh! Sim, realmente, que alma Bem Aventurada! — E então, nos lembramos de que a própria Virgem Maria jà o profetizara no seu admirável cântico: “Eis que me chamarão Bem Aventurada todas as nações”. 

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XXX. ALMA QUE SE PRENDE E VOA
Maria teve alma de peregrina, alma, portanto, desprendida, inteiramente, das coisas da terra. Mas à medida que se ia aproximando de seu fim glorioso, mais se desprendia de qualquer coisa que, mesmo de leve, a impedisse de voar. Com muito mais verdade do que São Paulo, podia ela exclamar: “desejo, com veemência, desprender-me dos laços da carne para estar com Cristo” (Phil 1, 23). Já havia muito, desde a vinda do Divino Espírito Santo, que Maria guiava e elevava a Igreja nascente, assim quase como havia guiado e guardado o Menino Deus... 

Leitura Indulgenciada - A Alma Gloriosa de Maria - 29

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XXIX. ALMA DA IGREJA
Antes de tudo a Ssma. Virgem exerce sua ação misericordiosa em favor da Obra por excelência de Jesus Cristo, a sua Igreja. Ela zela pela sua conservação e dilatação.  Protege-a e a defende; consola-a, assiste-lhe, paralisa as investidas dos maus, põe freio ao furor do inferno, que não deseja senão o seu aniquilamento.

Leitura Indulgenciada - A Alma Gloriosa de Maria - 28

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XXVIII. ALMA DE MEDIANEIRA
A Beatíssima Virgem Maria não somente intercede e suplica por nós, mas nos alcança também todas as graças de que precisamos. É a grande medianeira depois de Jesus, único mediador perfeito entre Deus e o homem, pois que Homem-Deus. Mas Ele quis auxiliares, cooperadores: os seus santos, os seus apóstolos e, numa posição única, Maria Santíssima. Por isso Leão XIII, na sua Encíclica Adjutricem em nome da Tradição, a proclamou “Medianeira nossa”, “aquela que nos dispensa todos os dons divinos”.

Leitura Indulgenciada - A Alma Gloriosa de Maria - 27

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XXVII. ALMA SUPLICANTE
Maria possui, de fato, uma alma de rainha, mas de rainha que sabe compadecer-se de seu povo. Assim como a rainha Esther, diante de Assuero, suplicou pelo povo judaico que, deste modo, foi salvo, assim Maria suplica, de continuo, diante do trono de Deus, pelo seu povo cristão. E como estas súplicas são ouvidas sempre e sempre se transformam em graças, Maria é chamada pelos santos de omnipotentia supplex. Onipotência suplicante!