Extraído do livro
O Purgatório Um Mistério de Amor
O Purgatório na Visão dos Santos
Geísa Maria Martins
Marques Saraiva Gráficos e Editores
Rio de Janeiro
1ª Edição, 2002

O estado das almas do Purgatório nos ensinamentos de São Francisco de Sales
“1º – As almas do Purgatório estão numa contínua união com Deus e perfeitamente submissas à vontade de Deus. Não podem deixar esta união divina e nunca podem contradizer a Divina Vontade, como nós neste mundo.
2º – Elas se purificam com muito amor e com toda boa vontade, porque sabem que isto é da vontade de Deus. Sofrer para fazer a vontade de Deus é uma alegria para elas.
3º – Elas querem ficar na maneira que Deus quer e quanto tempo Ele quiser.
4º – São impecáveis e não podem experimentar o mais leve movimento de impaciência, nem cometer uma imperfeição sequer.
5º – Amam a Deus mais do que a si próprias, e mais do que todas as coisas, e com um amor muito puro e desinteressado.
6º – São consoladas pelos Anjos.
7º – Estão seguras da sua salvação e com uma segurança que não pode ser confundida.
8º – As amarguras que experimentam são muito grandes, mas numa paz profunda e perfeita.
9º – Si pelo que padecem estão como numa espécie de inferno, quanto à dor, é um paraíso de doçura quanto à caridade mais forte do que a morte.
10º – Feliz estado, mais desejável que temível, pois estas chamas do Purgatório são chamas do Amor!”
“Falam só das penas daquele lugar e nunca da felicidade e da paz que desfrutam as almas que lá estão. É verdade que os sofrimentos são extremos e as maiores e mais terríveis dores desta vida não se podem comparar a eles, mas também as satisfações interiores são tais e tantas que nenhuma prosperidade e alegria da terra a elas se podem igualar”. - São Francisco de Sales
“Sim, o tormento delas é tão grande que nenhuma língua humana pode exprimi-lo, mas as suas delícias são de tal modo inebriantes que só a felicidade dos eleitos podem dar uma ideia”. - Santa Catarina de Gênova no Tratado do Purgatório
Motivos pelos quais devemos socorrer as almas do Purgatório:
1º – O serviço que prestamos a Deus e a glória que lhe proporcionamos
Imaginemos o que experimentaria o coração de uma mãe que, tendo conhecimento de que seu filho foi condenado à prisão por muitos anos, o visse de repente, trazido por um amigo que o ajudou a se libertar.
E ainda, a glória que lhe proporcionamos, pois fomos criados para glorificar a Deus, e cada alma liberta do Purgatório, imediatamente voa ao Céu e glorifica incessantemente ao Senhor Deus Todo Poderoso.
2º – O serviço que prestamos a nós mesmos
Adquirimos certamente um protetor no Céu, as almas por nós ajudadas a se libertarem serão eternamente reconhecidas no Céu. No Céu também se ama e se é reconhecido.
Constituímos no Céu um representante nosso que, em nosso nome, adora, louva e glorifica o Senhor, enquanto estamos em vida ocupados em trabalhos e fadigas, elas adoram a Deus também em nosso nome.
“Tudo quanto peço a Deus pela intercessão das almas do Purgatório me é concedido”. - Santa Teresa
“Quando quero obter com segurança uma graça, recorro às almas padecentes e a graça que suplico sempre me é concedida”. - Santa Catarina de Bolonha
3º – As principais virtudes que assim praticamos
Socorrendo as almas do Purgatório praticamos a caridade em toda sua extensão.
Ajudamos ao nosso próximo no dia-a-dia, em diversas circunstâncias, também devemos fazê-lo às almas do Purgatório, e ainda mais, porque sabemos que não podem socorrer a si mesmas.
4º – O julgamento que nos espera após a morte
É obra de caridade rezar por quem precisa.
“Tudo que fizerdes aos meus pequeninos e a mim que o fazeis”. Nos disse o Senhor Jesus.
E ainda “Tudo o que damos por caridade às almas do Purgatório converte-se em graças para nós, e, após a morte, encontramos o seu valor centuplicado”. Nos ensinou Santo Ambrósio
Nós podemos rezar por nós e por elas, e as almas do Purgatório não podem se ajudar. Nós podemos pagar as suas dívidas, para que alcancem a liberdade.
E ainda, não podemos nos esquecer de que um dia poderemos estar no Purgatório.
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Bibliografia
A Bíblia de Jerusalém
Catecismo da Igreja Católica
BRANDÃO, Monsenhor Ascânio. Tenhamos Compaixão das Pobres Almas. São Paulo, Editora Ave Maria, 2ª edição, 1956.
REIS, Pe. Oliveiros de Jesus. O Purgatório e as Almas que Sofrem. Porto – Portugal, edição do Cavaleiro da Imaculada, 5ª edição.
PEREIRA, Monsenhor Dr. José Basílio. Mês das Almas. Salvador, Bahia, Editora Mensageiro da Fé Ltda, 15ª edição. 1969.
PINTO, Hugo Ferreira. Coração Indulgentíssimo de Jesus – Introdução ao Manual de Indulgências. Petrópolis, Rio de Janeiro, Editora Vozes. 1998.
Manual das Indulgências normas e concessões. São Paulo, Editora Paulus, 3ª edição, 1989.
Sufrágio. Belo Horizonte, Editora da Divina Misericórdia, 1996.
Meu Deus! Quão mistério é esse universo! Quero,agora que o meu esposo foi para Deus, saber mais sobre esse universo de Purgatório. Pq o pouco que sei é mt sofrimento. Por isso sofri muito em pensar que ele estaria sofrendo horrores nesse lugar. A leitura desse texto me confortou um pouco, pq à luz dele, percebi que para quem por lá precise passar, não é apenas sofrimento;tem o auxilio dos anjos que as mantém confortadas, felizes e melhor, com a certeza do encontro definitivo com nosso Senhor. Afinal, é para isso que vivemos aqui. A busca incessante da vida eterna. Mais aliviada. Beatriz
ResponderExcluirBoa Noite, Bia!
ResponderExcluirMinhas condolências, que Nossa Senhora conforte a família!
Informo-lhe que no meu blog, há outras obras sobre as Almas do Purgatório que talvez te esclareçam mais e mais...
https://alexandriacatolica.blogspot.com
Saudações!