DIA 19 DE CADA MÊS - Orações Finais


Para alcançar as graças que pedimos rezaremos em honra do santíssimo nome de S. José quatro Padre-Nossos, Ave-Marias e Glória Patri com as seguintes:
JACULATÓRIAS
1. — Justíssimo José e Pai nutrício do Verbo encarnado alcançaI-nos amor a Jesus e devoção constante a seu Sagrado Coração.
Padre Nosso, Ave Maria e Gloria Patri.
2. — Obedientíssimo Patriarca e cabeça da Sagrada Família, por vosso amor e respeito a Imaculada Virgem nossa Mãe, eu vos peço devoção constante a esta augustíssima Rainha.
Padre Nosso, Ave Maria e Gloria Patri.
3. — Sapientíssimo Patriarca, ilustrado com a verdadeira ciência do céu, pelos altíssimos conhecimentos que vos  comunicou o Verbo e Sabedoria do Pai, peço-vos que me  alcanceis fé nas verdades reveladas e a perseverança nela.
Padre Nosso, Ave Maria e Gloria Patri.
4. — Esposo castíssimo da Esposa do Espírito Santo, e amador do amor divino, pela ardentíssima caridade com que cuidastes  de vosso Deus, e pelos sacrifícios que por ele sofrestes,  peço-vos a virtude da caridade e amor de Deus até a morte.
Padre Nosso, Ave Maria e Gloria Patri.
ORAÇÃO FINAL PARA TODOS OS DIAS

Felicíssimo Patriarca, tão ternamente amado de Jesus e de Maria, que vos manifestaram esse amor principalmente na morte soberanamente preciosa que tivestes. Que consolação a vossa, meu amantíssimo Protetor, quando nesse derradeiro instante, Jesus e Maria, assistindo a vosso lado, defenderam vossa alma dos insultos dos inimigos e a levaram depois ao seio de Abraão! Este instante espantoso há de chegar sem remédio para nós e ainda na hora menos pensada: que será então de nossas almas? Vossa vida inocente e as heróicas virtudes que praticastes, e sobre tudo a presença de vossos queridos Jesus e Maria, vos deram essa preciosa tranquilidade com que passastes deste mundo; mas que será de nós? Iludidos pelos inimigos e pelas paixões, nos entregamos muitas vezes em suas mãos ofendendo a Jesus, que nos ha de julgar! Ah! amantíssimo Protetor nosso, à vista de uma vida tão pouco conforme à nossa fé, aguardamos com espanto a morte e a conta que depois dela nos espera! Ó pai e protetor nosso nós, sós, não ousaríamos aparecer nesse tão justo tribunal, onde é o mesmo Deus que nos há de julgar; vimos por tanto pedir-vos por vossa preciosíssima morte e por vosso felicíssimo trânsito, a vossa poderosíssima proteção agora, para que vivendo uma vida digna do título que levamos, mereçamos também vossa proteção e assistência na morte. Manifestai, pai amantíssimo, vosso amor em nossa morte; protegei-nos então, protetor nosso eficacíssimo, para que morrendo em graça de Deus, vamos convosco à morada felicíssima dos justos gozar de Jesus e de Maria por toda uma eternidade. Amen.


__________

Do livro: Devoto Josephino - edição de 1935

O CULTO DE PROTODULIA

Retirado da Coleção - Leituras Católicas de Dom Bosco - No.633
São José
Mons. Ascânio Brandão
Edição de 1943
Sabemos que há três espécies de culto em relação ao objeto.
O culto de latria, devido só a Deus.
Hiperdulia, especial culto tributado à Mãe de Deus, rainha dos santos e singular criatura.
Dulia, o culto dos santos.
O culto de S. José não se pode comparar ao de Maria por ser Ela a Mãe Santíssima, Nossa Corredentora e Mãe de Deus. Todavia, não pode ser igual ao dos demais santos, visto ser ele o maior dos santos e singular entre todos, como sabemos, pelas prerrogativas que possui. A Igreja celebra a memória de S. José de modo singular em sua Liturgia com honras sumas e sumos louvores, diz Pio IX, e repetem estas expressões vários documentos da Igreja. Por isso, o culto de S. José costuma ser chamado de suma dulia, ou protodulia, culto acima do dos santos: dulia. E abaixo do de Maria: hiperdulia.
Esse culto de suma dulia foi pedido ao Papa Pio IX pelos Padres do Concilio do Vaticano. Em nada se opõe à fé e está conforme a dignidade e aos privilégios singulares do maior dos santos.
Nos últimos tempos se tem introduzido na Liturgia da Igreja o nome de S. José, nas Ladainhas maiores, no rito da Extrema-Unção, e da assistência aos agonizantes, em várias orações da Missa e Breviário.
A festa do Patrocínio da 4a feira depois da II Dominga da Páscoa, com Missa e ofício próprios e oitava comum.
O Ritual tem benção de dois escapulários de S. José; uma própria dos Capuchinhos, outra dos Carmelitas. Ha benção para o anel em honra do santo Esposo de Maria.
Inúmeras indulgências e práticas tocantes de devoção a S. José!
O culto de suma dulia, ou protodulia, tem inúmeras e tocantes manifestações na Liturgia e na devoção dos fiéis.


__________

Para ver o índice e fazer o download deste livro

Para o Último Dia do Ano - Manhã

Meditações
Para Todos os Dias e Festas do Ano
Tiradas das obras Ascéticas de
Santo Afonso Maria de Ligório Bispo e Doutor da Igreja
pelo Pe.Thiago Maria Cristini
Tomo I
Desde o Primeiro Domingo do Advento até a Semana Santa inclusive
Friburgo em Brisgau, Alemanha, 1921


XXXI - Manhã
Devemos aproveitar bem o tempo

Sumário: Com razão o Espírito Santo nos exorta a que conservemos o tempo, porquanto o tempo é não somente precioso, mas ainda de muito curta duração. Lembra-te de como se passaram depressa os doze meses desse ano que hoje termina. Dize-me, irmão meu, como é que até hoje tens empregado o tempo? Esforças-te, ao menos, em resgatar o tempo perdido, empregando-o melhor para o futuro? Quem sabe? Talvez o ano que finda, seja o último da tua vida!

I. O tempo, sobre ser a coisa mais preciosa, porque é um tesouro que só neste mundo se acha, é ainda de mui curta duração. Ecce breves anni transeunt. Lembra-te de como se passaram depressa os doze meses do ano que hoje finda! É, portanto, com razão que o Espírito Santo nos exorta a conservarmos o tempo, e não deixarmos perder-se um só momento sem o aproveitarmos bem. Mas, ai de nós! Quão diversamente vão as coisas! Ó tempo desprezado, tu serás a coisa que os mundanos mais desejarão na hora da morte, quando ouvirem dizer que para eles não haverá mais tempo: Tempus non erit amplius.
E tu, irmão meu, em que empregas o teu tempo? Deus te concedeu a graça de teres chegado até ao dia de hoje, com preferência a tantos milhares e milhões de pessoas, talvez da tua idade, ou mesmo mais novas, talvez fortes como tu ou ainda mais robustos, com a mesma compleição que tu, ou talvez mais sadia. Elas morreram e tu estás vivo! Elas estão reduzidas à podridão e cinzas no túmulo e tu estás aqui meditando! Elas na eternidade - e muitas infelizmente no inferno - e tu ainda no tempo! Mas como é que passas o tempo? Em que coisas o empregaste até hoje?
Faze aqui, aos pés de Jesus Cristo, um exame geral da tua vida. Pondera, por um lado, as inúmeras graças com que Deus te tem cumulado especialmente no correr deste ano; por outro, recorda as faltas, as imperfeições, quiçá os pecados, com que continuamente, desde o primeiro dia do ano até este último, tens ofendido o Senhor, retribuindo-lhe a Sua liberalidade infinita com ingratidão. Ah! Se não resgatares desde já o tempo inutilmente perdido, ou quiçá mal empregado, ele te causará remorsos amargosos, quando, no leito da morte, te achares próximo àquele grande momento do qual depende a eternidade!
II. Meu irmão, se, por desgraça, tiveres de reconhecer que passaste na tibieza o tempo do ano que terminou, procura passar no fervor ao menos este último dia. Agradece muitas vezes a Deus o ter-te conservado em vida até ao dia de hoje e pede-Lhe perdão das negligências passadas no Seu serviço. Visto que não sabes se viverás até ao dia de amanhã e se entrarás ainda no ano novo, põe hoje mesmo em ordem as coisas de tua consciência e purifica a tua alma por meio de uma confissão anual. Afinal, faze um propósito firme e eficaz de servires a Deus para o futuro com mais zelo, e de empregares melhor o ano vindouro. É assim que, no dizer do Apóstolo, andarás no caminho da Salvação com circunspeção, e recobrarás o tempo: Videte quomodo caute ambuletis... redimentes tempus[1]: "Vede como andais prudentemente... remindo o tempo."
Ó Senhor, cuja misericórdia não tem limites, cuja bondade é um tesouro inesgotável, dou graças à Vossa Majestade piedosíssima por todos os benefícios que me tendes feito, e em particular, pelo tempo que me concedeis para chorar as minhas culpas, e reparar as minhas desordens. Quem sabe se o ano que hoje finda, não será talvez o último inteiro da minha vida? Não, não quero mais resistir aos vossos convites tão amorosos. Pesa-me, ó meu Bem supremo, de Vos ter ofendido e proponho fazer de hoje em diante contínuos atos de amor, a fim de compensar o tempo perdido.
Como, porém, as ocupações da vida não me permitem dirigir os meus pensamentos sem interrupção para Vós, faço hoje o seguinte ajuste, que será válido durante todo o ano vindouro e todo o tempo da minha vida. Cada vez que levantar os olhos para contemplar o céu, tenho intenção de glorificar as vossas perfeições infinitas. Quantas vezes respirar, quero oferecer-Vos a Paixão e o Sangue de meu divino Redentor, bem como os merecimentos de todos os Santos, para a Salvação do mundo inteiro e em satisfação dos pecados que se cometerem. - Toda a vez que bater no peito, quero amaldiçoar e detestar cada um dos pecados cometidos desde o princípio do mundo, e quisera poder repará-los com o meu sangue. Finalmente, a cada movimento das mãos, ou dos pés, ou de qualquer outra parte do corpo, tenciono submeter-me à Vossa Santíssima Vontade, desejando que de conformidade com esta, se façam todas as coisas. Para que este meu ajuste nunca mais seja violado, confirmo-o e selo-o com as cinco Chagas de Jesus Cristo, e deposito-o em Vossas mãos, ó Mãe da perseverança, Maria[2].
__________
 [1] Efésios, 5, 15. 
[2] Esta fórmula de reta intenção foi composta por São Clemente Maria Hoffbauer, C.SS.R.

Meditação para a tarde do mesmo dia - Última do Ano

Meditações
Para Todos os Dias e Festas do Ano
Tiradas das obras Ascéticas de
Santo Afonso Maria de Ligório Bispo e Doutor da Igreja
pelo Pe.Thiago Maria Cristini
Tomo I
Desde o Primeiro Domingo do Advento até a Semana Santa inclusive
Friburgo em Brisgau, Alemanha, 1921



XXXI - Tarde
Jesus Cristo tem feito e padecido tudo por nosso amor.

Dilexit me, et tradidit semetipsum pro me
“Ele me amou, e se entregou a si mesmo por mim”
(Gal. 2, 20).

I. Se é verdade, ó meu Jesus, que por meu amor abraçastes uma vida penosa e uma morte amargosa, posso dizer com razão, que a vossa morte é minha, que são minhas as vossas dores, meus os vossos merecimentos, que, em suma,Vós mesmo sois meu, já que por meu amor Vos entregastes a tão grandes padecimentos. Ah, meu Jesus! Nada me aflige tanto como o pensar que houve um tempo em que Vós éreis meu, e eu voluntariamente Vos tenho perdido repetidas vezes. Perdoai-me e estreitai-me ao vosso peito, nem permitais que eu ainda torne a ofender-Vos. Amo-Vos de toda a minha alma. Vós quereis ser todo meu, eu quero ser todo vosso.
O Filho de Deus, por ser Deus verdadeiro, é infinitamente feliz. Contudo, observa Santo Tomás, Ele tem feito e padecido tanto por amor do homem, como se sem este não pudesse ser feliz: quasi sine ipso beatus esse non posset. Se Jesus Cristo, durante a sua vida terrestre, tivera de merecer a eterna bem-aventurança para si mesmo, que é que mais pudera fazer do que carregar-se de todas as nossas fraquezas, tomar sobre si todas as nossas misérias, para depois terminar a vida com uma morte tão dura e ignominiosa? Mas Jesus era inocente, santo e bem-aventurado em si mesmo; tudo quanto tem feito e padecido, tem-no feito a fim de merecer para nós a graça divina e o paraíso perdido. — Desgraçado de quem não Vos ama, ó Jesus meu, e não vive abrasado no amor de tão grande bondade!
II. Se Jesus Cristo nos houvera permitido, que lhe pedíssemos as provas mais manifestas do seu amor, quem jamais se teria animado a pedir-lhe, se fizesse criança semelhante às outras crianças, abraçasse todas as nossas misérias, se fizesse entre os homens, o mais pobre, o mais desprezado, o mais mal tratado, até morrer à força de tormentos sobre um lenho infame, amaldiçoado e abandonado de todos, mesmo do seu próprio Pai? Mas o que não nos animaríamos nem sequer a imaginar, Jesus o excogitou e fez.
Ó meu amado Redentor, peço-Vos que me concedais a graça, que para mim merecestes com a vossa morte. Amo-Vos e pesa-me de Vos ter ofendido. Tomai posse da minha alma; não quero que ela continue em poder do demônio. Quero que ela seja toda vossa, já que Vós a comprastes com o vosso sangue. Vós me amais a mim e eu quero só amar a Vós. Preservai-me do castigo de viver sem o vosso amor, e pelo mais castigai-me como quiserdes. Maria, meu refúgio, a morte de Jesus e a vossa intercessão são a minha esperança. (II 320.)

Continuação do Capítulo XXXIX - Fragmentos - Final

CENTELHAS EUCARÍSTICAS
 PEQUENA COLEÇÃO
DE
Pensamentos e afetos devotos
a
JESUS SACRAMENTADO


Continuação do  Capítulo

XXXIX
A minha cruz
__________


Fragmentos

Como se ora bem em certas igrejas solitárias e desertas! Nelas fala-se a Jesus com maior confiança do que em outras, porque Jesus parece estar ali só para nós e em ato de conceder a um só os sorrisos e as graças que, em outras circunstâncias, teria de dividir por milhares de adoradores.