E Ela permaneceu velando no sepulcro...

Fontes Franciscanas III
SANTO ANTÔNIO DE LISBOA
Volume I
Biografia e Sermões
Tradução: Frei Henrique Pinto Rema, OFM
Livro de 1998 - pág. 228


“…Maria Santíssima, porém, depois de o Senhor seu Filho ter sido sepultado, como alguns dizem, não se retirou do sepulcro para nenhuma parte, mas ali de contínuo permaneceu a vigiar, toda lacrimosa, até ao momento que em primeiro lugar mereceu ver o ressuscitado. Por isso, o sábado é celebrado em Sua honra pelos fiéis.”

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Nota: René Laurentin, La Vierge Marie chez St. Antoine, in Actas 1981, p.499 e 500, afirma que a aparição da manhã de Páscoa a Maria Santíssima corria entre os gregos desde o século IV.

Folhetos para fazer o Exame de Consciência

"Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a culpa".
(1ª carta de S. João cap. 1, 8-9)




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OBS.: O Mandamento da Igreja nos obriga a fazer a Confissão e Comunhão, ao menos uma vez ao ano (Catecismo Maior de São Pio X, 483-492),  mas é recomendável fazê-la a cada 15 dias para que, continuamente, além de obtermos os lucros com as indulgências, possamos também progredir na vida espiritual.


Domingos de Ramos



O Domingo de Ramos abre solenemente a SEMANA SANTA, com a entrada de Jesus em Jerusalém. Jesus é recebido em Jerusalém como um rei, mas os mesmos que o receberam com festa o condenaram à morte. Jesus é recebido com ramos de palmeiras. O Domingo de Ramos é a festa litúrgica que celebra a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. É também a abertura da Semana Santa.



Jerusalém é a Cidade Santa e faz alusão, muitas vezes com a alma humana. Neste Domingo de Ramos, Jesus Cristo estará entrando na nossa alma (Jerusalém) como Rei, o Rei de nossas almas!
Que Jesus seja Rei em nossas almas hoje e sempre!



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Semana Santa

Súplicas a São José


       Glorioso São José, pai nutrício de Jesus Cristo e esposo de Maria Santíssima, volvei vosso olhar de misericórdia para as nossas famílias, protegendo-as como protegestes a Sagrada Família de Nazaré. Abençoais os pais, para que saibam dirigir o lar com prudência e firmeza, promovendo a felicidade da família. Abençoais os filhos, para que sejam a honra e a esperança dos seus genitores. Não permitais que venham a faltar em nossos lares o carinho e o amparo de que todos necessitam. Enfim, abençoais todos os moradores de nossa casa, para que encontrem no recanto do lar a felicidade tão desejada. Pelo amor que demonstrastes para com o vosso Filho adotivo, zelai pelos nossos filhos.
        Pelo carinho que tivestes para com vossa Santíssima Esposa, Maria, Mãe de Jesus Filho de Deus, amparai as mães. Já que nos colocamos debaixo da vossa poderosa proteção, livrai-nos dos males que estão ameaçando as famílias cristãs. Ensinai a todos a fugir do abismo que destruirá os laços sagrados que unem as famílias cristãs.
          Nós vos pedimos, glorioso protetor:

Dos ataques de satanás, livrai as nossas famílias.
Dos males que nos ameaçam, livrai as nossas famílias.
Das rixas e contendas, livrai as nossas famílias.
Das doenças e aflições, livrai as nossas famílias.
Da tristeza e do desespero, livrai as nossas famílias.
Do espírito mundano, livrai as nossas famílias.
Da imoralidade degradante, livrai as nossas famílias.
Da rebeldia religiosa, livrai as nossas famílias.
Da falta de amor, livrai as nossas famílias.
Das dificuldades financeiras, livrai as nossas famílias.
Da desonra e leviandade, livrai as nossas famílias.
Da falta de pão e agasalho, livrai as nossas famílias.
Dos perigos do mundo, livrai as nossas famílias.
Das enfermidades, livrai as nossas famílias.
Da moda escandalosa, livrai as nossas famílias.
Das amizades nocivas e perigosas, livrai as nossas famílias.
Da falta de fé, livrai as nossas famílias.
Das incompreensões e dúvidas, livrai as nossas famílias.
Da morte eterna, livrai as nossas famílias.
Da desunião e fraqueza, livrai as nossas famílias.

Isto vos suplicamos, ó grande Santo, pelo amor que tivestes a Jesus e a Maria.
Ó Deus de bondade e misericórdia, pela intercessão de São José, salvai as nossas famílias, dai que vivamos enlaçados em vosso amor, que nem a morte desfaça, e assim como nos fizestes unidos nesta vida pelo sangue, reuní-nos pela caridade no vosso Reino eterno. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

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São José protetor da Santa Igreja - Editora da Divina Misericórdia

Summa sobre a vida de São José

FONTE

            Foi ab aeterno predestinado para ser Pai reputado de Cristo, e Esposo verdadeiro de Maria Santíssima. Foi representado no Testamento velho em várias figuras simbólicas. Procedia da Tribo Real de Judá e soberana casa de Davi. Era parente de Maria Santíssima em terceiro grau. Herdou as virtudes de todos os seus progenitores ilustres. Em certo modo, comunicou nobreza temporal ao mesmo Filho de Deus. Tinha o direito hereditário ao Reino de Israel pela linha de Salomão. Logo aos sete meses, depois de concebido, foi santificado no ventre de sua mãe. Houve quem lhe atribuísse a imunidade da culpa original. Nasceu em Nazaré, conforme a melhor opinião, causando, com o seu nascimento, extraordinária alegria. O nome de José, que se lhe pôs na circuncisão, é o mais admirável e suave, que há, depois dos soberanos nomes de Jesus e Maria. Recopilam-se nele muitas virtudes. Foi nas feições muito semelhante a Cristo, e tinha um aspecto belo e gentil. Ao terceiro ano da sua idade, ou logo que foi concebido, teve uso da razão, e infundiu-lhe Deus uma luz sobrenatural das coisas. Teve coletivamente todas as virtudes e perfeições dos mais Santos. Foi, em ato heróico, humilde, caritativo, constante, mortificado, prudente, puro, sábio, contemplativo e justo. Aos doze anos fez voto de perpétua castidade. Foi confirmado em graça e nunca pecou nem venialmente, sendo-lhe extinto o fomes peccati, isto é, a inclinação para o mal. Sem embargo de ser descendente de Davi, foi pobre de fortuna, mas a sua pobreza era honrada. Foi carpinteiro sem detrimento da sua nobreza e, neste ofício, se equiparou com o Pai Eterno. Foi insigne e afamado na sua arte. Tinha quarenta anos de idade, quando se desposou com a Virgem. Nos seus desposórios houve alguns prodígios. A maravilha de lhe florescer a vara seca e as outras, que sucederam, não são muito certas na opinião de alguns. Neste ato, deu o glorioso Santo um anel à Soberana Virgem, e cobriu-a com parte da sua capa. Contraiu com a Virgem um verdadeiro e substancial matrimônio. Foi o Santo elevado à maior dignidade, que se pode imaginar. Adquiriu a mais alta nobreza. Toda a maioria dos louvores do Santo está em ser Esposo de Maria Santíssima. Levou a Senhora para Nazaré, pátria de ambos. Vida admirável fez em companhia da Virgem. Renovou o voto de virgindade, e Deus o confirmou em graça. A sua prudência enganou o demônio. Foi muito solícito e obsequioso para com Maria Santíssima. Consentia que a Senhora o servisse e lhe chamasse senhor. Conheceu na Senhora indícios de ter concebido, e não a queria receber como esposa por veneração e respeito. Andou vacilante querendo se ausentar da cidade, mas o Anjo do Senhor o tirou dessa perplexidade, mandando-lhe que recebesse a Virgem Maria. Foi com a Virgem a Belém para obedecer ao edito do Imperador. Sucederam-lhe várias tribulações nesta jornada. Foram ardentes os desejos, que teve de ver nascido o Menino Jesus. Chegou a Belém aflito por não achar abrigo, e com a Virgem Maria se recolheu em uma gruta. Ali foi o primeiro, que adorou ao Deus Menino. Circuncidou ao Menino e impôs-lhe o Santíssimo Nome de Jesus, em cuja ação adquiriu autoridade paternal. Ele foi o primeiro, que proferiu tão soberano Nome e nos ensinou a invocá-lo. Como pai de Cristo, excedeu em dignidade a todos os Santos e ainda aos Anjos. Vai com a Virgem ao Templo e oferece pelo Menino um par de rolas. E, como a primogênito, resgatou-o com cinco ciclos. Pelo aviso de um Anjo, fugiu com a Senhora e o Menino para o Egito para o livrar da tirania de Herodes. Padeceu muitos incômodos e sustos nesta longa jornada. Nele se manifestou ser o verdadeiro Anjo Rafael em defesa e guia de Cristo. Teve o gosto de ver cair despedaçados os ídolos nas terras do Egito. Fez habitação no lugar denominado Mathuréa. Logo no princípio do seu estabelecimento, teve perseguições. A sua vida, neste desterro, foi prodigiosa, tendo um sumo júbilo, quando ouviu ao Menino a primeira vez chamar-lhe pai. Esta prerrogativa é inexplicável. Cantava suaves hinos para acalentar ao Menino. Ensinou-o a andar, e serviu-lhe de Mestre e Pedagogo. Retirou-se do Egito com a sua Sacra Família por aviso do Anjo e voltou para Galiléia, padecendo, nesta jornada, bastantes incômodos. Estabeleceu-se em Nazaré e ali passou vida edificante. Indo ao Templo de Jerusalém para a observação das Festas com a Virgem e o Menino, este se deixou ficar no Templo sem eles o saberem, por cuja perda e saudade se afligiu muito, até que, no fim de três dias, o achou disputando com os Doutores. Depois de o achar, trouxe-o pela mãe para Nazaré, e o Menino lhe obedecia com respeitosa humildade. Em todo o tempo, que viveu na companhia de Jesus e Maria, seu gozo foi maior do que se fora arrebatado ao céu. Não padeceu, nesta vida, enfermidades. Morreu nos braços de Cristo e Maria Santíssima. Teve o privilégio de o não perseguir, naquele transe, o demônio. Despediu-se do Senhor e de sua Esposa com palavras ternas e saudosas. Cristo fechou-lhe os olhos e juntamente com a Virgem Maria chorou pelo seu trânsito. Maria Santíssima amortalhou-o com assistência dos Anjos e acompanhou-o à sepultura. Desceu a alma do Santo ao Limbo com o caráter de Precursor de Cristo aos Santos Padres. Depois ressuscitou com o Senhor e apareceu à sua Esposa Maria Santíssima para a consolar das aflições. O Senhor levou-o ao céu em corpo e alma em sua gloriosa Ascensão. Goza na Glória um lugar muito distinto dos mais Santos. Nela excede aos Apóstolos, e ainda a São João Batista. Está no Céu coroado com doze estrelas, à imitação de sua Esposa, Rainha dos Anjos. Foi o primeiro Justo canonizado pelo Espírito Santo. Os seus predicados são tão relevantes, que bem podia ser venerado em todas as hierarquias dos Santos com especiais auréolas. Deve ser venerado com adoração de proto-dulia.

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A vida de São José pela Associação de Adoração Contínua a Jesus Sacramentado - Livraria Francisco Alves, 1927