LADAINHA DO PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS


(Indulgência Plenária se rezada todos os dias do Mês de Julho)

 O texto desta litania em honra ao Preciosíssimo Sangue de Cristo foi composto pela Sagrada Congregação dos Ritos — hoje, Congregação para o Culto Divino — e promulgada pelo Papa João XXIII no dia 24 de fevereiro de 1960. A sua forma é mais antiga, na verdade, pois textos similares podem ser encontrados em livros de orações do início do século XX. Aos fiéis que a recitarem devotamente concede-se indulgência parcial e plenária se rezada durante o mês todo.


  Senhor, tende piedade de nós.
  Jesus Cristo, tende piedade de nós.
  Senhor, tende piedade de nós.
  Jesus Cristo, ouvi-nos.

Terço do Sangue de Jesus



Rezar na primeira conta do Pai Nosso:
Pelo poder do Sangue de Jesus, veremos prodígios


Na conta da primeira Ave-Maria:
Sangue de Jesus, libertai-nos!


Na conta da segunda Ave-Maria:
Sangue de Jesus, curai-nos!


Na conta da terceira Ave-Maria:
Sangue de Jesus, salvai-nos!


 Em todas as contas do Terço:
Sangue de Jesus, eu confio em Vós.

Ato de Consagração Pessoal ao Sagrado Coração de Jesus

de Santa Margarida de Alacoque


Coração adorável do meu amabilíssimo Jesus, centro de todas as virtudes, fonte inesgotável de todas as graças! 

Que pudestes achar em mim para me amar com tanto excesso, ainda quando o meu coração, manchado de mil culpas, não tinha para conVosco senão indiferença e dureza!? 

Ah! As provas do Vosso amor generosíssimo para comigo, ainda quando eu não Vos amava, me dão esperança de que Vos serão agradáveis as do meu amor. 

Aceitai, pois, meu amável Salvador, o desejo que tenho de me consagrar inteiramente à honra e glória de Vosso Coração Sacrossanto; recebei com agrado a consagração que Vos faço de tudo o que sou. 

Eu Vos consagro a minha pessoa, a minha vida, as minhas ações, penas e sofrimentos, querendo ser, daqui para o futuro, vítima consagrada à Vossa glória, agora abrasada, e um dia, se for de Vosso agrado, toda consumida no fogo do Vosso amor. 

Ofereço-Vos, pois, meu Senhor e meu Deus, o meu coração com todos os meus sentimentos, os quais quero que sejam perfeitamente conformes aos do Vosso Santíssimo Coração. 

Eis-me aqui, pois, Senhor, todo do Vosso Coração, eis-me aqui todo para Vós. Ah, meu Deus, quão grandes são as Vossas misericórdias para comigo! Meu Deus, Deus de Majestade, quem sou eu para merecer que Vos digneis aceitar o sacrifício do meu coração?! Desde agora e para sempre ele será todo para Vós, e não terão jamais nele parte alguma as criaturas, porque não o merecem. Vós, meu amável Jesus, sede de hoje em diante meu Pai, meu Senhor, meu tudo, porque não quero viver senão para Vós. 

Recebei, ó adorável Salvador, meu coração, minha alma, minha vida em sacrifício que ofereço ao Vosso Sagrado Coração, para reparar os desgostos que Lhe dei até agora, correspondendo tão mal ao Vosso amor. 

Bem vejo que o meu dom é pequeno, mas é tudo quanto tenho e quanto sei que Vós desejais de mim. 

E consagrando a Vós este meu coração, vo-lO dou para nunca mais retirá-lo de Vossas Mãos Santíssimas. Assim seja.

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"Adoremus: Manual de Orações e Exercícios Piedosos", de Dom Eduardo Herberhold, OFM, 1926, 15ª edição

Consagração ao Coração de Jesus



   Sim, Jesus, eu vos prometo recitar, todos os dias, uma oração ao Vosso Sagrado Coração; prometo-Vos venerar as piedosas imagens que o representarem à minha devoção; prometo-vos espalhar o conhecimento desta devoção e propagá-la. Sede a minha fortaleza, a minha alegria, a minha felicidade!


"Farei um Ato de Consagração ao Coração de Jesus". 

   Ao Coração Adorável de Jesus dou e consagro o meu corpo e a minha alma, a minha vida, os meus pensamentos, palavras, ações, dores e sofrimentos. Não me tornarei a servir de parte alguma do meu ser, que não seja para O amar, honrar e glorificar. Tomo-vos, pois, ó Divino Coração, por objeto do meu amor, protetor da minha vida, âncora da minha salvação, remédio das minhas inconstâncias, reparador dos meus defeitos, e seguro asilo na hora da morte. Ó Coração cheio de bondade, sede a minha justificação para com Deus, e apartai de mim a sua justa cólera.
   Ponho em vós toda a minha confiança, porquanto receio tudo de minha fraqueza, como tudo espero de vossa bondade. Aniquilai em mim tudo o que vos possa desagradar e resistir; imprimi-vos em meu coração, como um selo sagrado, para que jamais me possa esquecer de vós, e de Vós ser separado. Isto vos peço por vossa infinita bon-dade: que o meu nome se inscreva em vós, que Sois o livro da vida, e que façais de mim uma vítima consagrada inteiramente à Vossa Glória; que desde este momento seja eu abrasado e um dia inteiramente consumido pelas chamas do Vosso Amor; nisto consiste a minha dita, não tendo outra ambição senão a de morrer em Vós e por Vós.
   Assim seja.

30o. Dia - Mês do Sagrado Coração de Jesus

TRIGÉSIMO DIA
Oremos na intenção de saber agradecer a Deus as graças que nos há concedido. 
Pai Nosso ...
Ave Maria ... 
Glória ...
Jaculatória“Coração de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais”.

Os consoladores do Sagrado Coração de Jesus somos nós que viemos, durante este mês, meditar nos seus terníssimos afetos e estudar os seus desejos
Todos estes dias foi Jesus consolado, vendo que fomos constantes, que todas as manhãs o procurávamos fervorosos; mas, ainda quer de nós alguma coisa. O mês con­sagrado ao seu Coração termina hoje; quan­tas almas devotas porão de parte as suas práticas, as suas costumadas orações e es­quecerão a consolação que experimen­tam!… Jesus pede que não nos esqueçamos do seu Sagrado Coração, e quer que esta manhã lho prometamos.
“Farei um ato de consagração ao Coração de Jesus”.
EXEMPLO
Lê-se no livro — O Sagrado Coração de Jesus, — do Pe. Júlio Chevalier, editado em 1886: “Miguel dos Santos, Religioso Trinitário, desde a sua infância, dera-se tão perfeitamente a Deus, que este era tudo para ele, e ele era todo de seu muito Amado. Mas, como o amor nunca diz “basta” — parecia-lhe que ele não amava bem a seu Deus, e todos os seus desejos eram amá-lo cada vez mais. Um dia, fazendo oração nesta ha­bitual disposição de espírito pouco satisfeito da medida do seu amor a Deus, pediu a Nosso Senhor Jesus Cristo que lhe mudasse o coração e lhe desse outro “mais tenro e mais sensível” aos atrativos do amor divino. Esta súplica amorosa foi tão agradável a Nosso Senhor, tão favoravelmente acolhida e generosamente despa­chada, que nem imaginar poderia o suplicante o sinal de amizade que seu divino Senhor lhe ia dar. Jesus tirou o “coração” do seu querido Miguel, e no lugar desse “coração” que tomou e escondeu no peito, pôs o Seu próprio Coração, deixando esse fiel servo tão feliz, tão rico pela incomparável troca, e tão abrasado de amor, que impossível é descrever. Este favor admirável, Miguel mesmo o comunicou a seu confessor, o sábio e virtuoso Fr. Francisco da Madre de Deus, que o ates­tou sob juramento; e Deus o fez conhecer ainda por outro modo. Mas dir-se-á: como viver quando o co­ração é tirado ou substituído? Impossível. —Respon­deremos: Na ordem contingente, nada há de necessário. Deus poderia bem ter organizado o homem sem lhe fazer um coração. Porque lhe não poderia manter a vida, depois de lhe ter retirado uma víscera principal? Seria isso evidentemente uma derrogação às leis atuais e ordinárias de nosso organismo, porém essa derro­gação não constitui uma impossibilidade absoluta, ela tem um nome na Igreja Católica: chama-se um mila­gre. Deus que tirou do nada sua criatura para lhe dar o ser e a sua primeira forma, bem pode refazê-la ou modificá-la a seu agrado. Quem ousaria pôr limites ao seu poder? Surge, porém, dificuldade mais séria: como explicar que o Coração do Salvador possa, sem cessar de lhe pertencer, tornar-se o coração de outro, e até de muitos a um tempo? Aí o mistério. Uns explicam-no, dizendo que Jesus Cristo nestas circunstâncias dá seu Coração do mesmo modo que dá seu Corpo na Santa Comunhão, e que então se faz uma comunicação especial, semelhante a que se faz na Sagrada Eucaristia. Outros interpretam assim: “Jesus Cristo faz à feliz criatura que ele assim despoja e enriquece, um duplo dom: à sua alma, o de disposições e sentimentos que refletem as afeições íntimas de sua alma divina; e ao corpo, o de um coração em harmonia com o estado anterior, como se seu Coração Sagrado se harmonizasse com os impulsos de sua alma”. O Papa Benedito XV adotou essa explicação quando proclamou venerável Miguel dos Santos: “A troca do Coração de Jesus pelo do seu servo fiel, disse ele, foi mística e espiritual”.
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Excertos do livro: Mês do Sagrado Coração de Jesus - Padre José Basílio Pereira - 2a. edição, 1913.