SINAIS DE AMOR A JESUS CRISTO


Afonso, a partir de comentários à primeira carta de São Paulo aos Coríntios 13, 1-13, aponta os sinais dados por aquele que ama verdadeiramente a Jesus Cristo. São 14 sinais. Sinais que devem aparecer em nossas atitudes. Você já os leu e refletiu sobre seu alcance. Mas é bom relê-los para que eles se gravem em suas vidas. Vejamos resumidamente os 14 sinais dos que amam a Jesus Cristo:
  • —  Quem ama a Jesus Cristo, de verdade, ama o sofrimento porque descobre sua dimensão salvífica e purificadora.
  • —  Quem ama a Jesus Cristo não tem inveja dos grandes e poderosos do mundo, mas inveja tão somente os que o amam ardentemente.
  • —  Quem ama a Jesus Cristo é manso, porque procura retratar em sua vida aquilo que luziu na pessoa de Jesus Cristo, a mansidão: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.
  • —  Quem ama a Jesus Cristo foge da tibieza e mediocridade, porque estas coisas empestam e apagam o amor.
  • —  Quem ama a Jesus Cristo ama aquilo que ele muito amou: a humildade. Amar é ser humilde.
  • —  Na vida de quem ama a Jesus Cristo não existe ambição desmedida pelas coisas materiais. Sua ambição é o próprio Jesus Cristo.
  • —  O desprendimento, o desapego das coisas desse mundo é a força daquele que ama realmente a Jesus Cristo.
  • —  Quem ama a Jesus Cristo não conhece o egoísmo, mas é totalmente desprendido de si mesmo.
  • — A irritação, a ira não cabe no coração de quem ama a Jesus Cristo.
  • — Fazer única e exclusivamente o que Jesus quer que seja feito é a marca daquele que o ama de verdade.
  • — Quem ama de fato a Jesus Cristo é capaz de suportar todo e qualquer sofrimento por amor a ele.
  • Crer no que diz a pessoa amada é crer na própria pessoa. E soquem ama, crê. Então crerem tudo que Jesus disse é amá-lo.

Quem ama a Jesus Cristo, dele espera tudo e nunca o deixa de amar.
Olhe e veja: que sinal ainda falta em você para que você ame mesmo a Jesus Cristo?

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Excerto do Livro: A Prática do Amor a Jesus Cristo - Santo Afonso Maria de Ligório - Editora Santuário - 1982 - Páginas 253-254

Oração para os dias de carnaval


   Meu Jesus, que sobre a Cruz perdoastes aqueles que nela Vos chegaram, e desculpastes diante de Vosso Pai o seu delito. Vós que da Cruz lançastes um olhar de piedade ao ladrão que expirava sobre o patíbulo e o convertestes e salvastes; Vós que entre as agonias da morte declarastes ter ainda sede de padecimentos para tornar mais copiosa a universal Redenção, tende piedade de tantos infelizes que seduzidos pelo espírito da mentira nestes dias de falsos prazeres e de escandalosa dissipação correm risco de se perder.

   Ah! pelos méritos de Vosso preciosíssimo Sangue e da Vossa morte não os abandoneis como merecem nem permitais fique sem remédio o miserável estado em que se vão precipitar. Reservai para eles um dia de misericórdia e de salvação. Vós que a Pedro estendestes prontamente a mão para sustentá-lo, quando submergia, socorrei também a estes infelizes que estão para cair no abismo infernal; acordai-os, sacudi-os, iluminai-os, convertei-os e salvai-os.

   Tende, pois, sempre firme sobre nós a Vossa destra, para que nunca sejamos seduzidos por tantos escândalos que nos rodeiam; pelo contrário, a semelhança de José de Tobias que vivendo num ambiente supersticioso, nunca se afastaram da verdade e da justiça, mereçamos nós o Vosso amor, ao passo que outros provocam o Vosso desdém e nos apliquemos nos exercícios de piedade enquanto que ela é esquecida pelos ingratos filhos do século que terão de chorar para sempre a sua atual estultícia.




Padre nosso, Ave Maria e Glória.



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Oração retirada do livreto: Venha a nós o Vosso Reino, Manual de Piedade para as Alunas das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, 1959, com imprimatur

Um Cordel para o Natal


A festa já está nas ruas
Tem gente se preparando
Poucos lembram, é verdade
Quem está aniversariando
É Jesus, o Mestre, o Guia
Que no Natal vem chegando


Comprar roupa e peru
Panetone e presente
Será mesmo que o Cristo 
É lembrado ultimamente?
Cada loja a se arrumar
Só pensando no cliente



Basta só olhar à frente
Não sei bem o que dizer
Pois já penso que o Natal
Algo BEM MAIOR vem ser
Muitos já enfeitam as casas
Poucos sabem o porquê



Hoje me ponho a pensar
Em nosso mestre, Jesus
Na pobreza em Belém
A sua morte lá na Cruz
E após os dois mil anos
Ainda brilha sua Luz



Importante no Natal
É também se preparar
Outra cultura natalina
É também presentear
E só mesmo nessa época
Que uns se lembram de ajudar



Desejamos pra você
Um Natal Santo e de muita paz
Alegria e saúde
Pra poder correr atrás
De toda virtude que necessita
E que já não se tem mais



Que um Santo Ano Novo
Faça logo sua chegada
Trazendo-lhe muita força
Para a nova caminhada
Que o amor a Deus seja o ponto
De partida e de chegada.

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Adaptação do Original recebido por email



Devoção para as três horas da tarde...

"Concedo as graças mais abundantes às almas que meditam piedosamente sobre a Minha Paixão" (Diário 737)

Jesus, eu confio em Vós
"Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela" (Diário 570).


   Em 1933, Deus ofereceu à Irmã Faustina uma impressionante visão de Sua Misericórdia. A Irmã nos conta:
   Vi uma grande luz, e nela Deus Pai. Entre esta luz e a Terra vi Jesus pregado na Cruz de tal maneira que Deus, querendo olhar para a Terra, tinha que olhar através das chagas de Jesus. E compreendi que somente por causa de Jesus Deus está abençoando a Terra.
   Jesus disse à Santa Irmã Faustina:
   Às três horas da tarde implora à Minha Misericórdia, especialmente pelos pecadores, e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a hora de grande Misericórdia para o mundo inteiro.
   Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir em nome da Minha Paixão. (Diário nº. 1320)
   Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Invoca a sua onipotência em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento ela está largamente aberta para cada alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Naquela hora, o mundo inteiro recebeu uma grande graça: a Misericórdia venceu a Justiça.
   Procura rezar nessa hora a Via-Sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e se não puderes rezar a Via-Sacra, entra ao menos por um momento na capela, e adora a meu Coração, que está cheio de Misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento.  (Diário, nº. 1572)
   São poucas as almas que contemplam a Minha Paixão com um verdadeiro afeto. Concedo as graças mais abundantes às almas que meditam piedosamente sobre a Minha Paixão. (Diário, nº. 737)
   Jesus estabeleceu três condições indispensáveis para atender às orações feitas na Hora da Misericórdia:

  • a oração deve ser dirigida a Jesus;

  • deve ter lugar às três horas da tarde;

  • deve apelar ao valor e aos méritos da Paixão do Senhor.

   Devido a esse pedido de Jesus, é costume dos devotos da Divina Misericórdia rezar o Terço da Misericórdia às 15h, e também às 3h quando possível.




Reza-se um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Creio.

Na conta do Pai-Nosso:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.
Nas contas da Ave-Maria:
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.


No final do terço:
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro




SOBRE O TERÇO À DIVINA MISERICÓRDIA
[...] Na sexta-feira 13.09.1935

A noite, quando me encontrava na minha cela, vi o Anjo executor da ira de Deus.
Estava vestido de branco, o rosto radiante e uma nuvem a seus pés. Da nuvem saíam trovões e relâmpagos para as suas mãos e delas só então atingiam a Terra. Quando
vi esse sinal da ira de Deus, que deveria atingir a Terra, e especialmente um determinado lugar que não posso mencionar por motivos bem compreensíveis, comecei a pedir ao Anjo que se detivesse por alguns momentos, pois o mundo faria penitência. Mas o meu pedido de nada valeu perante a Cólera de Deus [...] Porém, nesse mesmo momento senti em mim a força da graça de Jesus que reside na minha alma; e, quando me veio a consciência dessa graça, imediatamente fui arrebatada até o Trono de Deus. [...] Comecei, então, suplicar (197) a Deus pelo Mundo com palavras ouvidas interiormente.
Quando assim rezava, vi a impossibilidade do Anjo em poder executar aquele justo castigo, merecido por causa dos pecados. Nunca tinha rezado com tanta forca interior como naquela ocasião
 As palavras com que suplicava a Deus eram as seguintes: Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro; pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós.
No dia seguinte pela manhã, quando entrei na nossa capela, ouvi interiormente estas palavras: Toda vez que entrares na capela, reza logo essa oração que te ensinei ontem. Quando rezei essa oração, ouvi na alma estas palavras: Essa oração serve para aplacar a Minha ira. Tu a recitarás por nove dias, por meio do Terço do Rosário da seguinte maneira: Primeiro dirás o PAI NOSSO, a AVE MARIA e o CREDO. Depois, nas contas de PAI NOSSO, dirás as seguintes palavras: Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro. Nas contas de AVE MARIA rezarás as seguintes palavras: Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro. No fim, rezarás três vezes estas palavras: Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro" (Diario, 474- 476).
Oh! que grandes graças concederei às almas que recitarem  esse Terço.
[...] Anota estas palavras, Minha filha, fala ao mundo da Minha misericórdia, que toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça. Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha misericórdia, tirem proveito do Sangue e da Àgua que jorraram para eles" (Diário, 848).
"Recita, sem cessar, este Terço que te ensinei. Todo aquele que o recitar alcançará grande misericórdia na hora da sua morte. Os sacerdotes o recomendarão aos pecadores como a última tábua de salvação. Ainda que o pecador seja o mais endurecido, se recitar este Terço uma só vez, alcançará a graça da Minha infinita misericórdia" (Diário, 687).


Como rezar o Terço da Misericórdia Divina Meditado

Vós morrestes, Jesus, mas uma fonte de vida jorrou para as almas e abriu-se um mar de misericórdia para o mundo. Ó fonte de vida, insondável misericórdia de Deus, envolvei o mundo todo e derramai-Vos sobre nós. (Diário no. 1319)


Repita 3 vezes:

Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós!



Reza-se um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Creio.
1º mistério: Oração e agonia de Nosso Senhor Jesus Cristo no Horto
Nesse momento, a minha mente foi estranhamente iluminada. Surgiu diante dos olhos da minha alma uma visão que era como a de Nosso Senhor no Jardim das Oliveiras. Primeiramente, os sofrimentos físicos e todas as circunstâncias que os agravavam; em seguida os sofrimentos espirituais em toda a sua extensão e ainda aqueles dos quais ninguém saberá. Essa visão englobava tudo: julgamentos injustos, difamações. O que escrevo é um resumo, mas esse conhecimento era tão claro que, o que mais tarde passei em nada era diferente daquilo que experimentei nesse momento. O meu nome devia ser “vítima”. Quando terminou a visão, um suor frio me cobria a testa. (Diário no 135)
Fazei de mim, Jesus, um sacrifício agradável e puro ao olhar de Vosso Pai. Jesus, transformai-me a mim, miserável pecadora, em Vós, pois Vós tudo podeis, e entregai-me ao Vosso Eterno Pai. Desejo tornar-me uma hóstia de expiação diante de Vós… (Diário, no. 483)

Na conta do Pai-Nosso:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.
Nas contas da Ave-Maria:
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

2º mistério: Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo
Quando cheguei para a adoração, logo me envolveu o recolhimento interior, e vi Nosso Senhor amarrado ao tronco e logo sobreveio a flagelação. Vi quatro homens que se revezavam a açoitar o Senhor com azorragues. O meu coração parava só de olhar para esses suplícios; então, o Senhor me disse estas palavras: “Sofro uma dor ainda maior do que a que estás vendo.”
E Jesus deu-me a conhecer por quais pecados submeteu-se à flagelação: foram os pecados da impureza. Oh! por que terríveis sofrimentos morais passou Jesus quando se submeteu à flagelação! Então, Jesus me disse: “Olha e repara bem o gênero humano na presente condição.”
E imediatamente, vi coisas horríveis: afastaram-se os algozes de Nosso Senhor e vieram flagelá-Lo outras pessoas que seguravam nas suas mãos os chicotes e castigaram sem piedade o Senhor. Eram sacerdotes, religiosos e religiosas e os mais altos dignitários da Igreja, o que muito me admirou. Havia leigos de diversas idades e classes; todos descarregavam sua maldade sobre o inocente Jesus. Ao ver isto, meu coração entrou numa espécie de agonia. E, quando o flagelavam os carrascos, Jesus se calava e olhava para o longe, mas quando o flagelavam essas almas que mencionei acima, Jesus cerrava os olhos e um gemido surdo, mas terrivelmente doloroso, escapava-Lhe do Coração. E o Senhor deu-me a conhecer, detalhadamente, a gravidade da maldade dessas almas ingratas: “Estás vendo, este é o sofrimento maior que a Minha Morte.”
Então, calaram-se também os meus lábios e comecei a sentir em mim a agonia e senti que ninguém me consolaria nem arrancaria desse estado a não ser Aquele que me introduziu nele. Então, o Senhor me disse: “Estou vendo a dor sincera do teu coração, que trouxe enorme alívio ao Meu Coração. Olha e consola-te.”(Diário no. 445)

Na conta do Pai-Nosso:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.
Nas contas da Ave-Maria:
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

3º mistério: A coroação de espinhos
Quando me concentro na Paixão do Senhor, freqüentemente vejo Nosso Senhor na adoração, da seguinte maneira: após a flagelação, os carrascos levaram-No e tiraram-Lhe as vestes, que já se tinham colado às feridas; ao tirarem Suas vestes renovaram-se Suas Chagas. Em seguida, cobriram o Senhor com um manto de púrpura, sujo e rasgado, jogando-o sobre as Chagas renovadas. Esse manto, apenas em alguns pontos, atingia os joelhos. Mandaram, então que o Senhor se sentasse num tronco; fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram na Sua Santa Cabeça, pondo-Lhe ainda um caniço nas Suas mãos e zombando d’Ele. Inclinavam-se diante d’Ele como diante de um rei, cuspiam no Seu rosto, enquanto outros pegavam o caniço e batiam na cabeça, outros infligiam-lhe dores esbofeteando-O, ou cobrindo-Lhe o rosto, davam-Lhe murros. Jesus suportava tudo em silêncio. Quem compreenderá Sua dor? Jesus olhava para o chão, e eu senti o que então estava acontecendo no Dulcíssimo Coração de Jesus. Que toda alma reflita sobre o que Jesus sofreu nesse momento. Rivalizavam uns com os outros em insultos ao Senhor. Eu ficava refletindo: de onde vinha tanta maldade no homem? E no entanto, é o pecado que causa isso – encontrou-se o amor com o pecado. (Diário no. 408)

Na conta do Pai-Nosso:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.
Nas contas da Ave-Maria:
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

4º mistério: Jesus carrega a cruz para o Calvário
Jesus surgiu, de repente, diante de mim, despido de Suas vestes, coberto de chagas por todo o corpo, os olhos cheios de sangue e lágrimas, o rosto todo desfigurado, coberto de escarros. Então o Senhor me disse: “A esposa deve ser semelhante ao seu esposo.”
Compreendi a fundo essas palavras. Aqui não havia lugar para qualquer tipo de dúvidas. A minha semelhança com Jesus deve ser pelo sofrimento e pela humildade. “Olha o que fez de Mim o amor pelas almas humanas. Minha filha, no teu coração encontro tudo que Me nega um tão grande número de almas. O teu coração é o Meu repouso; muitas vezes, guardo grandes graças para o final da oração.”
Cristo sofredor, saio ao Vosso encontro; como esposa Vossa, tenho que ser semelhante a Vós. O Vosso manto de ultrajes deve cobrir também a mim. Ó Cristo, Vós sabeis como desejo ardentemente assemelhar-me a Vós. Fazei que participe de toda a Vossa Paixão, que toda a Vossa dor se entorne no meu coração. Confio que completareis isso em mim, da maneira que julgardes apropriada. (Diário no. 1418)

Na conta do Pai-Nosso:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.
Nas contas da Ave-Maria:
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

5º mistério: Jesus morre na cruz
Durante a Santa Missa, vi Jesus pregado à cruz (em) grandes tormentos. Um imperceptível gemido saía do Seu Coração; a seguir disse: “Tenho sede. Estou sedento pela salvação das almas. Ajuda-Me, Minha filha a salvar as almas. Une teus sofrimentos à Minha Paixão e oferece-os ao Pai Celestial pelos pecadores” (Diário no. 1932)
À noite, vi Nosso Senhor crucificado. Das mãos, dos pés e do lado corria o Preciosíssimo Sangue. A seguir, Jesus me disse: “Tudo isto é pela salvação das almas. Reflete, Minha filha, sobre o que tu estás fazendo pela salvação delas.”
Respondi: “Jesus, quando olho para a Vossa Paixão, vejo que eu quase nada faço pela salvação das almas.” E o Senhor me disse: “Fica sabendo, Minha filha, que o teu silencioso martírio de todos os dias, na total submissão à Minha vontade, leva muitas almas ao Céu. Quando te parecer que o sofrimento ultrapassa as tuas forças, olha para as Minhas Chagas, e te elevarás acima do desprezo e do juízo dos homens. A meditação sobre a Minha Paixão te ajudará a te elevares acima de tudo.”
Compreendi muitas coisas que antes não era capaz de entender. (Diário no. 1184)
Na conta do Pai-Nosso:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e do mundo inteiro.
Nas contas da Ave-Maria:
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

No final do terço:
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro
Ó Deus eterno, em quem a misericórdia é insondável e o tesouro da compaixão é inesgotável, olhai propício para nós e multiplicai em nós a Vossa misericórdia, para que não desesperemos nos momentos difíceis, nem esmoreçamos, mas nos submetamos com grande confiança à Vossa Santa Vontade, que é Amor e a própria Misericórdia.



INDULGÊNCIA PLENÁRIA PELA RECITAÇÃO DO TERÇO DA MISERICÓRDIA DIVINA
      Declaração da Administração da Penitenciária Apostólica
12 de janeiro de 2002.

    
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OBS.: Agradeço ao Joe Paganini por contribuir com a digitalização de algumas páginas do livro para que esta postagem fosse realizada.

As Verdadeiras Amizades por São Francisco de Sales

Retirado do Livro





















Capítulo XIX
  As Verdadeiras Amizades

Ó Filoteia, ama a todos os homens com um grande amor de caridade cristã, mas não traves amizade senão com aquelas pessoas cujo convívio te pode ser proveitoso; e quanto mais perfeitas forem estas relações, tanto mais perfeita será a tua amizade.
Se a relação é de ciências, a amizade será honesta e louvável e o será muito mais ainda se a relação for de virtudes morais, como prudência, justiça, fortaleza; mas se for a religião, a devoção e o amor de Deus e o desejo da perfeição o objeto duma comunicação mútua e doce entre ti e as pessoas que amas, ah! então tua amizade é preciosíssima. É excelente, porque vem de Deus; excelente, porque Deus é o laço que a une, excelente, enfim, porque durará eternamente em Deus.
Ah! quanto é bom amar já na terra o que se amará no céu e aprender a amar aqui estas coisas como as amaremos eternamente na vida futura. Não falo, pois, aqui simplesmente do amor cristão que devemos a nosso próximo, todo e qualquer que seja, mas aludo à amizade espiritual, pela qual duas, três ou mais pessoas se comunicam mutuamente as suas devoções, bons desejos e resoluções por amor de Deus, tornando-se um só coração e uma só alma.
Com toda a razão podem cantar então as palavras de David: Oh! quão bom e agradável é habitarem juntamente os irmãos! Sim, Filotéia, porque o bálsamo precioso da devoção está sempre passando dum coração ao outro por uma contínua e mútua participação; tanto assim que se pode dizer que Deus lançou sobre esta amizade a sua bênção por todos os séculos dos séculos.
Todas as outras amizades são como as sombras desta e os seus laços são frágeis como o vidro, ao passo que estes corações ditosos, unidos em espírito de devoção, estão presos por uma corrente toda de ouro. Filoteia, todas as tuas amizades sejam desta natureza, isto é, todas aquelas que dependem de tua livre escolha, porque não deves romper nem negligenciar as que a natureza e outros deveres te obrigam a manter, como em relação a teus pais, parentes, benfeitores e vizinhos.
Hás de ouvir talvez que não se deve consagrar afeto particular ou amizade a ninguém, porque isto ocupa por demais o coração, distrai o espírito e causa ciúmes; mas é um mau conselho, porque, se muitos autores sábios e santos ensinam que as amizades particulares são muito nocivas aos religiosos, não podemos, no entanto, aplicar o mesmo princípio a pessoas que vivem no século — e há aqui uma grande diferença.
Num mosteiro onde há fervor, todos visam o mesmo fim, que é a perfeição do seu estado, e por isso a manutenção das amizades particulares não pode ser tolerada ai, para precaver que, procurando alguns em particular o que é comum a todos, passem das particularidades aos partidos.
Mas no mundo é necessário que aqueles que se entregam à prática da virtude se unam por uma santa amizade, para mutuamente se animarem e conservarem nesses santos exercícios. Na religião os caminhos de Deus são fáceis e planos e os que ai vivem se assemelham a viajantes que caminham numa bela planície, sem necessitar de pedir a mão em auxílio. Mas os que vivem no século, onde há tantas dificuldades a vencer para ir a Deus, se parecem com os viajantes que andam por caminhos difíceis, escabrosos e escorregadiços, precisando sustentar-se uns nos outros para caminhar com mais segurança.
Não, no mundo nem todos têm o mesmo fim e o mesmo espírito e dai vem a necessidade desses laços particulares que o Espírito Santo forma e conserva nos corações que lhe querem ser fiéis. Concedo que esta particularidade forme um partido, mas é um partido santo, que somente separa o bem do mal: as ovelhas das cabras, as abelhas dos zangões, separação esta que é absolutamente necessária.
Em verdade não se pode negar que Nosso Senhor amava com um amor mais terno e especial a S. João, a Marta, a Madalena e a Lázaro, seu irmão, pois que o Evangelho o dá a entender claramente. Sabe-se que S. Pedro amava ternamente a S. Marcos e a Santa Petronila, como S. Paulo ao seu querido Timóteo e a Santa Tecla.
S. Gregório Nazianzeno, amigo de São Basílio, fala com muito prazer e ufania de sua íntima amizade, descrevendo-a do modo seguinte: parecia que em nós havia uma só alma, para animar os nossos corpos, e que não se devia mais crer nos que dizem que uma coisa é em si mesma tudo quanto é e não numa outra; estávamos, pois, ambos em um de nós e um no outro. Uma única e a mesma vontade nos unia em nossos propósitos de cultivar a virtude, de conformar toda a nossa vida com a esperança do céu, trabalhando ambos unidos como uma só pessoa, para sair, já antes de morrer, desta terra perecedora.
Santo Agostinho testemunha que Santo Ambrósio amava a Santa Mônica unicamente devido às raras virtudes que via nela e que ela mesma estimava este santo prelado como um anjo de Deus.
Mas para que deter-te tanto tempo numa coisa tão clara? S. Jerônimo, Santo Agostinho, S. Gregório, S. Bernardo e todos os grandes servos de Deus tiveram amizades particulares, sem dano algum para a sua santidade.
S. Paulo, repreendendo os pagãos pela corrupção de suas vidas, acusa-os de gente sem afeto, isto é, sem amizade de qualidade alguma. Santo Tomás reconhecia, com todos os bons filósofos, que a amizade é uma virtude e entende a amizade particular, porque diz expressamente que a verdadeira amizade não pode se estender a muitas pessoas.
A perfeição, portanto, não consiste em não ter nenhuma amizade, mas em não ter nenhuma que não seja boa e santa.