DÉCIMO SEXTO DIA
Oremos na intenção de reprimir todos os sinais
de mau humor que nos escapam.
São
José tinha habitualmente o sorriso nos lábios. Só a perda de Jesus podia
afligi-lo porque a presença do Filho de Deus era para ele um manancial
inexaurível de felicidade. Representai José voltando à tarde de um trabalho
realizado longe da família. O sorriso não o deixou: leva consigo a imagem de
Jesus; mas ao regresso que delícia! Maria esperava-o com essa ansiedade serena
e jubilosa de um coração que ama sempre com um amor novo, Jesus o esperava e
corre-lhe ao encontro, estende-lhe os bracinhos, o seu Pai suspende-o com
ternura, beija-o com respeito e chora de alegria. Eram, cada dia, novos e
inefáveis gozos. José experimentou-os todos os dias de sua vida: as angústias
do Calvário foram reservadas à Virgem Maria.
Ó Jesus, também eu
devo estar sempre contente porque posso, como São José, possuir- vos pela
comunhão todos os dias da vida.
EXEMPLO
No
ano de 1657, na cidade de Anvers, uma religiosa agostiniana, de nome Isabel,
afetada da cruel enfermidade da pedra, padecia dores atrozes que chegavam a
fazê-las perder os sentidos. Tanto se lhe agravou o estado, que os médicos
perderam a esperança de curá-la. Desenganada dos socorros humanos, a boa
religiosa, a exemplo de Santa
Teresa,
recorreu a São José e, fazendo benzer um cordão em honra desse Santo, o pôs
sobre os rins, atando-o à cintura. Não foi vã a sua confiança: o mal
desapareceu para sempre. Os Bolandistas em sua obra monumental sobre os
"Fatos dos Santos" consignam este milagre e o dão como autêntico. A
notícia do prodigioso fato propagou-se em muitos países, e a feliz inspiração
de Anvers foi seguida com êxito igual por muitos devotos. Essa é a origem do
cíngulo de São José, distribuído pelas mais antigas confrarias do Santo
Patriarca, e enriquecido pela Igreja muitas indulgências.
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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira