VIGÉSIMO NONO DIA
Oremos para que Deus
nos faça generosos, sempre na intenção de agradar-lhe.
São
José dava com abundância
Dar
aos pobres é aproximar-se de Deus. Oh! Como se havia de praticar a esmola na
casinha de Nazaré! Não era do supérfluo que se dava, mas do necessário em que
se faziam cortes, todos os dias. Quando, ao fim do dia, chegava a hora do
repouso: "Ainda um pouco de trabalho pelos pobres!" Dizia Jesus e
José voltava a faina, ajudado por Jesus e Maria; e depois desse labor suportado
com alegria, repousavam todos mais felizes, pensando em que, no dia seguinte,
os pobres, teriam um quinhão maior.
Se
tendes pouco, daí pouco; se tendes muito, dai muito, mas daí sempre, depositais
a juros, para o céu, tudo o que distribuis entre os pobres.
Darei
hoje as esmolas que puder, ainda que para isso seja preciso privar-me de alguma
coisa.
EXEMPLO
"Ó
Propagador da devoção a São José,” em seu fascículo de Julho de 1886, publica a
seguinte comunicação:
"Uma
piedosa senhora tinha em seu gabinete uma imagem do Santo Patriarca e,
dedicando-lhe muita devoção, não saia de casa sem fazer-lhe alguma oração ou
dizer-lhe ao menos, quando não dispunha de mais tempo: “Meu bom São José,
abençoai-me e guardai esta casa!" Em Agosto de 1885, em sua ausência, um
malfeitor, quebrando as vidraças da janela, penetrou no interior e foi até a
alcova. Armário, gavetas, pequenas caixas, tudo foi revolvido. Chegando, porém,
ao guarda-roupa que estava entreaberto e que também foi visitado, não tocou
numa caixa de chapéu onde a senhora deixara naquele dia perto de 700 francos as
suas economias de
alguns anos. Malogrado em seus cálculos e impacientes retira-se e entra do
mesmo modo em casa de um professor, onde arromba um cofre fechado e rouba 760
francos. Certa de que devia a conservação de seu pecúlio a São José, que assim justificava
a grande confiança com que era invocado a fervorosa devota vinha dar um público
testemunho de seu reconhecimento em honra do Santo Patriarca e remeteu uma
pequena esmola para auxílio da obra de resgate dos escravos nas terras da
África."
Roguemos
a São José que nos guarde sempre contra as ciladas e assaltos de quaisquer
inimigos desconhecidos e ocultos.
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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira