TRIGÉSIMO DIA
Oremos por nossos
benfeitores, a fim de que Deus lhes retribua todo o bem que nos fazem.
São
José era reconhecido
O
santo Patriarca se havia habituado a ver a mão benfazeja do Senhor abrir-se a
cada instante para dar-lhe alguma cousa. A luz de que gozava, o ar que
respirava, o pão que ganhava, as forças que possuía; sabia que tudo isso vinha
de Deus, e lhe agradecia a todo instante. Essa elevação incessante de seu
coração reconhecido conservava-o numa alegria contínua... - Como ele, não
recebemos nós tudo de Deus? Oh! se os nossos olhos se abrissem, como
abrir-se-ão no céu, veríamos a Providência atenta em nos assegurar o bem estar,
a paz, a alegria...
Demos-lhe graças hoje
e não lhe desagrademos em coisa alguma. Ousaríamos cometer uma falta no momento
mesmo em que Deus nos faz tanto bem?
EXEMPLO
Nos
dias nefastos em que Napoleão I perseguiu a Igreja e teve prisioneiro o Sumo
Pontífice Pio VI, decretou-se, entre outras coisas, que a igreja de São José,
chamada da "Scala," na cidade de Lucca, fosse demolida. Um pedreiro
ímpio, ao seguir com outros para a dita igreja, a executar o indigno decreto
disse mofando: "Vou agora fazer a barba a São José". E escalando as
paredes já fendidas do templo, começou a obra da destruição, descarregando
fortes pancadas que repercutiam dolorosamente no coração dos fiéis que a
curiosidade e o assombro tinham atraído. Uma pequena trave, de cuja extremidade
saía um grande prego pontiagudo, se desprendeu e caiu do teto já abalado; e o
prego foi cravar-se violentamente na cabeça do desgraçado sacrílego, que veio
ao chão e foi logo um cadáver.
Ofereçamos homenagens
e reparações a São José por todas as irreverências e desacatos cometidos contra
a sua santa imagem.
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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira