Março - Mês de São José - Dia 19



DÉCIMO NONO DIA

Oremos em união com Jesus, Maria, José orando em Nazaré.
São José foi sempre inocente.
Foi purificado antes do seu nascimento*, e Deus, que o destinara para companheiro da Virgem Maria, inspirou-Lhe o mais escrupuloso cuidado da pureza de sua alma. Ele amou o retiro e a oração: passou uma vida laboriosa e assaltada de apreensões: submeteu-se inteiramente à vontade de outros, e quase nunca separou-se de Jesus e de Maria.
Estes meios estão ao meu alcance... Eu vos confio minha inocência, ó São José! rodeia-a do retiro, da oração, do trabalho, da obediência; e neste pequeno santuário que lhe tiverdes construído, onde não penetrarão as alegrias nem os prazeres do mundo, fazei uma habitação para Jesus e para Maria. Eu vo-lo peço por vossa festa, em recompensa da minha comunhão e meu favor de hoje. Recitarei devotamente uma oração a São José.

EXEMPLO

 Um missionário marista deu à publicidade, nas colunas do "Propagador da devoção de São José", a seguinte narrativa que lhe foi feita pela superiora das irmãzinhas dos Pobres: "O estabelecimento fundado por essa congregação em Roanne devia dois mil francos de reparos indispensáveis feitos na casa e na capela. Aproximava-se a época do pagamento, e a Irmã ecônoma não tinha nada em caixa; vivia-se, como de costume, possuindo cada manhã só o preciso para aquele dia, e confiando sempre na Providência que abre a cada instante as mãos benfazejas para acudir às criaturas. Fazia pouco tempo que se havia recorrido aos da Obra dos Velhos. Para onde recorrer agora? Não é muito difícil encontrar todos os dias algumas migalhas para dar de comer aos pobres; porém outra coisa é, em tempos tão críticos, obter por esmola dois mil francos.
"Só São José nos livrará do embaraço", dizem entre si as Irmãs, "vamos imediatamente fazer-lhe uma novena para implorar o seu socorro ". E depõem uma petição aos pés da veneranda imagem do Chefe da Sagrada Família. Não era ainda terminada a novena, quando veio alguém dizer à Irmã Superiora que uma senhora que estava de passagem em Roanne, e que caíra enferma no hotel, lhe desejava falar. A irmã não se demora em acudir e encontra uma senhora presa ao leito por moléstia." Minha Irmã," lhe disse ela, " mandei pedir-lhe que viesse cá, para lhe perguntar se recebeis qualquer esmola que vos deem?" -" Como não receber, e até com reconhecimento? Esse é o nosso único recurso! Então a senhora tirou de sob o travesseiro uma bolsa e entregou à Irmã, recomendando-se muito a suas orações. A superiora aceitou com reconhecimento a oferta, e foi grande sua comoção, quando, chegando à casa, ao contar o dinheiro que a Providência lhe enviara, achou exatamente os dois mil francos de que precisaria no dia seguinte.
Nas maiores dificuldades da vida, coragem e recurso ao valimento do glorioso São José!
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* Não é isto uma doutrina da Igreja, mas apenas crença pia, aceita e propugnada por S. Crisóstomo, Teófilo, Gérson, P. Câncio e outros teólogos que o Dr. Pedro Morais cita em seu comentário sobre o primeiro capítulo do Evangelho de S. Mateus, 1º. tomo, pags. 214 a 219. Nota do Tradutor.

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Retirado do livro: Mês de São José por Mons. Dr. José Basílio Pereira


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