antes desta meditação
Os espinhos do Coração de Jesus
VIGÉSIMO DIA
Oremos pelas almas que resistem à graça.
Pai Nosso ...
Ave Maria ...
Glória ...
Jaculatória: “Coração de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais”.
O 1º espinho do Coração de Jesus são as almas que, voluntariamente, permanecem em estado de pecado mortal
A alma inocente é morada de Deus, e pela Sagrada Comunhão torna-se a habitação particular de Jesus Cristo… aí Jesus Cristo está “em casa”, e encontra suas delícias; aí quer ficar… Ora, cometer um pecado mortal, conservá-lo voluntariamente, é admitir o demônio dentro d’alma, constituí-lo Senhor no lugar de Jesus que sai então expulso, ignominiosamente…
Pobre Jesus! Fica ele então à porta da alma pecadora; bate a essa porta que lhe cerraram, pede para entrar e ouve um espantoso grito dos Judeus: “Não! não! não é a vós que eu quero, mas ao meu pecado!” — Oh! se vos julgais em estado de pecado mortal, ide, ide já confessar-vos.
“Uma oração pelos pecadores”.
EXEMPLO
A piedade, como diz a Sagrada Escritura, é útil a tudo. Isto se vê até no êxito admirável de tantas pequenas indústrias que o amor de Deus sugere aos seus servos para fazerem o bem e lhe ganharem as almas. Em 1891, na escola católica da Ilha de Tine, do arquipélago grego, foi colocado sob a imagem de Nosso Senhor um coração “cheio de espinhos”, tendo o direito de cada tarde, no mês de junho, tirar desse coração um espinho o aluno que houvesse procedido melhor; tal foi a porfia entre eles por uma conduta exemplar que tornou um espetáculo de edificação à escola, podendo dizer-se que o Sagrado Coração era aí, todo o dia, coberto das mais belas flores d’alma por aquela piedosa turba infantil.
O colégio congreganista de Negapatan, no Indostão, em 1869, instituía a prática seguinte: no começo do mês, cada aluno traçava numa folha de papel tantas linhas perpendiculares quantos os dias do mês e à margem de uma série de linhas horizontais, registrava as espécies de boas obras que se poderiam aplicar, escrevendo no fim de cada dia, na coluna e lugar correspondentes, o número dos atos de virtude que praticara. Ao fim de um mês, entregavam-se todas as listas ao Diretor do Apostolado da Oração, sem nenhuma indicação nominal, para que só de Deus fosse conhecido o esforço e mérito de cada um; e o Diretor, somando o resultado em relação a cada espécie de boas obras, na conferência mensal publicava o balanço do “Tesouro do Coração de Jesus”. O Pe. Eraud, noticiando o fato, considera-o a causa principal dos progressos que na instrução e na vida cristã fazem os alunos dos estabelecimentos, alguns dos quais ainda recentemente se haviam distinguido em difíceis provas a que se submeteram na universidade de Madras.
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Excertos do livro: Mês do Sagrado Coração de Jesus - Padre José Basílio Pereira - 2a. edição, 1913.
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