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Capítulo XXII - Jesus!... Jesus!...

CENTELHAS EUCARÍSTICAS
 PEQUENA COLEÇÃO
DE
Pensamentos e afetos devotos
a
JESUS SACRAMENTADO



XXII
Jesus!... Jesus!... 
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EIS a oração que eu te farei tantas e tantas vezes, ó meu amável Jesus. O teu nome adorável será a súmula de todas as minhas aspirações, será o grito angustioso do meu coração dilacerado, e te recordará todas as minhas dores e todas as minhas esperanças. Na hora do pranto tu me verás genuflexa diante do altar com o olhar fixo na Hóstia, com os lábios incapazes de pronunciar outra palavra, fora do teu nome — Jesus!... 

E quando me ouvires pronunciar este nome te volverás para mim, como que chamado pela voz do amor, e me sorrirás, como sabes sorrir quando amas. Jesus!... E tu compreenderás que a tristeza sopra impetuosa dentro da minha alma, sufocando-me todos os gritos, menos este, que é o mais potente do coração humano, o mais resistente ao ímpeto do desconforto e da desesperação. Jesus!... E bem compreenderás que a terra me recusa todo o conforto e que em ti somente repousa a minha esperança vacilante. Jesus!... E tu compreenderás que a cruz me esmaga com o seu peso imane, e que só tu me podes dar a força de arrastá-la com dignidade cristã. Jesus!... E tu compreenderás que a vida me pesa e a morte me aterroriza, que a responsabilidade do meu passado e a prestação das contas no futuro me flagelam o coração com toda a amargura do arrependimento e o temor de uma terrível condenação. Jesus!... E tu compreenderás o esforço incessante do meu espírito para estar volvido para o Paraíso, única morada onde espero amar bem, amar incessantemente, amar para sempre. Jesus!... E este nome quererá dizer toda a história duma alma que tu amaste até morrer por ela, e que agora sente a necessidade de amar-te até morrer por ti, história que ela desejaria contar diante do Tabernáculo, para glorificar a tua misericórdia e as grandezas inefáveis da tua graça. Jesus!... E este grito, repetido ao longo das horas do meu sofrer, durante as noites insones passadas entre lágrimas secretas e misteriosas angústias, nos dias de incomputáveis fadigas, nos poucos instantes de repouso, dir-te-á que esta pobre alma, nutrida de desventura, não te quer abandonar jamais, e preferirá sempre morrer mártir ao pé da Hóstia, a viver em meio dos triunfos e alegrias mundanas, longe de ti. Jesus!... E tu compreenderás que esta quero que seja a minha última palavra ao exalar o último suspiro... E tu virás ao meu encontro e responderás finalmente: Chamaste-me, filha, eis me aqui... Não é verdade, ó Jesus, que tu virás ao meu encontro, e me dirás aquela palavra?

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