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XVII. ALMA DE MÃE
Um dia, o grande e
humilde santo jesuíta, Afonso Rodrigues, que foi, toda a vida, porteiro no Colégio
de Maiorca, ajoelhado diante de uma imagem de Maria, exclamou num ousado
arroubo de amor: “Ó mãe minha amabilíssima, sei que me amais, mas não me amais
tanto, como eu amo a vós”. Ao que Maria respondeu como ofendida — se no céu a
ofensa pudesse entrar: “Que dizes, Afonso? Quanto o amor que te tenho leva
vantagem ao que me tens! Fica sabendo que há menor distância entre o céu e a
terra, do que entre o meu amor e o teu”. O mesmo e com a mesma sinceridade, diz
a Senhora a todos os homens, a cada um de nós. Por grande que seja o nosso amor
para com ela: “Fica sabendo, meu filho, que há menor distância entre o céu e a
terra, do que entre o meu amor e o teu”. É que ela nos ama como Mãe. —
Dizia-me, uma vez, uma pequena asilada: “Padre, aqui é bom, as Irmãs são boas,
as companheiras são boas, a comida é boa... só uma coisa me falta: a minha
querida mãezinha!” e desandou a chorar. — Nosso Senhor Jesus Cristo conhecia
perfeitamente o feitio do coração humano.