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XXXI. ALMA BEM AVENTURADA! ALMA GLORIOSA
Ao terminar,
enlevados, as páginas deste livrinho singelo, mas que tanta coisa nos diz da alma
de nossa Senhora e Mãe, uma exclamação, espontaneamente, brota de nossos lábios
comovidos: Oh! A alma de Maria! Que alma feliz! Que alma Bem Aventurada!... E caindo em meditação e recordando, mais uma
vez, o que lemos... repetimos, cônscios da verdade que dizemos: Oh! Sim,
realmente, que alma Bem Aventurada! — E então, nos lembramos de que a própria Virgem
Maria jà o profetizara no seu admirável cântico: “Eis que me chamarão Bem Aventurada todas as nações”.
Em verdade, que alma feliz! nunca conheceu culpa alguma e portanto, nunca conheceu remorso ou mal-estar de consciência. Alma Bem Aventurada, cuja paz nunca foi perturbada, nem nos maiores sofrimentos: era a mais bela harmonia com o mundo exterior e com o mundo interior. Alma Bem Aventurada, que vivia sempre no seu centro, no seu Deus. Que nunca experimentou aquela inquietação de que fala Santo Agostinho, inquietação que experimenta toda a alma que se afasta, por pouco que seja, de seu Deus. — Além disso, não foi Jesus mesmo que enumerou as almas bem aventuradas? — Bem aventurados os pobres! disse Jesus. Bem Aventurada, pois, a Virgem que amou e praticou a pobreza e a simplicidade. Bem aventurados os mansos, os que choram e os que têm fome e sede de justiça. Não são, justamente, três das mais belas faces da alma de Maria? Jesus proclamou ainda bem aventurados os misericordiosos, os puros, os pacíficos e os que sofrem perseguição pela boa causa! E a alma de Maria, como foi misericordiosa, como foi pura, como foi pacifica e quanto sofreu! O Divino Mestre, falando assim, sobre a montanha para todo o mundo, celebrou a primeira “beatificação” nesta terra. E, sem dúvida, a primeira contemplada, entre a multidão de Santos, que Jesus via, em espírito, pelos séculos afora, foi sua Mãe Santíssima Bem Aventurada, pois, mil vezes Bem Aventurada a alma gloriosa de Maria! Bem Aventurada aqui na terra, vivendo com Jesus, vivendo com José, naquela nesguinha de céu, que se chama Nazaré. Bem Aventurada, depois, comungando a Cristo, em toda a sua plenitude. Bem Aventurada, agora, e por toda a eternidade, na visão beatifica do Pai, do filho e do Espírito Santo, pelos séculos sem fim. Bem Aventurança que se chama glória.
Em verdade, que alma feliz! nunca conheceu culpa alguma e portanto, nunca conheceu remorso ou mal-estar de consciência. Alma Bem Aventurada, cuja paz nunca foi perturbada, nem nos maiores sofrimentos: era a mais bela harmonia com o mundo exterior e com o mundo interior. Alma Bem Aventurada, que vivia sempre no seu centro, no seu Deus. Que nunca experimentou aquela inquietação de que fala Santo Agostinho, inquietação que experimenta toda a alma que se afasta, por pouco que seja, de seu Deus. — Além disso, não foi Jesus mesmo que enumerou as almas bem aventuradas? — Bem aventurados os pobres! disse Jesus. Bem Aventurada, pois, a Virgem que amou e praticou a pobreza e a simplicidade. Bem aventurados os mansos, os que choram e os que têm fome e sede de justiça. Não são, justamente, três das mais belas faces da alma de Maria? Jesus proclamou ainda bem aventurados os misericordiosos, os puros, os pacíficos e os que sofrem perseguição pela boa causa! E a alma de Maria, como foi misericordiosa, como foi pura, como foi pacifica e quanto sofreu! O Divino Mestre, falando assim, sobre a montanha para todo o mundo, celebrou a primeira “beatificação” nesta terra. E, sem dúvida, a primeira contemplada, entre a multidão de Santos, que Jesus via, em espírito, pelos séculos afora, foi sua Mãe Santíssima Bem Aventurada, pois, mil vezes Bem Aventurada a alma gloriosa de Maria! Bem Aventurada aqui na terra, vivendo com Jesus, vivendo com José, naquela nesguinha de céu, que se chama Nazaré. Bem Aventurada, depois, comungando a Cristo, em toda a sua plenitude. Bem Aventurada, agora, e por toda a eternidade, na visão beatifica do Pai, do filho e do Espírito Santo, pelos séculos sem fim. Bem Aventurança que se chama glória.
E que glória! São
Bernardo o diz: “Se a inteligência humana não pode compreender a glória imensa
que Deus reserva no Céu aos que O amam na terra, como declara o Apóstolo, quem
poderà jamais compreender a glória que Ele reservou à sua Mãe querida?” E Santo
Antônio: “Assim como a Senhora difere
dos servos, assim também a glória de Maria é incomparavelmente maior que a dos
anjos”. Por isso dizia S. Boaventura: “Os santos no Céu não têm maior felicidade,
depois da visão beatifica de Deus, de que a contemplação da glória esplêndida
de sua Rainha e Mãe”. Alma de Maria! Alma gloriosa!
E nós? Onde
procuramos a nossa felicidade? Onde procuramos a nossa glória? Nos prazeres
deste mundo? Nas coisas mentirosas desta terra? Na opinião enganadora dos
homens? Insensatos!... Que pavorosa desilusão, no fim, quando virmos, à luz da eternidade,
o valor das ninharias deste mundo... Procuremos, enquanto é tempo, a nossa
felicidade só em Deus, pelo Qual e para o Qual fomos criados. Oh! Vida feliz! Jà
nesta terra, para os que amam a Deus e O servem. “Basta, Senhor, basta —
exclamava Francisco Xavier — jà não posso com tanta felicidade!” "Como sou
feliz, Senhor, em vos servir — rezava um religioso durante anos e anos e, sem dúvida,
reza hoje ainda — como sou feliz: nunca pensei que na terra houvesse tal
felicidade!” E que serà no céu?!... A glória
bem aventurada, pelos séculos dos séculos!
MARIA, Mãe nossa,
alma Bem Aventurada, fazei que procuremos a nossa felicidade, como vós, só em
Deus. E que não queiramos, como vós, outra glória senão aquela que Deus semeia
na nossa alma, onde se deve desenvolver, para desabrochar na eternidade, ao
esplendor inefável da Trindade Santíssima e aos reflexos suavíssimos de vossa
alma gloriosa. Assim seja!
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Do Livro: A Alma Gloriosa de Maria - Frei Henrique G. Trindade, O.F.M. - 1937 - segunda edição
Do Livro: A Alma Gloriosa de Maria - Frei Henrique G. Trindade, O.F.M. - 1937 - segunda edição
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